

Douro
Ao longo de quase dois milénios, fez-se, nas encostas xistosas do vale do Douro, uma paisagem vitícola singular, um vinho excecional. Mais do que um dom da natureza, o Vinho do Porto é, na sua essência, essa espessura histórica, um património cultural coletivo de trabalho e experiências, saberes e arte, que gerações e gerações acumularam. O Vinho do Porto foi e é um produto chave da economia nacional e ainda mais um valor simbólico que distintamente representa a portugalidade no mundo.
A história do vinhedo do Alto Douro é muito antiga. Não faltam descobertas arqueológicas e referências documentais a testemunhar a persistência cultural do empenho vitivinícola de outras eras.
Um pouco de história

Vinho do Porto
Realeza, cocktais e cinematografia
É a mais antiga região demarcada do mundo – formalmente a dar muito litro desde 1756. São muitos anos.
Apesar do título desta secção, na realidade, quando falamos do Douro estamos a falar de muita história.
O filho pródigo da região, o Vinho do Porto, é tratado pelo nome próprio em qualquer parte do mundo e
foi várias vezes visto à mesa de reis, nos cocktails de artistas, ou em filmes do James Bond.
Como todos os famosos, é admirado por uns, invejado por outros, imitado por muitos, e existem hoje
produtores internacionais apostados em reproduzir o carácter deste vinho. Com pouco sucesso, no que
respeita aos grandes Portos.
Não bastariam as mesmas uvas, nem os mesmos processos, para replicar o nosso Porto; seria preciso
trasladar o rio e as encostas que são Património da Humanidade. E isso,
convenhamos, mesmo para um grande produtor australiano, seria um enorme transtorno.
Notas de prova
Tintos
Jovens: de cor rubi, com aromas a frutos vermelhos e notas florais e de madeira, têm corpo médio
e adstringência equilibrada, isto é: não são pesados, nem deixam a língua com a sensação que um
dióspiro lhe passou por cima. São vinhos honestos, que acompanham lindamente pizzas e massas,
bacalhau e pratos de carne simples. Ganham em ser servidos entre os 13º e os 15º
Vinhos de guarda: de cor profunda, complexidade e intensidade aromática: uma alegria! É
comum serem designados Reserva ou Grande Reserva e evoluem ao longo dos anos, ficando mais
macios e subtis nos aromas. Os mais envelhecidos são recomendados para acompanhar pratos de
caça. Devem ser servidos entre os 16º e os 18º, por isso não hesite em arrefecê-los ligeiramente
no frigorífico, se estiver mais quente em casa.
Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz (Aragonez), Tinta Barroca e Tinto Cão.
Brancos
Jovens: de cor clara, quase translúcida, são frescos, equilibrados e aromáticos, sendo habituais
notas a citrinos. A sua leveza acompanha lindamente pratos de peixe e saladas, mas podem valer
por si mesmos enquanto aperitivos. Temperatura aconselhada: 8º a 10º
Vinhos de guarda: é habitual fermentarem ou estagiarem em madeira, o que lhes empresta
uma bela cor dourada e aromas tostados e de fruta tropical. É frequente serem designados Reserva
e Grande Reserva. São vinhos cheios, persistentes, que dá gosto saborear – por isso não devemos
matar o seu sabor com uma hora no congelador. Experimente servir a 12º e verá que retira mais
partido da experiência!
Malvasia Fina, Viosinho, Gouveio e Rabigato.
Rosé
Atraentes na cor, leves no sabor. Gosta de sushi? Gosta do caril típico da cozinha indiana? E de uma sopa vietnamita (pho)? Então experimente acompanhá-los com um destes vinhos rosados servido ligeiramente fresco (entre os 10º e os 12º). Ah, e não se esqueça de consumi-los ainda jovens!
Selo de Garantia:
Cabe ao IVDP atribuir o selo de qualidade aos vinhos da região.
Fonte:
IVV e CVR Douro.