 |
Made in Benfica
|
Quando, há uns anos, Luís Filipe Vieira revelou
publicamente a sua visão para o Benfica – a aposta
na formação – assegurando que este seria risonho a
nível desportivo e sustentável sob a perspetiva
económico-financeira, alguns ironizaram, outros
desdenharam e muitos duvidaram.
Hoje, a avaliação, em conjunto, do palmarés recente
das competições nacionais, dos relatórios e contas
da SAD e das sucessivas convocatórias para a seleção
A leva-nos a reconhecer o acerto dessa visão e a
encarar o futuro com redobrado otimismo.
Os cinco títulos nacionais nas últimas seis
temporadas, enquanto cada um dos exercícios
económicos gerou lucro, validariam qualquer que
fosse a estratégia implementada. Mas o
aproveitamento, pela primeira equipa, do talento
potenciado no Benfica Futebol Campus reforça a
identidade benfiquista do nosso plantel e esse é um
aspeto fundamental para o passo seguinte, já em
marcha, desta estratégia, a retenção do talento até
ao mais tarde possível, sabendo que o mercado ditará
sempre as suas regras.
Na última convocatória de Fernando Santos,
constatamos que esta integrou quatro jogadores do
nosso plantel: Ferro; Pizzi; Rafa; Rúben Dias.
Somos, a par do Wolverhampton, o clube que mais
jogadores forneceu. E são onze os que passaram pela
nossa formação: Bernardo Silva; Danilo; Ferro;
Gonçalo Guedes; João Cancelo; João Félix; José Sá;
Mário Rui; Nélson Semedo; Renato Sanches; Rúben
Dias. Cinco destes fizeram parte do onze inicial
frente à Sérvia e foram ainda dois os que deram o
seu contributo a partir do banco. Ou seja, sete dos
14 utilizados, metade portanto, tiveram o seu
talento desenvolvido no Seixal. Bernardo Silva e
Gonçalo Guedes marcaram um golo cada.
Do plantel da nossa equipa principal foram ainda
chamados aos trabalhos das seleções portuguesas
Florentino (dispensado devido a problemas físicos),
Jota e Nuno Tavares (Sub-21 – aos quais se juntou,
da B, Nuno Santos) e Tomás Tavares (Sub-19). Além de
Odysseas, Samaris, Seferovic, Svilar e Taarabt
(cinco anos depois), convocados pelos treinadores
dos seus países.
Nos restantes escalões das seleções nacionais, foram
também muitos os atletas do Benfica convocados. Mais
precisamente 30, se contarmos com os estrangeiros. O
destaque vai, naturalmente, para o escalão Sub-19,
com onze jogadores do Benfica às ordens de Emílio
Peixe. Foram oito os utilizados e Gonçalo Ramos
bisou na vitória na Bélgica por 1-2. Nos Sub-20 e
nos Sub-18 há, em cada, seis atletas do
Benfica.
Os muitos atletas do Benfica constantes nas
convocatórias das seleções jovens comprovam que a
aposta na formação continua a ser uma realidade e
que a qualidade do trabalho desenvolvido no Seixal
mantém o nível elevado apresentado na última década.
É por um Benfica à Benfica que se trabalha
diariamente. É #PeloBenfica!
P.S.: A decisão do CD da FPF, motivada pelo despacho
da CI da Liga (que recusou a aplicação do artigo 118
do regulamento disciplinar inicialmente sugerido e
optou pela aplicação do artigo 127 para decidir por
mera punição pecuniária), de dar uma simples multa
de 1150 euros à tarja gigante exibida no Estádio do
Dragão na última jornada do Campeonato do ano
passado, invocando no seu articulado que se trata de
um simples comportamento social ou desportivamente
incorreto, quando as mais variadas personalidades
políticas, judiciais e, inclusive, da arbitragem são
exibidas, diz tudo sobre a coerência de critérios
comparativamente a castigos aplicados a outros
clubes.
|