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Polémica artificial
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Na sequência do triunfo sobre o Marítimo, por 1-2, nos
Barreiros, em que a nossa equipa demonstrou qualidade e
raça e mereceu, sem qualquer contestação, somar os três
pontos, assistimos a uma polémica desprovida de qualquer
sentido, através da qual fica patenteada, uma vez mais,
a criatividade ilimitada de quem tenta sistematicamente
atacar o Benfica e os seus representantes ou
profissionais.
Desta feita, uma resposta de Jorge Jesus a uma pergunta
colocada na entrevista rápida após o jogo serviu de
inspiração a um rol de considerações insidiosas sobre o
nosso treinador.
Recordamos que a frontalidade de Jorge Jesus é conhecida
desde há muitos anos e que, inclusivamente, na resposta
em questão, os termos por si usados para
contra-argumentar a opinião travestida de pergunta não
foram novidade, tendo recorrido a eles em variadas
situações e circunstâncias no passado.
Que tenhamos dado conta, não consta que afirmações ou
respostas com o mesmo teor de Jorge Jesus tenham sido
interpretadas, no passado, como tratando-se de
argumentos dirigidos especificamente a homens.
Seria, isso sim, ofensivo para os milhares de mulheres
que exercem a profissão de jornalista que, com
condescendência ou paternalismo, passasse a existir um
tipo de resposta diferente e à parte para o seu género.
E cumpre-nos afirmar que indigno e ridículo foi ver o
CNID insurgir-se neste pretenso caso, em flagrante
contraste com o seu silêncio submisso e cobarde em
tantas e tantas situações que ocorrem com outros
treinadores e, principalmente, quanto às ameaças que
muitos jornalistas sofreram e vão sofrendo por parte de
elementos afetos a um nosso rival.
No reino da hipocrisia, finjamos todos alegremente que
não sabemos que o presidente do CNID, Manuel Queiroz, é
um fervoroso adepto e indisfarçável aliado do FC Porto.
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