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Futebol
Em conferência de Imprensa no Benfica Campus, o treinador do Benfica lançou o duelo em casa do Estoril, na 1.ª mão da meia-final da Taça de Portugal.
10 fevereiro 2021, 16h16
Jorge Jesus em conferência de Imprensa
Na conferência de Imprensa de antevisão, o técnico encarnado voltou a abordar o tema COVID-19, explicando como a doença tem afetado o rendimento da equipa nesta temporada. Sobre o mais recente reforço do plantel, Jorge Jesus considera que Lucas Veríssimo "veio para acrescentar", mas que ainda não é o momento de o lançar em jogo.
O Estoril é o adversário da meia-final. Vem da II Liga e nos últimos cinco jogos teve dois empates, duas derrotas e uma vitória. O que espera do jogo?
É uma competição que é querida por todos os adeptos em Portugal, e todos os treinadores e jogadores querem estar na final. Normalmente, seria no Jamor. Temos a possibilidade de disputar o acesso à final, respeitando o Estoril. Já eliminou três equipas da Primeira Liga. É uma equipa com uma ideia de jogo interessante, ofensiva e defensivamente. Tem, neste momento, a grande vantagem e hipótese de poder chegar a uma final da Taça de Portugal. Vai estar supermotivada e concentrada, mas também é importante para nós estarmos na final. Vamos estar tão motivados como os jogadores do Estoril. Em relação ao nosso adversário, não vemos o valor ou estatuto por estar na II Liga. É uma meia-final e queremos estar ao nosso melhor nível. Estamos a recuperar do que nos fez perder competitividade e intensidade de jogo. Estamos a trabalhar. Este é o primeiro dia antes do jogo, mas é melhor ter um dia para trabalhar com os jogadores do que estar vários dias sem os ver. Agora não temos esse problema e isso enche-nos o ego e a alma.
Face à distância que o Benfica já tem para o Sporting, a Taça de Portugal, a nível interno, passa a ser o principal objetivo?
O principal objetivo é e sempre foi o Campeonato Nacional. O segundo? Há vários, mas a nível nacional é a Taça de Portugal. Temos ainda uma palavra a dizer na Liga Europa. No Campeonato, começou a segunda volta, sabemos que temos muitos pontos de atraso, mas também sabemos que, no futebol, tudo pode mudar. E não só do ponto de vista dos resultados… O que aconteceu ao Benfica pode acontecer a outra equipa qualquer. Estamos preparados para o desafio jogo a jogo, mas acreditando que ainda temos uma palavra a dizer.
Finalmente já tem o jogador perto de si. Lucas Veríssimo já vai a jogo? O que nos pode dizer sobre o defesa brasileiro? Como está fisicamente? O que pode acrescentar à equipa?
Neste momento, como sabem, temos a jogar normalmente dois centrais [Otamendi e Vertonghen]; temos a chegada do Lucas [Veríssimo] e a subida do Morato. O Ferro saiu. Pediu essa possibilidade para se poder valorizar e jogar. O Todibo foi igual, o Jardel está lesionado. O Lucas Veríssimo chegou há dois/três dias e está a adaptar-se à nossa forma de jogar. Cada treinador e cada equipa têm as suas formas de jogar. Ele sabe um pouco da minha forma de trabalhar, porque falou com vários jogadores que foram treinados por mim. Está a adaptar-se. É mais rápido do que todos os outros. Tem características especiais, umas coisas boas e outras não tão boas. É um jogador que vem para acrescentar, mas ainda não é o momento ideal para o lançar. Acreditamos muito no valor dele e tenho a certeza que vai demonstrar as convicções que temos sobre ele para as pôr em prática no Benfica.
Com Lucas Veríssimo pode usar mais vezes o desenho tático de três centrais?
Dá mais segurança. No Santos estava habituado a jogar com três defesas. Ele está habituado a jogar com essa ideia de jogo. O Vertonghen também joga assim na seleção da Bélgica. Esse sistema não é a minha prioridade. Podemos jogar assim num ou noutro jogo, por acharmos que ter uma estrutura no corredor central com três jogadores nos dá mais equilíbrio. Aí podemos pensar nisso, talvez mais para a Liga Europa e menos para o Campeonato.
Muitas vezes fala-se da adaptação dos jogadores que vêm da América do Sul para a Europa. Já falou nesta temporada de Gilberto, Pedrinho e Everton… Prevê que a adaptação de Lucas Veríssimo seja breve?
Ele tem uma vantagem porque vem de competição. A adaptação penso que não seja assim tão difícil. Felizmente a ele já não vai acontecer nada porque já teve [infeção] COVID-19 no Brasil, por isso não vai estar três ou quatro semanas sem competir. Para quem não teve parece que é fácil. Hoje estou aqui a falar com vocês, mas se tivesse de jogar não conseguia. O voltar a correr, a falta de respiração, as dores no peito... e peso. Todos perdemos peso! Sabem quantos quilos perdi? Seis quilos! Isto não é uma constipaçãozinha! As outras equipas pediram para adiar, o Manchester City pediu logo para adiar os jogos. Em 27 jogadores do plantel, só três é que não tiveram COVID-19: Chiquinho, Rafa e Samaris. De resto, todos os outros estiveram em casa sem treinar e sem estar em contacto com os treinadores. Em relação ao Lucas, o problema não se coloca, desde que não tenha nenhuma lesão. Notei nele um jogador completamente competitivo, com uma condição física exigente e boa. Se amanhã [quinta-feira] o quisesse por a jogar, tenho a certeza que não seria por aí que não jogaria bem. Do ponto de vista competitivo, está a 100 por cento.
Qual foi a sua interpretação das palavras de Rui Costa quando este disse que, tendo em conta o momento atual do Benfica e tudo aquilo que se passou até agora, há responsabilidades a assumir e que a COVID-19 não explica tudo?
É verdade o que ele diz. Temos todos de assumir as responsabilidades daquilo que, durante esse mês, fizemos. Perdemos 11 pontos… A COVID-19 não explica tudo, é verdade – há coisas que fizemos que não tiveram a ver com a pandemia –, mas foi a responsável número 1 de tirar os jogadores daquilo que é o seu valor individual. Depois, coletivamente, a equipa não teve essa capacidade durante 90 minutos. Todos vamos ter de assumir responsabilidades. Hoje não temos casos de COVID-19 na equipa, felizmente. Temos de trabalhar em cima do que achamos que temos possibilidade de poder melhorar a equipa individualmente. Temos de falar muito menos e jogar mais. Mas, para jogar mais, temos de ter condições para o fazer. Tirando o Waldschmidt e o André [Almeida], que estão fora porque se encontrarem lesionados, tenho todos os jogadores para tomar decisões, para lançar quem está melhor e contactar com eles. Durante um mês e tal isso não aconteceu, e vejam quantos pontos o Benfica perdeu nesse período, foram os tais 11 pontos. O Rui tem razão. Não foi só a COVID-19. Esse foi o principal motivo, mas houve coisas que fizemos que temos de assumir e não voltar a fazer. Todos nós temos uma palavra, que é em defesa do Benfica. Sabemos que tínhamos de fazer melhor do que fizemos até aqui, mas também sabemos por que motivo não conseguimos fazer melhor. Eu é que sou o treinador, e não podia trabalhar porque estive três semanas em casa. Eu e a minha equipa técnica. Quem quiser fugir à realidade, pode dizer o que quiser.
O Benfica vai defrontar o Arsenal, para a Liga Europa, em Roma, na 1.ª mão dos 16 avos de final da Liga Europa. Isso pode influenciar de alguma forma a equipa?
Influencia os dois. Esse é outro fenómeno ao qual nos temos de adaptar. Hoje não podemos jogar em Inglaterra nem em Portugal, tivemos de escolher um país para jogar. Onde é que nós preferíamos? Em Espanha. Não podemos, não dá. Então que seja em Itália, que não é muito longe de Lisboa e que não é muito frio. A 2.ª mão é na Grécia… Tudo isto é novo no futebol. Temos de nos adaptar a isso. Gostávamos muito de jogar no Estádio da Luz, com 60 mil a puxar pelos jogadores do Benfica, isso dá-nos outra alma. Mesmo com COVID-19, corremos mais. Sentimos muito a falta deles. Espero que percebam que este período nada teve a ver com os jogadores ou com a tática. Andámos durante um mês a arrastar-nos. Não tínhamos mais para dar.
Acredita genuinamente no título ou, com o calendário apertado, admite rodar a equipa no Campeonato para chegar longe na Liga Europa e poder ganhar a Taça de Portugal?
Sobre o facto de haver jogos de três em três dias… hoje posso fazer isso. Se não quiser pôr estes a jogar, ponho outros. Mas há um mês não tinha essa possibilidade. Tinha oito, nove, 10 ou 11 jogadores, e outros estavam em casa doentes. E ainda outros a treinar e a recuperar. Agora tenho a possibilidade de mexer na equipa com a confiança de que estão recuperados e à procura da melhor forma para a equipa ficar mais forte coletivamente. O meu desafio é recuperar os jogadores, colocá-los a jogar ao nível que são capazes, para o Benfica voltar a ser uma equipa competitiva e forte.
O Sporting tem oito pontos de avanço sobre o FC Porto e 11 sobre Benfica e SC Braga. Considera que esta vantagem faz do Sporting o principal favorito ao título nacional?
Não tenho dúvidas que o Sporting é o principal favorito. O facto de o Rúben Amorim falar em jogo a jogo é uma estratégia que respeito, mas o Sporting está em primeiro por mérito próprio, apesar de faltarem muitas jornadas. Tem a vantagem de jogar semana a semana, coisa que o Benfica, o FC Porto e o SC Braga não têm. Prepara os jogos como quer. Nós não temos isso e ainda bem que jogamos de dois em dois ou de três em três dias. É mais fácil fazê-lo com o plantel completo. Se é verdade o que diz a ciência, a COVID-19 acabou no Benfica, pelo menos durante três meses. Acreditamos que nesses três meses vamo-nos repor, vamos ter níveis de jogo de 70/80 minutos para sermos melhores do que os nossos adversários.
Texto: Filipa Fernandes Garcia e Marco Rebelo
Fotos: Tânia Paulo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024