Portugal na final do Mundial Sub-17 com bicadas decisivas de águias

Tomás Soares deu o exemplo, e o também benfiquista José Neto fechou as contas do desempate por grandes penalidades (6-5) que valeu a Portugal, pela 1.ª vez, um lugar na final do Mundial Sub-17, afastando o Brasil na meia-final, disputada nesta segunda-feira, 24 de novembro, no Catar.

Recrutados ao Benfica, Daniel Banjaqui, Mauro Furtado, José Neto, Rafael Quintas, Stevan Manuel e Anísio Cabral subiram ao relvado do Campo n.º 7 da Aspire Zone, em Doha, como escolhas iniciais do selecionador Bino Maçães para este Portugal-Brasil.

Entre os suplentes, ficaram 3 jogadores encarnados: Ricardo Neto, Miguel Figueiredo e Tomás Soares, com este último a ser lançado no 2.º tempo, aos 80', para o lugar de Anísio Cabral. Antes, aos 58', também Rafael Quintas e Stevan Manuel haviam sido substituídos, num encontro em que o defensor Mauro Furtado (na foto) foi eleito, pelos observadores da FIFA, Player of the Match.

Após um 0-0 no tempo regulamentar, a partida foi diretamente para o desempate por penáltis. Tomás Soares foi o primeiro a assumir a responsabilidade. Sem vacilar, com um remate de pé direito ao ângulo esquerdo, o avançado encarnado fez o 1-0 para a equipa das Quinas.

Com toda a gente a marcar até ao 4-4, surgiu então uma pitada de dramatismo. Romário Cunha, o guardião português, falhou a 5.ª grande penalidade lusa, mas viu o Brasil atirar ao poste no pontapé seguinte.

Após estas emoções fortes, José Neto, defesa dos Sub-23 do Benfica, imperturbável, com pouco balanço, atirou de pé esquerdo para o lado contrário do guarda-redes, fazendo o 6-5 que punha Portugal na final, pois o Brasil falhou o que veio a ser a derradeira grande penalidade.

Portugal, que já garantiu a sua melhor classificação de sempre num Mundial Sub-17, vai encontrar na final a Áustria (que afastou a Itália por 2-0), numa partida agendada para as 16h00 de quinta-feira, 27 de novembro, no Khalifa International Stadium, em Doha, no Catar.