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A fase de grupos da Taça da Liga tem sido, regra geral, utilizada para testar novas soluções táticas ou simplesmente dar ritmo de jogo a
jogadores menos utilizados, em particular os mais jovens. Acrescem os problemas resultantes da utilização, em simultâneo, de uma maioria de
jogadores menos rotinados e entrosados entre si.
Não surpreendem, portanto, as dificuldades sentidas neste tipo de partidas, em que a gestão do plantel, fruto de um calendário muito preenchido
(nove jogos em trinta dias), se torna imprescindível. Ontem não foi exceção e há que admitir que, não obstante a criação de oportunidades de
golo mais que suficientes para vencer o jogo caso os níveis de eficácia tivessem sido os habituais, a exibição foi menos conseguida.
Infelizmente, as contas do grupo ficaram mais complicadas quanto ao nosso apuramento para as meias-finais, e consoante o resultado da outra
partida desta jornada, que se realizará hoje à noite, ficaremos a saber exatamente o cenário que nos espera na última ronda. Certo é que
restarão possibilidades de passar à etapa seguinte, independentemente do desfecho do jogo entre Vitória de Setúbal e Vitória de Guimarães.
Pela positiva, além da utilização, no onze inicial, de sete jovens formados no Seixal (a maior parte jogara há um ano, pela equipa B, frente ao
Covilhã) e a estreia de Jota a marcar um golo pela equipa principal, há que realçar o ambiente festivo vivido na Covilhã ao longo do dia.
A raridade da presença da nossa equipa naquela região do país ao longo das últimas décadas explica o entusiasmo existente.
E sem desprimor para a justiça do resultado, para a qualidade, mérito e empenho da equipa do Covilhã ou o reconhecimento da exibição menos
positiva da nossa equipa, cabe-nos, infelizmente, ter de referir a arbitragem lastimável, desta feita, de Rui Oliveira.
Uma arbitragem que faz recordar aquela das meias-finais da Taça da Liga da temporada passada, contribuindo para o crescente descrédito desta
competição.
É incompreensível que a falta para grande penalidade, cometida sobre Raul de Tomas na primeira parte, não tenha sido assinalada. Houve diversos
lances mal ajuizados e o mais caricato ocorreu nos últimos minutos da partida, com um livre potencialmente perigoso à entrada da área do Covilhã
transformado em livre contra o Benfica.
Dias e noites infelizes todos temos, mas há uns que têm mais que outros e Rui Oliveira parece ser um desses. Basta relembrar que, sentado no
conforto de uma cadeira enquanto VAR, certa vez não viu uma grande penalidade favorável ao Santa Clara e noutra ocasião promoveu a reversão de
uma boa decisão – um fora de jogo bem assinalado – que penalizou o Feirense, concedendo um golo ilegal ao adversário. Coincidentemente, ambos os
erros ocorreram no Dragão, favorecendo a equipa da casa.
Agora há que centrar o foco no Bessa, já na sexta-feira, para procurarmos a conquista dos três pontos e, assim, mantermos a liderança isolada no
Campeonato Nacional. #PeloBenfica
P.S.: Hoje, às 19h30 (hora de Portugal continental), dar-se-á a estreia do Benfica na Liga dos Campeões de voleibol em casa do Perugia, em Itália,
a equipa que é considerada favorita no grupo em que o Benfica está inserido. Trata-se de um momento histórico para o voleibol nacional, com a
presença da nossa equipa entre as vinte melhores da Europa.
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