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Benfica B
Volvidos cinco anos à frente da equipa B das águias, o técnico anuncia, numa entrevista ao jornal "A Bola", que vai abandonar o Clube no final da temporada. Sai feliz e deixa a porta aberta.
05 abril 2018, 16h03
Hélder Cristóvão
O anúncio do adeus ao Clube, num momento em que faltam oito jornadas para o final da II Liga…
O mais importante era passar a minha mensagem, evitar notícias negativas, assumir a saída com frontalidade, com alguma antecedência. Mas antes de estar aqui falei com os jogadores, não queria que soubessem disto pelo jornal, temos essa frontalidade. Não seria correto da minha parte que lessem no jornal que estou de saída. São cinco anos, neste momento sou o treinador com mais tempo nos quadros profissionais.
É uma decisão pensada?
Não vale a pena estarmos aqui a fazer bluff. É uma decisão conjunta, há uma porta aberta que creio que irá manter-se para sempre. O meu trabalho aqui não é julgado pelos resultados, mas pelo que fazemos diariamente e pelos jogadores potenciados. Neste tempo, os aplausos são mais do que os assobios. E os assobios ajudam-nos a crescer, aos jogadores e a mim. Meto-me no papel do adepto e compreendo, muitas vezes também eu quis assobiar, ninguém fica mais chateado do que eu quando perco, pois sou treinador e adepto. Que continuem a vir e a criticar quando tiverem de criticar, ajudam-nos a refletir.
Cinco épocas de Benfica B, equipa estabilizada a meio da tabela na época em curso, mais de 200 jogos e quase 100 vitórias. Está a fechar-se um ciclo?
Sim. Entendemos, eu e a estrutura, que é o momento de fechar esse ciclo, são cinco temporadas, mais de 200 jogos, um grande número de jogadores para potenciar, foi uma grande alegria ter voltado ao Benfica para um cargo diferente, depois de duas passagens como jogador. São anos marcantes, mas chegou a altura de focar-me de forma diferente na carreira de treinador. Eu e o presidente planeámos inicialmente dois anos, depois entendemos que seriam três, mas acabaram por ser cinco. Sinónimo de confiança, de trabalho bem realizado. Vou sair com a convicção de que fiz as coisas bem. Todos erramos, eu também errei, mas consegui crescer como treinador, valorizar-me no plano técnico e estratégico e consegui também valorizar ativos do clube. E essa era a primeira premissa de um treinador de equipa B.
"O Benfica está entre os melhores, quer em condições físicas, quer humanas"
A saída está relacionada com a criação de uma equipa Sub-23?
Não, esta é uma saída planeada. Fiz 47 anos e se para alguns clubes e divisões és jovem já para outros projetos começa-se a perder um bocado o comboio. E também quero mostrar que não estou acomodado, nem ao cargo nem à Segunda Liga. Projetei muito mais para este período da minha carreira. Mas a riqueza do dia-a-dia e da Segunda Liga... é um patamar de excelência para se crescer como treinador. E crescer também como treinador do Benfica, de equipa grande, permite evoluir todos os dias.
E qual é esse projeto que tem na cabeça?
Fui brincando um pouco com isto... mas é como se saísse da televisão e fosse para o cinema, dar o passo em frente, para o grande ecrã. Consegui crescer muito e amadurecer como treinador, estou preparado para o próximo passo. E uma equipa B permite-nos trabalhar com um naipe de jogadores e uma complexidade de situações que nos deixa bem preparados. Em Portugal temos, por exemplo, Luís Castro e Abel Ferreira, que passaram por equipas B, a nível internacional temos Luis Enrique e Guardiola... Não estou a dizer que estou ao nível deles, mas sinto-me preparado. O que fui fazendo permite-me pensar mais além. E é importante também para o Benfica ter mais treinadores fora do clube, que tenham pertencido ao Benfica e levem a palavra do clube e o trabalho que é feito aqui para outros campeonatos. E é isso que quero fazer.
Que patamar tem em mente para 2018/19?
Imagino-me, essencialmente, a treinar. Quando cheguei ao Benfica sabia perfeitamente como é que queria que a equipa jogasse Futebol, os comportamentos que pretendia dos jogadores, acho que foi conseguido. Procuro um projeto estável, onde possa pôr em prática as ideias que tenho e transmitir organização e ambição. Fazer com que, através da nossa metodologia, os jogadores sejam mais-valias para o clube.
Sai feliz e de consciência tranquila?
Feliz, sim, porque não se pode viver no Benfica sem estar feliz. Esta casa permite-nos ser felizes todos os dias e acordar com ambição e vontade de chegar ao Caixa Futebol Campus e fazer mais qualquer coisa. O Benfica é moderno, tem estratégia de futuro, vai certamente continuar a crescer, tem um presidente que consegue que as pessoas se envolvam.
“Agradeço ao presidente. Foi ele que me deu as ferramentas, o tempo e as condições”
Distinções, prémios, conquistas para a Formação do Benfica, jogadores vendidos por muitos milhões, outros a dar cartas na equipa principal. Sente que um bocadinho desse mérito também lhe pertence?
O mérito é de todos, todos têm mérito no projeto. Quem entra no Benfica B não treina apenas uma equipa, treina uma série de jogadores que está disponível para enquadrar várias equipas. A missão é um projeto aberto, e temos vários conteúdos táticos e técnicos. A proposta do clube passa por fazer com que sejam opções para a equipa principal. Creio que sim, também tenho parte do mérito e do sucesso, mas o sucesso é do Benfica. Nem seria correto da minha parte ficar com esse mérito.
O Caixa Futebol Campus tem evoluído a todos os níveis…
Vejo crescimento. Organização. Um clube que quer acompanhar o crescimento europeu e mundial. Neste momento o Benfica está entre os melhores, quer em condições físicas, quer humanas e a entrada de Pedro Mil-Homens é nesse sentido, para ajudar ao crescimento do clube. Vamos apresentando valências e profissionais competentes para que o Benfica seja cada vez melhor.
Uma mensagem final…
Quero agradecer. E para não agradecer a todos, agradeço ao presidente a oportunidade que me deu, a forma como me tratou e a forma como me apoiou e permitiu estar aqui agora a dar esta entrevista e a encarar um futuro diferente como técnico principal de uma futura equipa. Foi ele que me deu as ferramentas, o tempo e as condições para que fosse melhor neste período da carreira como treinador. Proporcionou-me o prazer de voltar a esta casa num cenário diferente, de trabalhar com grandes jogadores, e grandes talentos e acho que não há nada que possa pagar o que vivi aqui nestes anos.
Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024