Basquetebol

02 agosto 2017, 20h16

Nicolas dos Santos

Viveram-se momentos de pânico na tarde desta quarta-feira na Costa da Caparica, quando uma avioneta realizou uma aterragem de emergência em pleno areal da praia de São João.

O comandante Paulo Isabel, da capitania de Lisboa, confirmou a existência de dois mortos, precisamente dois banhistas que se encontravam no areal da praia, um homem e uma menina de oito anos de idade.

Os tripulantes da avioneta saíram ilesos e a tragédia poderia mesmo ter tido outras proporções… em vários sentidos.

O basquetebolista do SL Benfica, Nicolas dos Santos, juntamente com a sua mulher e duas irmãs desta, estavam no local, assistiram a tudo e, no meio de toda a aflição e pânico, Nicolas dos Santos teve a calma que imperava para ajudar nas primeiras medidas, nomeadamente, no apoio ao nadador salva-vidas e proteção dos tripulantes da avioneta, alvo da fúria dos presentes.

“Estava na praia com a minha mulher e vimos a avioneta a voar de forma estranha, muito baixa, como se estivesse prestes a cair… e vimos mesmo a avioneta a cair na praia e a embater no homem e na menina. Foi muito complicado, viveram-se momentos de muito medo e aflição”, começou por dizer ao Site Oficial do SL Benfica.

“Mesmo assim, a tragédia não foi maior porque hoje era dia de semana, estava vento e, apesar de estarem bastantes pessoas na praia, esta não estava tão lotada como se fosse a um fim de semana. Podia ter sido muito pior”, explica Nicolas dos Santos.

“As pessoas começaram a correr em pânico, a fugir, vimos vários pais a correr com os filhos… foi horrível”, revelou ainda abalado o Campeão Nacional de Basquetebol.

Nicolas dos Santos e a mulher estavam muito perto do local onde a avioneta embateu e tentaram de tudo para ajudar.

“A minha mulher correu para junto da criança e não conseguia parar de chorar… porque assistiu a tudo e à aflição da mãe abraçada à filha. Foi horrível! Eu corri para ajudar o nadador salvador, pois havia cada vez mais pessoas a chegar à praia e queriam bater no piloto da avioneta e no tripulante, também eles cheios de medo. Eu meti-me no meio para tentar evitar que acontecesse outra tragédia. Quis ajudar. A solução não era bater, era manter a calma e esperar que as autoridades, a polícia e a ajuda médica de emergência chegassem. Manter a calma era o mais importante no momento”, concluiu o basquetebolista do SL Benfica.

Texto: Sónia Antunes

Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica

 

 

Última atualização: 21 de março de 2024

Patrocinadores Basquetebol


Relacionadas