Futebol

26 agosto 2017, 22h25

O Estádio dos Arcos, em Vila do Conde, assistiu, este sábado, a duas equipas bem trabalhadas e a jogarem o jogo pelo jogo com intensidade. Cedo se percebeu por que razão o Rio Ave somava por vitórias os três jogos disputados nesta edição da Liga NOS.

Minutos iniciais com mais Rio Ave na partida. O treinador Miguel Cardoso dissera na conferência de imprensa que iria manter a identidade da equipa e assim foi. O Benfica tinha pouco espaço para fazer o que mais gosta: construir de trás para a frente, com jogo entrelinhas e diagonais que baralham a marcação. Optou, ainda assim, por explorar a profundidade através, sobretudo, de Seferovic. Por sua vez, o futebol apoiado dos vilacondenses conseguia ultrapassar as zonas de pressão das águias.

Rui Vitória percebeu isso e à passagem do minuto 20 fez subir as linhas. A primeira zona de construção dos comandados por Miguel Cardoso sentia mais dificuldades e viu-se um Benfica mais afoito na aquisição das segundas bolas. A mudança “tática” quase resultou em golo em duas ocasiões. Numa, o esférico entrou a remate de Pizzi, porém anulado por fora de jogo; poucos minutos volvidos, uma saída em falso de Cássio levou calafrios.

O Estádio dos Arcos assistiu a duas equipas bem trabalhadas e a jogarem o jogo pelo jogo

No reatamento, o Benfica apareceu com outra agressividade ofensiva. Essa acutilância ia valendo um golo a Cervi num remate acrobático. O Rio Ave respondeu numa transição rápida, mas o cabeceamento de Guedes saiu mal direcionado. Da ameaça ao golo foi um hiato curto de tempo. Uma hora de jogo e golo dos da casa. Bruno Teles centrou, Bruno Varela tentou afastar a bola que, caprichosamente, embateu em Lisandro e seguiu para a baliza deserta.

O resultado não era justo e Jonas tratou de colocar alguma justiça no marcador. Marcão agarrou ostensivamente a camisola do 10, Hugo Miguel viu, assinalou grande penalidade e o brasileiro não desperdiçou. Voltava o empate ao Estádio dos Arcos, aos 67 minutos.

O Rio Ave sentiu o golo, intranquilizou-se e aproveitou o Benfica para, em largura e em profundidade, explorar o setor mais recuado dos da casa, personificando em Zivkovic (assistências) e em Rafa e Seferovic (remates) as oportunidades mais clamorosas para a “cambalhota” no marcador.

As águias cederam os primeiros pontos na Liga NOS. Têm agora 10 e na próxima ronda recebem o Portimonense.

O Sport Lisboa e Benfica alinhou com Bruno Varela; André Almeida, Luisão, Jardel (Lisandro, 15’), Eliseu; Filipe Augusto, Pizzi, Rafa (Raúl Jiménez, 79’), Cervi (Zivkovic, 62’); Jonas e Seferovic.

Texto: Marco Rebelo

Última atualização: 21 de março de 2024

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