Futebol

08 setembro 2017, 23h09

Uma entrada com fulgor e animação no ataque, faziam prever uma primeira parte com golos, empolgamento e sem sustos. O primeiro remate de Jonas após uma primeira demonstração de futebol combinativo deixava o primeiro rasto de genialidade do avançado brasileiro e da organização em movimento do ataque Benfiquista.

Foi, no entanto, uma entrada promissora que não durou muito tempo, mas poderia ter rendido ao Benfica os golos que permitissem aos adeptos desobstruir as gargantas. Mas à medida que a primeira metade decorria, parecia desfalecer o entusiasmo inicial da equipa.

O meio-campo não permitia a fluidez habitual e o Portimonense até criou duas ou três situações em que expôs, claramente, o bom momento de forma de Bruno Varela. Nada, no entanto, que alterasse a fisionomia do jogo. Um Benfica, pouco definido nas ideias, nesta altura, mas sempre combativo, identificado com as ideias do treinador e a exigência dos adeptos.

Muitos ataques, alguns remates depois, o intervalo chegou sem que a equipa de Rui Vitória descobrisse, entre a panóplia de soluções individuais, um daqueles desbloqueadores, que em certos momentos consegue superar a dificuldades coletivas.

Após o intervalo, esperava-se uma reação ciclónica do Benfica e depois de Rui Vitória ter deixado no banho o argentino Cervi, substituindo-o pelo seu fulgurante compatriota Salvio, um dos jogadores que recuperou de lesão.

Poucos minutos bastaram, no entanto, para perceber que esta não seria uma noite de inspiração, nem individual nem coletiva, e que teria de ser um daqueles jogos que mais tarde se relembrará por uma sequência imprevista de acontecimentos.

Primeiro o golo do Portimonense a levar uma súbita e gélida frente fria às bancadas do Estádio da Luz e quase logo a seguir um dois em um para a equipa Benfiquista. Grande penalidade indiscutível e expulsão do defesa do Portimonense. O melhor marcador do campeonato, Jonas, reforçou o estatuto de goleador e restabeleceu a igualdade.

Mais tarde, um outro episódio que marcaria a história do jogo e sobretudo a memorável interpretação de André Almeida, com um remate surpreendente, em arco, a estabelecer o resultado final.

Com o Portimonense a dar uma resposta digna, perto do fim, a equipa algarvia teria apontado um segundo golo e provocado uma comoção geral nas bancadas, mas o video-árbitro corrigiu a decisão inicial do árbitro assistente ao validar uma jogada ferida de ilegalidade.

O jogo terminou com a vitória do Benfica, sofrida, sem muito brilho mas com a alma e o compromisso habituais dos valorosos jogadores Benfiquistas.

Fotos: Isabel Cutileiro e Tânia Paulo / SL Benfica

Resumo da 1.ª parte

Resumo da 2.ª parte

Última atualização: 21 de março de 2024

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