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Futebol
Médio-ofensivo está no Manchester City, mas não esquece o clube do qual é adepto e onde foi formado. Mesmo que não jogue mais de águia ao peito, assume que também não o fará ao serviço do Sporting ou do FC Porto.
27 outubro 2017, 15h41
O corpo está em Inglaterra, mas o coração está (e sempre estará) na Luz. Bernardo Silva joga no Manchester City, mas não esquece o Benfica um único momento.
O médio-ofensivo, em entrevista ao jornal "A Bola", o fala de um eventual regresso, recorda a passagem pelo Caixa Futebol Campus, elogia Ederson e Lindelöf, garante ter uma excelente relação com Luís Filipe Vieira e dá mérito a um treinador, Rui Vitória, que venceu dois campeonatos em outros tantos anos.
“Já disse várias vezes que um dia mais tarde gostava de voltar ao Benfica. Nunca se sabe o que pode acontecer, as pessoas têm noção que neste momento e num futuro próximo não será fácil, mas o Benfica é um clube que me diz muito. Passei lá 12 anos e quem sabe um dia possa voltar”, assumiu, completando de seguida: “Não posso dar garantias nem fazer promessas que não sei se posso cumprir. Sempre foi um objetivo da minha carreira jogar no Benfica e obviamente que espero um dia poder fazê-lo mas não tenho a certeza absoluta.”
A relação de Bernardo Silva com a massa adepta do Benfica é quase umbilical e muitos pedem-lhe para voltar a vestir de águia ao peito.
“Quando vou a Portugal e encontro benfiquistas na rua falam-me sempre do Benfica e perguntam-me quando volto. O Rui Costa foi uma situação diferente porque fez parte e jogou pela equipa principal muitas vezes, eu não o fiz com essa regularidade, mas sim, de certa maneira há algumas semelhanças porque sinto que os benfiquistas gostavam de me ver voltar um dia”, revelou.
A vida dá muitas voltas, mormente no mundo do futebol. O médio pode nunca mais jogar pelo clube do seu coração, mas tem uma certeza…
Em 2014, com a camisola do Mónaco, jogou frente ao Benfica pela primeira vez na carreira, algo que foi especial depois de tantos anos no clube.
“Foram 12 anos. Entrar num jogo contra o Benfica não é o mesmo que entrar contra o Leverkusen, Zenit ou outra equipa qualquer. Foi especial defrontar o Benfica”, considerou.E se um dia marcar ao Benfica? Bernardo Silva não sabe se chorará como Rui Costa, mas não festejará.
“O Rui Costa chorou, não foi? Se marcar ao Benfica não vou chorar, mas obviamente que não vou celebrar o golo. Ainda hoje sou benfiquista, tenho uma grande história com o clube e um grande respeito pelos adeptos e pelas pessoas que me apoiaram nos 12 anos que lá passei”, observou.
A RELAÇÃO COM O PRESIDENTE LUÍS FILIPE VIEIRA
Há semanas foi lançado para a agenda mediática um eventual desconforto existente entre Luís Filipe Vieira e Bernardo Silva, facto que o futebolista refuta liminarmente.
O jogador dos citizens revelou, ainda, que já falou “com o presidente do Benfica dezenas e dezenas de vezes depois da saída.” “Todas as pessoas às vezes, a quente e em privado, dizem coisas que não estão à espera que saiam cá para fora. Temos uma ótima relação, ficou tudo bem resolvido”, sublinhou.
A ESTREIA PELOS SENIORES DO BENFICA
Depois de 12 anos na Formação do Benfica chegou a vez da estreia pelos Seniores. A mesma aconteceu em 2013/14 na Taça de Portugal.
“Lembro-me. Foi em Cinfães, para a Taça de Portugal. Joguei cerca de dez minutos. Foi um momento especial porque sempre fui benfiquista e desde pequenino que o meu sonho era jogar pela equipa principal do Benfica”, recordou, trazendo à tona que, ainda nessa temporada, jogou um clássico: “Lembro-me bem. Foi no Dragão, na última jornada, o Benfica já tinha sido campeão. Joguei cerca de dez minutos também. Foi ótimo.”
A RELAÇÃO COM EDERSON E LINDELÖF
Na Premier League, Bernardo Silva encontrou dois nomes que bem conhece dos tempos de Benfica: Ederson e Lindelöf. Ambos estão em Manchester. Um é colega do português, outro é rival.
“O Ederson é um ano mais velho do que eu, ele é de 1993, eu sou de 1994. Ele nunca foi mesmo da minha equipa, mas partilhámos muitas vezes o mesmo balneário e treinámos muitas vezes juntos. Também passou muito tempo no Benfica, é um clube também especial para ele e um tema de conversa entre nós”, partilhou.
O guarda-redes brasileiro está a assumir-se na baliza do City e a revelar-se uma autêntica surpresa em Inglaterra.
“A maior parte dos ingleses ficou muito surpreendida porque não o conhecia, mas eu já o conhecia da formação e acompanhei os jogos quase todos do Benfica na época passada. Sabia que é um guarda-redes fantástico, muito completo, tanto com os pés como com as mãos, dentro e fora dos postes. Faz tudo bem. Poderia ter tido uma fase difícil de adaptação, às vezes acontece, mas felizmente não foi o caso. Impôs-se rapidamente e tem ajudado muito a equipa, com enorme segurança”, elogiou.
Uma das características ímpares de Ederson é a força do seu pontapé. A equipa galga metros com as bolas colocadas pelo brasileiro perto da área contrária e fica mais perto do golo.
“Não há muitos jogadores capazes de meter a bola como ele consegue. Se eu tentar bater um pontapé de baliza chego ao meio-campo, não sei se consigo muito mais, mas o Ederson chega quase à área adversária. É fantástico, até porque no pontapé de baliza não há fora de jogo. Lembro-me de no ano passado o Benfica ter marcado um ou dois golos dessa forma, e só não marcou mais porque os avançados não controlaram bem a bola e não conseguiram finalizar as jogadas. É mais um recurso que dá à equipa”, afirmou.
Do outro lado da barricada está Lindelöf, defesa que coabitou com Bernardo Silva no Caixa Futebol Campus e que mereceu elogios.
“O Lindelöf conheço-o bem porque estive com ele no meu segundo ano de Juniores e na equipa B do Benfica. É um amigo. Victor é um jogador com muita qualidade, que gosta de ter a bola, que é agressivo a defender. Nas posições mais recuadas aqui em Inglaterra a adaptação demora mais tempo porque é um futebol muito agressivo e duro. Espero que as coisas lhe corram bem porque é um ótimo jogador e uma pessoa que admiro muito”, explicou.
RECORDAR A FORMAÇÃO NO BENFICA
Chegou ao clube do seu coração em 2002 e lá permaneceu até 2014, altura em que saiu para o Mónaco.
O pé esquerdo era mágico desde muito novo e foi dando nas vistas superando a falta de altura notada à época. O futebolista fez um flaskback e recordou como tudo começou.
“Fiz sempre a formação como médio-ofensivo, mais ou menos como número 10. Quando cheguei a juvenil e júnior continuei a ser médio-ofensivo, mas aos poucos comecei a descair para as linhas e sempre gostei mais de jogar do lado direito. Hoje em dia jogo bastante mais vezes encostado à direita do que no meio, mas gosto das duas posições”, lembrou.
Hoje, com 23 anos, tudo parece correr bem ao internacional luso, mas nem sempre foi assim…
“Dos 12 até aos 16 foi uma fase complicada porque são idades em que faz muita diferença seres maior. No meu caso notava-se muito a diferença a nível físico. Foi já nos Juniores, no segundo ano, que comecei a jogar mais e se deu o ponto de viragem. Já tinha 18 anos, salvo erro”, realçou.
E prosseguiu: “Quando passei do segundo ano de juvenil para o primeiro ano de júnior, a equipa técnica mudou, e o novo treinador que tive, o João Tralhão, que foi substituir o João Santos, ajudou-me muito. Mesmo não sendo titular no primeiro ano de juniores, deu-me muitos minutos para depois então fazer uma ótima época no segundo ano. Creio que joguei os jogos todos e fomos campeões.”
Bernardo Silva aproveitou, ainda, para enumerar alguns treinadores que foram fundamentais para chegar aos patamares onde hoje se encontra.
“Quando comecei lembro-me da Helena Costa. E também do Miguel Soares. O Bastos Lopes, numa altura em que eu não jogava tanto, era juvenil B, deu-me imensas oportunidades. A outro nível, o Nené, o Chalana, sempre me ajudaram muito. E o João Tralhão, que já referi. Tudo pessoas às quais estou muito grato”, reconheceu.
OPINIÃO SOBRE RUI VITÓRIA
Nunca foi treinado pelo atual técnico do Benfica, Rui Vitória, mas acompanha regularmente o dia a dia do clube. Apesar de não ter uma opinião muito bem formada, reconhece trabalho através das conquistas dos últimos anos.
“Falo com colegas de Seleção e sei o que as pessoas acham. Em dois anos, Rui Vitória ganhou dois campeonatos, portanto alguma coisa tem de estar a ser bem feita, mas não tenho uma opinião muito formada”, rematou.
Texto: Marco Rebelo
Última atualização: 28 de janeiro de 2025