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Clube
29 outubro 2017, 23h09
É o golo que leva as pessoas ao futebol; é o golo que leva as pessoas a extravasarem de alegria; é o golo que move paixões no futebol e permite que tudo faça sentido quando 22 jogadores se dispõem num terreno de 105 metros por 68 metros.
Como os chapéus, avançados há muitos, mas a elite é uma ínfima parte que merece ficar gravada a letras de ouro, tal como a bota que simboliza os melhores de sempre.
Nesta elite está Eusébio! Nome consagrado do futebol português que venceu a Bota de Ouro em duas ocasiões, todas elas ao serviço do Benfica. Como um verdadeiro king, abriu as hostilidades e venceu o prémio na época de arranque, em 1967/68. Repetiria a gracinha anos mais tarde, em 1972/73, recebendo o galardão em Paris a 29 de outubro de 1973, já lá vão 44 anos.
O golo sempre fez parte do quotidiano do Pantera Negra, que saiu da Luz após 638 marcados em 614 jogos.
TODOS OS VENCEDORES DA BOTA DE OURO
1967/68 EUSÉBIO (BENFICA) 42 GOLOS
Primeiro vencedor de sempre do prémio Bota de Ouro, por esta altura atribuído pelo L’Équipe. Marcou 42 golos no campeonato ganho pelo Benfica. Eusébio foi, ainda, fundamental no trajeto da equipa rumo à final da Taça dos Campeões Europeus, em Wembley.
1968/69 Petar Zhekov (CSKA Sófia) 36 golos
O avançado búlgaro notabilizou-se ao serviço do clube da capital da Bulgária. Os seus 36 golos foram fundamentais para o título do CSKA na temporada 1968/69.
1969/70 Gerd Müller (Bayern) 38 golos
Incontornável nome da história do futebol germânico. Conhecido pela alcunha de bombardeiro, Müller já jogava no FC Bayern, onde permaneceu até 1978/79. Curiosamente, os seus 38 golos não permitiram que a turma da Baviera fosse além do 2.º lugar no campeonato.
1970/71 Josip Skoblar (Marselha) 44 golos
Nasceu em Privlaka, que hoje pertence à Croácia. Assumiu-se no Marselha, onde estivera antes por empréstimo do Hannover. Com os seus golos, os franceses venciam, por esta altura, o terceiro título do palmarés.
1971/72 Gerd Müller (Bayern) 40 golos
O alemão voltava a ser o rei do golo na Europa, desta feita com 40. Ao contrário da primeira Bota de Ouro, a segunda coincidiu com o título do FC Bayern.
1972/73 EUSÉBIO (BENFICA) 40 GOLOS
O Pantera Negra fez o pleno, isto é, sempre que venceu a Bota de Ouro, o prémio redundou num título para o Benfica. Em 1972/73 foi ganho, inclusive, sem derrotas. Curioso o facto de quatro dos 40 golos terem sido apontados num dérbi com o rival Sporting.
1973/74 Héctor Yazalde (Sporting) 46 golos
O argentino jogou em Alvalade entre 1971 e 1975. Na época em que venceu a Bota de Ouro, o Sporting foi campeão em Portugal, à frente do Benfica por dois pontos.
1974/75 Georgescu (D. Bucareste) 33 golos
Avançado romeno esteve 10 anos no Dínamo de Bucareste, por quem venceu as duas Botas de Ouro da carreira. Os seus tentos foram foram fundamentais para a conquista do campeonato.
1975/76 Sotiris Kaiafas (O. Nicósia) 39 golos
Avançado cipriota que fez toda a carreira no Omonia Nicósia. Jogador que jogava bem com os dois pés e cujos golos deram o título ao clube.
1976/77 Georgescu (D. Bucareste) 47 golos
O seu nome voltou a constar entre os melhores marcadores da Europa em 1976/77, desta feita com um assinalável registo. Tal como Eusébio e o Benfica, Georgescu e o D. Bucareste coincidaram as conquistas coletivas e individuais.
1977/78 Hans Krankl (Rapid Viena) 41 golos
Notabilizou-se no Rapid Viena e chamou a atenção do Barcelona. Em 1977/78 marcou 41 golos, mas o título foi para o rival da capital, Áustria Viena.
1978/79 Kees Kist (AZ Alkmaar) 34 golos
A Holanda sempre lançou bons avançados e Kees Kist é um dos casos. Venceu a Bota de Ouro com 34 golos, mas o título foi para o Ajax.
1979/80 Vandenbergh (Lierse) 39 golos
Avançado belga muito reconhecido no país. Jogou no Lierse – que representava quando venceu a Bota de Ouro, com 39 golos –, mas também no Anderlecht e no Gent, entre outros.
1980/81 Slavkov (Botev Plovdiv) 31 golos
Na lista de vencedores, a Bulgária coloca vários nomes e Slavkov é um deles. Venceu a Bota de Ouro ao serviço do Botev Plodiv e ainda espalhou o seu talento em Portugal, no GD Chaves, entre 1988 e 1993.
1981/82 Wim Kieft (Ajax) 32 golos
Mais um avançado do país das tulipas na lista. Alto e louro, era exímio cabeceador e teve os melhores tempos da carreira no Ajax e no PSV.
1982/83 Fernando Gomes (FC Porto) 36 golos
Foi o segundo português a vencer o prémio depois de Eusébio. Conseguiu-o com 36 golos, mas, em termos coletivos, o Benfica de Eriksson era insuperável.
1983/84 Ian Rush (Liverpool) 32 golos
O avançado galês era a referência do “super Liverpool” do início dos anos 80. Na época da Bota de Ouro de Rush, os reds conquistaram a Taça dos Campeões, o campeonato e a Taça da Liga.
1984/85 Fernando Gomes (FC Porto) 39 golos
O avançado do FC Porto voltaria a vencer a Bota de Ouro em 1984/85, desta feita com o título coletivo do FC Porto acoplado. Ajudou com 39 golos.
1985/86 Van Basten (Ajax) 37 golos
Avançado de vastos recursos técnicos e muito inteligente. Conquistou a Bota de Ouro com 37 golos, e um ano depois estaria no Milan.
1986/87 Toni Polster (Áustria Viena) 39 golos
Um dos melhores avançados austríacos. Venceu a Bota de Ouro, mas nesse ano não celebrou o título de campeão.
1987/88 Tanju Çolak (Galatasaray) 39 golos
Chegou nesta época ao Galatasaray vindo do Samsunspor e deu logo nas vistas pelos 39 golos que lhe valeram a Bota de Ouro em termos individuais e o título de campeão turco coletivamente.
1988/89 Dorin Mateut (D. Bucareste) 43 golos
Outro avançado do Dínamo de Bucareste que venceu a Bota de Ouro. Marcou 43 golos, mas ainda assim ficou em 2.º no campeonato e perdeu a Taça da Roménia na final.
1989/90 Hugo Sánchez (Real Madrid) 38 golos
Stoichkov (CSKA Sófia) 38 golos
Primeira temporada em que dois jogadores chegaram ao fim com o mesmo número de golos. O mexicano Hugo Sánchez já marcava de bicicleta no Santiago Bernabéu, enquanto Stoichkov começava a chamar a atenção do Barcelona. Ambos foram campeões nos respetivos campeonatos.
1990/91 Pancev (E. Vermelha) 34 golos
A conquista da polémica com a Associação de Futebol de Chipre. Alheio a isso, Pancev marcou que se fartou, venceu a Bota de Ouro e foi a referência de um Estrela Vermelha que ganhou o campeonato, a Taça dos Campeões e a Taça Intercontinental.
1991/92 McCoist (Rangers) 34 golos
Fez grande parte da carreira no Rangers, onde estava quando venceu as duas Botas de Ouro, ambas com 34 golos. Foi campeão em 1991/92.
1992/93 McCoist (Rangers) 34 golos
A segunda conquista foi tirada a papel químico da primeira, com o extra da conquista da Taça da Escócia.
1993/94 Taylor (Porthmadog) 43 golos
Avançado que fez quase toda a carreira no País de Gales. Os 43 golos, todavia, não significaram títulos coletivos.
1994/95 Avetisyan (Homenetmen) 39 golos
O ponta de lança arménio destacou-se ao vencer a Bota de Ouro em 1994/95 pelo Homenetmen, que entretanto se refundou e hoje tem o nome de Pyunik.
1995/96 Endeladze (Margveti) 40 golos
Avançado georgiano que entrou para a elite do futebol após marcar 40 golos ao serviço do Margveti. Este registo valeu-lhe a Bota de Ouro em 1995/96.
1996/97 Ronaldo (Barcelona) 34 golos
O prodígio brasileiro, apelidado de Fenómeno, deu nas vistas no PSV, mas foi no Barcelona que venceu a Bota de Ouro, com 34 golos. Não venceu a Liga espanhola, mas conquistou a Taça das Taças.
1997/98 Machlas (Vitesse) 34 golos
O helénico era o avançado referência do OFI Creta quando o Vitesse deu por ele. Foi ao serviço da turma holandesa que venceu a Bota de Ouro, contudo insuficiente para ganhar títulos coletivos.
1998/99 Mário Jardel (FC Porto) 36 golos
Grande parte dos 36 golos que lhe valeram a primeira de duas Botas de Ouro foram de cabeça. Era temível nesse aspeto, e com isso o FC Porto venceu o campeonato português.
1999/2000 K. Phillips (Sunderland) 30 golos
Avançado inglês que fez toda a carreira em terras de Sua Majestade. Com 30 golos agarrou na Bota de Ouro, mas o Sunderland não correspondeu com títulos.
2000/01 Henrik Larsson (Celtic) 35 golos
O sueco de tranças foi rei no Celtic. O novo século ainda ia no adro e já a Bota de Ouro permitia que Henrik Larsson juntasse a conquista individual à dobradinha na Escócia.
2001/02 Mário Jardel (Sporting) 42 golos
A segunda Bota de Ouro de Jardel foi ganha no Sporting ao sabor do Guaraná. A campanha publicitária ficou famosa nos festejos de alguns dos 42 tentos do brasileiro. Os leões conquistavam a dobradinha pela última vez.
2002/03 Roy Makaay (Corunha) 29 golos
Foi o último holandês a ganhar a Bota de Ouro. Conseguiu pelo Corunha, venceu, ainda, a Supertaça de Espanha, e na temporada seguinte ingressava no Bayern.
2003/04 Thierry Henry (Arsenal) 30 golos
O francês deixava os defesas da Premier League desnorteados com os golos que lhe valeram duas Botas de Ouro consecutivas. À primeira juntou o título de campeão inglês.
2004/05 Thierry Henry (Arsenal) 25 golos
Diego Forlán (Villarreal) 25 golos
Pela segunda vez havia dois vencedores da Bota de Ouro. Henry ainda celebrou a Taça de Inglaterra; Forlán ficou-se pelo prémio individual.
2005/06 Luca Toni (Fiorentina) 31 golos
Batistuta é o avançado viola dos tempos contemporâneos mais conhecido, mas foi Luca Toni que venceu a Bota de Ouro ao serviço da Fiorentina, em 2005/06, com 31 golos.
2006/07 Totti (Roma) 26 golos
Incontornável nome da história da Roma e do futebol italiano. Venceu a Bota de Ouro numa época em que os romanos festejaram a Taça de Itália.
2007/08 Cristiano Ronaldo (Manchester United) 31 golos
De novo um português no olimpo do golo. Cristiano Ronaldo venceu, pelo Manchester United, a primeira de quatro Botas de Ouro.
2008/09 Diego Forlán (Atlético de Madrid) 32 golos
Depois de ganhar a Bota de Ouro pelo Villarreal, voltava a fazê-lo pelo Atlético de Madrid ao apontar 32 golos. Fez com Suárez e Cavani um “tridente” muito perigoso no ataque da seleção uruguaia.
2009/10 Messi (Barcelona) 34 golos
O astro argentino também tem quatro Botas de Ouro, mas a primeira venceu-a depois de Ronaldo, em 2009/10, temporada em que conquistou a Liga espanhola e a Supertaça.
2010/11 Cristiano Ronaldo (Real Madrid) 40 golos
Já em Madrid, Cristiano Ronaldo era um caso sério de golos marcados. Em 2010/11 apontou 40, conquistou a segunda Bota de Ouro e marcou o tento do triunfo na Taça do Rei.
2011/12 Messi (Barcelona) 50 golos
Messi igualava Ronaldo nas Botas de Ouro, mas com 50 golos marcados! Em termos coletivos só festejou a Taça do Rei.
2012/13 Messi (Barcelona) 46 golos
Voltava a pulverizar os números. Com 46 golos, Messi era o primeiro futebolista a conquistar três Botas de Ouro.
2013/14 Cristiano Ronaldo (Real Madrid) 31 golos
Suárez (Liverpool) 31 golos
O internacional português não ficava atrás de Messi e também somava três para o currículo, ex aequo com Suárez – este pela primeira vez – com 31 golos nos respetivos campeonatos.
2014/15 Cristiano Ronaldo (Real Madrid) 48 golos
O avançado do Real Madrid tornou-se, em 2014/15, o primeiro futebolista da história a somar quatro Botas de Ouro. Marcou 48 tentos! Ainda assim, o Real Madrid ficou em branco nas conquistas coletivas.
2015/16 Suárez (Barcelona) 40 golos
Beneficiou de ter Messi e Neymar na frente para apontar 40 golos e não dar hipóteses na hora de levantar o prémio. Coletivamente juntou-lhe a dobradinha pelo Barcelona.
2016/17 Messi (Barcelona) 37 golos
Foi o último grande vencedor do galardão e o segundo a atingir as quatro Botas de Ouro na carreira depois de Cristiano Ronaldo. Festejou a Taça do Rei.
Texto: Marco Rebelo