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Clube
28 novembro 2017, 12h01
Desde 1942 que houve também transformações de vária ordem, desde a mudança de nome, ao aumento do número de páginas, à introdução das primeiras fotografias a cores ou à implementação de alterações gráficas. Suplementos, programas de jogo, revistas e edições especiais também fizeram parte desta bonita história do semanário do Clube, pelo qual passaram inúmeros nomes ao longo deste tempo.
Diretores, jornalistas, paginadores, revisores, fotógrafos, colaboradores, cronistas e figuras ligadas a várias áreas contribuíram para que O Benfica chegasse a esta importante data. Nos dias de hoje, o nosso jornal desempenha cada vez mais um papel diferenciador na divulgação da informação relacionada com o Clube. Noticia o que mais nenhuma publicação nacional consegue noticiar, nomeadamente os três jornais desportivos.
Os Sócios, adeptos e simpatizantes têm uma ferramenta que lhes permite conhecer semanalmente as equipas e os atletas que têm o privilégio de vestir o Manto Sagrado, seja no futebol ou nas outras modalidades.
Além da capacidade informativa que veio demonstrando ao longo do tempo, o jornal O Benfica enveredou por outras vertentes igualmente assinaláveis. Exemplo disso foi o facto de se ter sido pioneiro na criação dos prémios Benfiquistas do Ano, em que várias áreas ligadas ao Clube viram os seus intervenientes serem merecidamente distinguidos. Foi essa iniciativa que originou posteriormente a cerimónia dos Galardões Cosme Damião, entregues anualmente no âmbito do aniversário do Clube.
Os prémios Benfiquistas do Ano são precisamente uma das temáticas que poderão ser visionadas na exposição dedicada aos 75 anos do jornal O Benfica, que hoje, dia 28 de novembro, é inaugurada. O Museu Benfica – Cosme Damião fica à espera de todos os que quiserem revisitar a história da nossa publicação a partir de dia 29, quarta-feira. A não perder!
Evolução. Foi desde sempre uma palavra associada ao jornal O Benfica. Para além das diversas alterações que foram sendo – e continuam a ser – feitas na versão em papel, o semanário entrou no mundo digital em fevereiro de 2014. Já são, portanto, mais de três anos a chegar aos leitores que querem ler as notícias através das plataformas digitais.
Vídeos e fotografias são os conteúdos adicionais que os subscritores têm acesso todas as semanas, além da vantagem de poderem ler mais cedo os artigos que compõem as 32 páginas do nosso semanário. Existem duas opções para subscrever a edição digital, mensal (2,99€) e anual (34,99€), com os valores praticados a serem os mesmos desde 2014. Mas a evolução não foi apenas visível com esse passo.
Atento ao crescimento do fenómeno das redes sociais, o jornal O Benfica dedica todas as semanas um espaço às plataformas de comunicação do Sport Lisboa e Benfica: Facebook, Twitter e Instagram. Os nossos leitores podem ficar a saber o que vai tendo mais impacto nas redes sociais do Clube.
Texto: Rui Manuel Mendes
O jornal O Benfica celebra 75 anos de existência! Assinalamos este número com uma exposição no #MuseuBenfica numa viagem até 1942. #EPluribusUnum pic.twitter.com/ZBe837DRba
— SL Benfica (@SLBenfica) 23 de novembro de 2017
Títulos, artigos, imagens e gráficos compõem cada edição que chega às mãos de quem compra. A verdade é que cada vez que se lê um jornal, a única coisa em que pensamos é no trabalho do jornalista ou fotógrafo, ignorando que há um grande processo entre a entrega do texto e o momento em chega ao seu público.
Na semana em que a manchete era “Reunião de Família”, nada melhor que ir conhecer os restantes familiares do nosso jornal, para além do diretor, editor, paginadores, jornalistas e fotógrafos. Com o objetivo de conhecer o trabalho “mecânico”, uma equipa do Jornal O Benfica deslocou-se à Grafedisport, gráfica que todas as semanas opera a impressão do semanário, para conhecer e dar a conhecer o lado mais escondido dos periódicos e dar voz aos seus executantes.
O relógio batia as 23 horas quando Luís Vaz nos recebeu à entrada da gráfica. Desde o primeiro momento que a abertura para nos ajudar na reportagem foi total e o convite para nos dirigimos ao local onde tudo começa a nascer o jornal foi imediato. Sempre bem-disposto, o trabalhador tornou logo a conversa muito informal, o que aumentou a qualidade da mesma.
Chegados à sala onde os PDF são recebidos, foi apresentado outro colaborador que, à semelhança do seu colega, recebeu-nos da melhor forma possível. Carlos Tavares, 27 anos de serviço naquela casa, elege a edição do Tetra como a que mais prazer lhe deu em fazer. “Estou a contar fazer a do Penta”, afirmou num tom divertido, mas confiante antes de nos indicar que o envio dos PDF estava quase concluído. E assim foi, pois pelas 23h11 foi dado o sinal que tudo já tinha sido entregue.
Em amena cavaqueira com Carlos Tavares e Luís Vaz, que nos contaram algumas histórias tão próprias da profissão, e no meio lá nos iam dando as opiniões sobre a equipa de futebol, onde se mostraram muito contentes com o recente sucesso do Benfica, dizendo que é mais um factor motivacional para as madrugadas de trabalho.
Começava agora a parte mecânica do jornal. Os PDF são enviados para uma máquina que através de um laser térmico desenha numa chapa tudo aquilo que se irá ver. Depois das mesmas estarem gravadas e divididas em quatro cores (amarelo, azul, magenta e preto), terão de ser inseridas nas rotativas que, estilo carimbo, que irão fazer com que passem para o papel. Esse maquinismo é alimentado pelas já referidas quatro cores, que assim cria todo o visualíssimo que já nos é familiar. Nota para os 60 000 exemplares que a máquina consegue atingir na sua velocidade máxima.
Trabalho pela madrugada
A parte pior, para os repórteres, chega agora. À frente da impressão do Jornal O Benfica há ainda dois jornais que, tal como o nosso, também são impressos na Grafedisport. Entre o momento em que as chapas estão prontas e que irão ser colocadas nas rotativas há um intervalo de duas horas.
Nesse espaço de tempo Luís Vaz, assumido Benfiquista, confessa que gosta de ter a responsabilidade de ser parte fundamental do Jornal e revela que a primeira edição que realizou é aquela por qual guarda um carinho especial.
Depois de matar a fome e as duas horas, eram 03h35 quando as chapas são colocadas nas rotativas com o alinhamento correto e é então altura de ver nascer um dos meios de comunicação tão querido entre os Benfiquistas. Quando começaram a sair os primeiros exemplares os ponteiros batiam nas 3h48m, ainda sem os níveis de acerto ideais. Com o trabalho de verificar se a cor e o ajustamento é o correto, uma equipa de profissionais verifica os parâmetros que lhes são indicados através de um computador. Ao mais mínimo defeito é o papel é deitado fora.
Então, como por magia (que dá muito trabalho) milhares de jornais começam a seguir um atrás do outro rumo a serem agrupados e preparados para serem entregues à distribuidora, a VASP.
Eram 04h12 quando foi dado o sinal que os 8000 exemplares do Jornal O Benfica estavam todos impressos, um minuto antes deu-se o momento simbólico da noite quando, das mãos de um dos operários da gráfica, é entregue à equipa do jornal um exemplar do mesmo.
A nossa missão ficou terminada e o nosso conhecimento enriquecido. É notável todo o processo que leva à impressão de um jornal, seja ele diário ou semanário. Todo o trabalho do jornalista só é reconhecido graças, em grande parte, aos homens que, noite após noite, atuam de forma muito profissional, mas ao mesmo tempo tão descontraída.
Ainda a edição semanal não está na gráfica e a próxima edição do Jornal O Benfica já está a ser preparada. O plano editorial é feito e impresso ainda na terça-feira, dia em que geralmente é concluído o semanário, sendo dadas nos dias imediatamente a seguir todas as instruções a jornalistas, fotógrafos e paginadores.
O primeiro passo é o momento da construção de textos que são previamente paginados, após o acompanhamento de jogos e eventos, acompanhados de uma das muitas fotografias tiradas pelos fotógrafos, quadros e tabelas necessárias. De seguida é enviado para o computador onde é inserido e transformado em página até ser ajustada na perfeição pelos paginadores, imprimida e enviada para o revisor e jornalistas.
Depois de vistas e revistas as páginas que compõem o semanário do Benfica são transformadas em PDF, prontas para ser enviados para a gráfica, porém antes desse processo há nova vistoria em busca de algum erro que tenha escapado.
Concluído todo este trabalho, a bola é passada para a gráfica onde existe outra face do Jornal O Benfica.
Datas que ficam para a história
Tem sido um caminho longo desde o seu primeiro número em 28 de novembro de 1942. O semanário do Clube começou por ter a designação de “Sport Lisboa e Benfica”, evoluindo uns anos mais tarde, mais especificamente em 1950 para O Benfica.
Outro ponto importante foi a chegada da fotografia a cores à primeira página e às centrais do nosso jornal. “Uma imagem vale mais do que mil palavras” já diz a expressão popular e, no caso do semanário encarnado, isso apenas aconteceu em março de 1982, com a inserção da primeira foto a cores. Dava-se mais um passo na evolução das páginas do jornal O Benfica, que continuaram a ser aumentadas nos anos seguintes. Era preciso dar resposta ao fluxo noticioso e, entre 18 de setembro 1985 e 6 de setembro de 1995, passou a vigorar o dobro das páginas (16 para 32). Aliás, esse é o número que existe atualmente.
Mas as transformações não se ficaram por aqui. No período mais conturbado do Clube em termos financeiros e desportivos, o jornal saiu em formato de revista – maio de 1995 a agosto de 2000. Houve um ligeiro interregno, mas a eleição de Manuel Vilarinho fez com que o jornal voltasse a ser publicado de forma regular. Foi simbolicamente em 28 de fevereiro de 2001.
Nos últimos anos, a preocupação de acompanhar os tempos modernos tem sido notória, com diversas alterações gráficas. Além dessas mudanças mais profundas, a redação do jornal O Benfica procura antes do início de cada época desportiva fazer uma introspeção, no sentido de ver o que pode apresentar de diferente em termos visuais aos seus leitores e subscritores. Sim, é preciso não esquecer o passo dado em 2014. Desde essa data que existe em versão digital.
Data | Edição | Acontecimento |
---|---|---|
28.11.1942 | 1 | Fundação do Semanário |
07.01.1950 | 372 |
Simplificação do título para “O Benfica”(bicromatismo no título - a vermelho) |
28.03.1953 | 540 | Passagem de 4 para 6 páginas |
16.04.1953 | 542 | Passagem de 6 para 8 páginas e multicromatismo nos títulos dos artigos |
15.03.1962 | 1008 | Passagem de 8 para 12 páginas |
29.02.1972 | 1532 | Maior edição publicada (96 páginas) |
16.02.1982 | 2052 | Passagem da impressão de Linotipo para Off-Set (película) |
02.03.1982 | 2054 | Inserção da primeira foto a cores (1.ª página e centrais) |
18.09.1985 | 2239 | Passagem de 12 para 16 páginas |
03.06.1987 | 2328 | Primeira página totalmente colorida |
16.09.1987 | 2343 | Passagem de 16 para 20 páginas |
06.01.1988 | 2359 | Passagem de 20 para 24 páginas |
19.09.1990 | 2500 | Passagem para composição computadorizada |
06.09.1995 | 2760 |
Passagem de 24 para 32 páginas |
01.05.1999 | 2951 | Revista “Benfica” até Agosto 2000 |
28.02.2001 | 2966 |
Regresso do Jornal “O Benfica” após eleição de Manuel Vilarinho |
14.01.2005 | 3168 | Impressão totalmente a cores (32 páginas) |
2009 | Mudança layout/grafismo | |
2011 | Alteração gráfica do cabeçalho | |
07.02.2014 | 3641 | Início da edição do jornal digital |
27.02.2015 | 3696 | Mudança gráfica/formato |