Atletismo

18 dezembro 2017, 15h14

Marcos Chuva

Marcos Chuva, atleta do Benfica

O Sport Lisboa e Benfica considera de elevada gravidade a quebra de confidencialidade verificada num processo que tem de ser sempre gerido com rigor e sensibilidade, na medida em que qualquer informação mal enquadrada tem potencial de ferir a imagem de atletas, clubes, federações e até do Estado português.

A divulgação antecipada de alegadas irregularidades em processos administrativos no sistema antidopagem, sem antes existir qualquer notificação final oficial a atletas, clubes e Federação Portuguesa de Atletismo denota claramente um ato que visa servir alguém, ou algum interesse. Quem?

À hora a que emite o presente comunicado, o SL Benfica aguarda ainda a reação da Federação, do Comité Olímpico de Portugal e até do Governo, perante uma ação consciente junto da Imprensa que coloca em causa a própria modalidade. Será de bom-tom que o gabinete da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto assuma publicamente posição sobre a matéria.

Como é do conhecimento geral, estes processos - quando se verificam irregularidades - devem decorrer com a maior confidencialidade e sigilo até à conclusão dos mesmos. Essa confidencialidade é extensiva aos clubes, que apenas são notificados pela FPA após a decisão final da ADoP.

Ora o Clube nunca foi notificado relativamente a Marcos Chuva no que se refere a qualquer eventual irregularidade com o atleta.

Sabe-se, isso sim, que o atleta nunca teve um controlo positivo de dopagem nem no sistema de localização, pelo que "está limpo" e o Clube confia intransigentemente em Marcos Chuva.

Alheios à sustentabilidade e veracidade dos detalhes divulgados no passado fim de semana, e tratando-se de um atleta olímpico do SL Benfica, consideram-se estas notícias muito graves e reveladoras de interesses obscuros.

Estas "fugas informativas" difundidas em timing inexplicável configuram perigosas quebras de confidencialidade e ferem o processo.

Em defesa da modalidade e do desporto nacional, o Clube solicita à Federação Portuguesa de Atletismo, ao Comité Olímpico de Portugal e ao Estado Português uma urgente intervenção e profunda investigação quanto ao tratamento dado ao assunto e às fontes que motivaram as notícias.

Última atualização: 21 de março de 2024

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