Futebol

12 maio 2019, 23h14

Rio Ave-Benfica

Bruno Lage

No final do triunfo por 2-3 diante do Rio Ave, na 33.ª jornada da Liga NOS, Bruno Lage analisou um jogo que considerou “muito difícil”. Deixou elogios ao adversário e ao seu treinador, apontou à entrada forte do Benfica como o momento do encontro e alertou que há uma final para disputar em que a equipa terá de fazer o melhor para se sagrar campeã.

Vitória em "jogo de doidos" e muito difícil

“Vencemos perante uma grande equipa, recheada de grandes valores individuais e um grande treinador, que tem feito um trajeto fantástico e que está a fazer uma ponta final muito boa. Jogo de doidos, com muitos golos, muito difícil, tínhamos de ser muito pressionantes. Tivemos os nossos momentos, o Rio Ave teve os seus momentos. A forma como nos temos dedicado ao jogo e o que temos feito nestes quatro meses, fica-nos bem chegar a esta altura com mais uma final para disputar.”

“O mais importante não era o meu aniversário [43 anos], era sair daqui na mesma posição e a dependermos só de nós. Fizemos o jogo que tínhamos de fazer e marcámos os nossos golos. Este era o objetivo. Não é a primeira vez que jogo no meu aniversário, nunca perdi e acreditava que íamos ganhar, tal como tinha a convicção de que o FC Porto ia fazer o seu trabalho, é uma excelente equipa que está determinada, como nós, em chegar ao 1.º lugar. Estivemos sempre tranquilos e entrámos muito fortes no jogo.”

Rio Ave-Benfica

Entrada do Gedson

“O Daniel Ramos mudou o seu meio-campo, começou a construir com dois médios. A nossa forma de pressionar estava diferente, estávamos a vencer 1-3 e mudámos nós para 4x3x3. Colocámos o João Félix entre o Semedo e o Fábio Coentrão, pois o Coentrão estava a receber a bola mais baixo. Tentámos inverter isso, com uma forte pressão com dois médios, tendo o Florentino por trás de Samaris e Gedson. Foi isto que pretendemos fazer.”

Rio Ave-Benfica

Título já não foge?

“Longe disso. Há quatro meses nunca imaginei estar a festejar o meu aniversário com esta família. Agora é desfrutar, ter um dia de folga e depois regressar focados em fazer mais um jogo, mais uma final, vencer e terminar na posição em que estamos.”

“A ansiedade tem sido o normal. Ansiedade ou pressão não deve existir, há é a oportunidade de fazer coisas bonitas para este Clube e para estes Sócios que nos têm acompanhado. Eles são jogadores com saúde, que fazem o que gostam.”

“Olhar para o FC Porto nunca foi a nossa forma de estar. Depois de vencermos no Dragão jogámos sempre depois, com o FC Porto na frente de forma provisória, mas olhávamos era para nós e é o que vamos fazer com o Santa Clara, que tem feito um campeonato fantástico, o melhor de sempre do clube, com manutenção acima dos 40 pontos. Mais uma equipa muito difícil e temos de fazer o nosso melhor para nos mantermos neste lugar.”

Rio Ave-Benfica

Os 99 golos na Liga NOS

“É a consequência do trabalho… sobre a 2.ª questão [dúvidas no segundo golo do Benfica]: nunca comentei arbitragem e não é hoje que o vou fazer. Voltando à outra questão: é fruto do treino, do trabalho. Isto é jogo a jogo, conquistámos os nossos pontos, fizemos os nossos jogos e as coisas aconteceram com naturalidade.”

Rio Ave-Benfica

A importância de entrar forte e a marcar

“O momento do jogo é a forma como entrámos. Tinha algumas dúvidas sobre a forma como a equipa se iria comportar, porque tivemos duas entradas não tão boas e já diziam que éramos uma equipa sem estaleca. Mas durante vários jogos consecutivos entrámos bem. Sabíamos que marcando de início as coisas corriam-nos de feição, mas o jogo ia ser para durar, porque foi assim com o FC Porto e Moreirense. Foi assim connosco e tínhamos de estar fortes.”

Texto: Marco Rebelo

Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica

Última atualização: 19 de novembro de 2024

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