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Futebol
Pedro Mil-Homens, diretor-geral do Caixa Futebol Campus, participou na I Conferência Bola Branca e analisou aspetos que têm de ser revistos ou repensados na formação no nosso País.
03 junho 2019, 18h24
Pedro Mil-Homens
Antes de lhe ser colocada a questão a respeito da relevância da equipa B no título nacional ganho pelo Benfica em 2018/19, Pedro Mil-Homens lançou uma dica à Liga Portugal. "Não podemos andar de xis em xis anos a perguntar se vai haver ciclo das equipas B. Tem de haver! Não se pode perder este bem", alertou.
"A equipa B teve toda a importância na conquista do título do Benfica. Tem sido estratégica, fundamental. Os jogadores que em janeiro/fevereiro chegaram ao plantel principal do Benfica [Zlobin, Ferro, Florentino e Jota] levavam consigo um conjunto de jogos no futebol sénior. Sem este espaço competitivo, teríamos os Juniores ou os Sub-23, mas nenhum é a mesma coisa. A Liga Portugal tem de ter como objetivo manter as equipas B. É um patamar estratégico de transição para o futebol profissional que Portugal não pode perder", afirmou Pedro Mil-Homens.
Na perspetiva do diretor-geral "há um conjunto de coisas relacionadas com os princípios e objetivos do futebol formação" que deveria ser revisto. "Havendo foco no jogador, haverá menor foco na sua equipa. O que é que no nosso futebol de formação pode e deve ser feito para que seja melhor? Uma coisa tem a ver com a forma como olhamos para a competição nos escalões mais baixos. Falando da realidade... Tenho exemplos de jogos onde se ganha por 20 a 0. Os miúdos choram e não querem continuar a jogar. Ou o árbitro termina o jogo porque não é possível continuar. Mas, e vou ser um bocadinho crítico, a entidade reguladora do futebol em Lisboa sabe isto tão bem como eu. Há desequilíbrios grandes na formação, mas, felizmente, não é preciso fazer a centralização dos direitos televisivos para resolver este problema", apontou.
"Primeiro, mais importante que tudo: é preciso ter pensamento, ideia e projeto. Temos de desconstruir esta lógica de organização de competições de benjamins, petizes e traquinas como se se tratassem de jogos seniores. Vamos a torneios internacionais nestes escalões e, nalguns, os jogos não têm duas partes de 30 minutos; têm três partes de 20 minutos, onde o resultado da primeira não conta para a segunda. Ou seja, quando se inicia o segundo período, tudo se regenera, tudo começa de novo e o jogo são mais 20 minutos. Isto é um exemplo, mas há mais..." partilhou Pedro Mil-Homens.
"Quando se fala de arbitragem, muito do que há para fazer começa na formação. Podíamos aprender com os bons exemplos de outras modalidades em Portugal. O basquetebol dos escalões abaixo de iniciados não tem árbitros oficiais. A equipa visitante sabe que quando for a casa do adversário tem de levar um árbitro. E quem é esse árbitro? É um jogador. Devemos trazer para reflexão um conjunto de alterações que podemos fazer no futebol mais jovem para ajudar a resolver os problemas", acrescentou.
"É preciso entrar mais fundo no tecido desportivo do futebol, no tecido associativo, onde o pensamento está muito agarrado aos paradigmas do passado. É preciso reinventar isto, se quisermos melhor futebol, pais mais educados e, no futuro, mais respeito pelos árbitros, senão não vai haver nenhum Conselho de Arbitragem que resolva o problema dos jogadores e dos pais, que são o público. Os escalões mais baixinhos não deviam ter árbitros. São eles, jogadores, que têm de arbitrar os jogos e aprender as regras do respeito e do fair play. Isto de haver agentes desportivos a dizer que o fair play é uma treta é algo que devia ser penalizado, na minha opinião, nomeadamente pela Comunicação Social, que dá eco a quem diz estas coisas", assinalou Pedro Mil-Homens.
Texto: João Sanches
Fotos: Cátia Luís / SL Benfica
Última atualização: 22 de março de 2024