Futebol
26 julho 2018, 03h51
Festejos da equipa
Início de jogo forte e prometedor por parte do Benfica, com boa circulação de bola e, quando sem ela nos pés, muito pressionante na frente, asfixiando as tentativas de construção do Dortmund à saída da sua grande área.
A partir de cruzamentos, tanto na execução de cantos como no desenvolvimento de ataques pelos flancos, a equipa benfiquista provocou calafrios à defensiva da equipa alemã, mas só aos 16 minutos enquadrou um remate, numa ação de Zivkovic, que chutou à figura do guarda-redes Hitz.
O Dortmund reagiu, soltou-se da malha benfiquista e, aos 20’, após combinação pela esquerda, inaugurou o marcador por intermédio de Philipp, num desvio já na pequena área (1-0). O mesmo jogador apontou o 2-0 num lance muito duvidoso, com as águias a reclamarem posição irregular do atacante do Borússia (22’). Num ápice, a equipa alemã arquitetou uma vantagem de dois golos que aquilo que produzira não justificava.
A equipa encarnada recompôs-se e retomou a sua ideia de jogo. Aos 30’, Gedson, agressivo na pressão, deixou Pizzi em boa posição para visar a baliza e assinar o 2-1, mas a bola espirrou no corpo de um defensor e viajou para lá da linha de fundo. O resultado não se alteraria até ao intervalo, bafejando o conjunto germânico.
No reatamento, o Benfica surgiu transfigurado na linha da frente, com Salvio, Cervi e Ferreyra a renderem Zivkovic, Rafa e Castillo. Tal como no primeiro tempo, os comandados de Rui Vitória foram acutilantes e limitaram os espaços com pressão alta, obrigando muitas vezes o Dortmund a simplesmente chutar a bola para a frente.
Em posse, com Pizzi no comando na jogada e no passe de rutura, André Almeida soltou-se pela direita nas costas da defensiva do Dortmund e, aos 51', num remate cruzado, assinou o 2-1.
Imperturbável, o Benfica continuou alinhado com o propósito de assumir a iniciativa de jogo e, com critério, foi ligando lances de ataque em busca de novo golo. Aos 66’, cinco trocas de uma assentada: Rúben Dias, Grimaldo, Fejsa, Gedson e Pizzi foram rendidos por Conti, Yuri Ribeiro, Alfa Semedo, Samaris e Jonas.
Pouco depois, Alfa Semedo recebeu um passe curto de Ferreyra e, num lance de insistência e perseverança pelo eixo do terreno (69'), rompeu a linha defensiva e atirou de pé direito para o interior da baliza (2-2).
A parte final do desafio foi discutida e rija (Pieper devia ter sido expulso por entrada violenta sobre Cervi), a bola andou perto das duas balizas e Alfa Semedo, num golpe de cabeça, até podia ter bisado no desenvolvimento de um livre batido à direita.
A partida terminou 2-2, mas, de acordo com os regulamentos da prova, tinha de haver um vencedor e foi encontrado na marcação de penáltis. De bola parada, o Benfica venceu por 3-4: Samaris falhou (acertou na barra), mas Lema, Jonas, Ferreyra e Salvio foram certeiros e contaram com a prestação e influência do guarda-redes Svilar, que parou um remate dos 11 metros e viu outro ser negado pelo poste.
A equipa benfiquista amealhou assim dois pontos na ICC e o Dortmund apenas um (os três pontos são atribuídos apenas a quem vence no tempo regulamentar).
Texto: João Sanches
Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica
26 julho 2018
Estreia vitoriosa na ICC