Últimos retoques antes do palco Champions

No Estádio Algarve, o Benfica fechou a pré-temporada como a iniciou, a marcar golos (uma constante, aliás, nas sete partidas realizadas neste período), e, fruto de boas articulações no espaço ofensivo, ainda viu o poste direito da baliza do Lyon parar-lhe três bolas que pareciam destinadas a beijar as redes!

Aliando felicidade e eficácia, o adversário francês, mais um de calibre Champions que as águias encararam nesta fase para preparar o arranque a sério diante do Fenerbahçe já no dia 7 de agosto (primeira mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões), conseguiu aproveitar espaços e oportunidades para definir o resultado a seu contento (2-3), vencendo a Eusébio Cup e fazendo três pontos na International Champions Cup.

No fim do primeiro tempo, a diferença traduzida pelo resultado (0-2) era absoluta consequência objetiva da sentença ditada pelo ferro da moldura da baliza da equipa francesa.

Já depois de Rúben Dias ter cabeceado com muito perigo (sobre a barra), Salvio, aos 26’, valorizando uma excelente abertura de Gedson na direita, embalou, fez a diagonal e, já na área, atirou e acertou no poste direito.

Aos 37’, novo lance de ataque do Benfica com a asa direita bastante ativa e a combinar a preceito, cabendo o passe a Salvio e o remate a André Almeida, no interior da área, voltando a fazer estremecer o poste direito.

Aos 40’, no desenvolvimento de um canto executado à esquerda, Marcelo elevou-se na área do Benfica e levou a melhor pelo ar, batendo Odysseas (0-1).

Pouco depois (45’), na conclusão de um contra-ataque, Bertrand Traoré, descaído para a direita, recebeu o esférico, enquadrou-o para remate e chutou de pé esquerdo, cruzado, não dando hipótese de oposição a Odysseas, que ainda se estirou (0-2).

Com três modificações na equipa (saíram Rúben Dias, Cervi e Ferreyra), o Benfica regressou do intervalo determinado a acrescentar velocidade, agressividade e profundidade ao seu futebol, com o objetivo de desequilibrar e desmontar a organização defensiva da equipa francesa, que revelara solidez, com e sem bola, na etapa inicial.

Num dos primeiros ataques após a pausa, os encarnados tornaram a ver as suas intenções paradas pelo poste direito da baliza do Lyon: desmarcado no corredor central, Pizzi (47’) invadiu a área, venceu a oposição do guarda-redes com um disparo de pé direito, mas o ferro não autorizou a redução do diferencial.

O Benfica estava por cima e alcançou o 1-2 aos 59’: a passe de Salvio, Pizzi fugiu no eixo do ataque, internou-se na área e, com um toque de classe, encaminhou a bola para as redes.

Com mais posse, dando largura e pondo velocidade e intensidade na circulação de bola, a equipa benfiquista estendeu a ofensiva até à esquerda e Zivkovic cruzou para um autogolo de Marcelo (2-2), que esticou a perna direita na tentativa de impedir que a bola chegasse a Salvio, que se soltara no centro da área para finalizar (64’).

Aos 71’, mais trocas nos encarnados: saíram Fejsa, Salvio e Pizzi, entraram Alfa Semedo, Rafa e Jonas. A partir deste momento, as águias usaram o fato tático 4x4x2.

Após a segunda pausa para hidratação na partida, o Lyon desencadeou uma combinação veloz pela direita (83’) e conseguiu entrar nas costas da defesa do Benfica, onde Cornet cruzou rasteiro para a emenda de Terrier (2-3).

De bola corrida e de bola parada (livres e cantos), o conjunto benfiquista foi atrás do 3-3, mas o Lyon fechou as portas.

Texto: João Sanches

Fotos: João Paulo Trindade e Tânia Paulo / SL Benfica