Futebol
29 agosto 2018, 22h14
Cervi, Jardel e Fejsa comemoram golo do Benfica
O PAOK tentou surpreender o Benfica nos minutos iniciais da partida e arriscou uma entrada a todo o gás, pressionando à frente, muito perto da baliza guardada por Odysseas. A estratégia tinha uma dupla pretensão: condicionar a primeira zona de saída das águias para o ataque e, ao mesmo, conquistar ou recuperar rapidamente a posse de bola.
A equipa grega conseguiu mesmo colocar-se na frente (13'), mas no desenvolvimento de um lance de bola parada, com uma combinação rápida a resultar num passe de rutura para El Kaddouri, que, na esquerda da área, endossou a bola para o lado contrário, onde Prijovic, sobre o segundo poste, apenas teve de empurrar para as redes (1-0).
Os encarnados não tremeram. Havia ainda muito jogo pela frente. Com experiência e cabeça, os jogadores começaram a desfiar o futebol que têm exibido no começo desta temporada e as oportunidades de golo foram consequência natural e óbvia. Porém, foi igualmente num lance de laboratório que o Benfica colocou a primeira bola no interior da baliza do vice-campeão grego: Pizzi bateu um canto à direita (20') e Jardel levou a melhor no duelo aéreo com Fernando Varela, cabeceando imparável para o 1-1.
O Benfica ia impondo os seus argumentos e qualidade. Léo Matos tentou neutralizar um passe longo de Rúben Dias e atrasou a bola à procura do seu guarda-redes. A precisão não foi a melhor e o esférico ia escapar pela linha de fundo. Não fugiu porque Paschalakis não o permitiu, mas o certo é que o guardião também não conseguiu segurar o esférico; este ficou ao alcance de Cervi, que não renunciara ao lance, e o camisola 11 das águias foi imediatamente travado em falta pelo keeper do PAOK. Penálti! Na cobrança do castigo, Salvio atirou para a esquerda (26') e enganou o guardião (1-2).
O comando do jogo saltava em definitivo para as mãos dos jogadores de Rui Vitória. E o 1-3 não demorou muito a ser uma realidade, depois das tentativas de Grimaldo, Cervi e Seferovic.
Aos 39', Grimaldo e Cervi costuraram o lance pela esquerda, pertencendo o cruzamento ao argentino, com conta, peso e medida para o remate de pé direito de Pizzi no coração da área (1-3).
A segunda parte começou com o Benfica a ser ameaçador no ataque: Seferovic (aposta certeira de Rui Vitória na composição do onze titular) descaiu para a esquerda e disparou com perigo, mas Crespo conseguiu cortar para canto. Pizzi executou para o centro da área e Jardel foi amarrado por Fernando Varela (48'). O alemão Felix Brych estava atento: penálti! Salvio regressou à marca dos 11 metros e atirou para o 1-4 aos 49'.
O PAOK estava amassado e ferido pela competência e eficácia do Benfica, que já no encontro da primeira mão tinha sido muito superior e criara uma série de oportunidades de golo, embora só tivesse concretizado uma. A equipa de Razvan Lucescu ainda tentou reagir, lutar pela honra, mas o melhor que conseguiu foi um cabeceamento de Prijovic à barra (51').
Com organização defensiva e sendo racional na circulação de bola, o Benfica controlou o jogo e a vantagem; geriu, soube sofrer, teve um Odysseas sempre ligado à corrente na proteção das redes, nunca deixou de se chegar à frente e triunfou com brilhantismo em Salonica.
Texto: João Sanches
Fotos: João Paulo Trindade / SL Benfica