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Reentrar no habitual registo de vitórias é o objetivo primordial do Benfica na deslocação ao Estádio Municipal de Braga, como foi enfatizado pelo treinador das águias na antevisão do jogo da 4.ª jornada da Liga NOS.
31 agosto 2019, 15h46
Bruno Lage
"É uma oportunidade para voltarmos a fazer um bom jogo e regressarmos à linha de continuidade de resultados que tem sido o nosso registo desde janeiro", apontou o treinador Bruno Lage na antevisão do duelo.
Durante a conferência de Imprensa realizada no auditório do Caixa Futebol Campus, o técnico, na abordagem detalhada ao 4x4x2 e ao papel (e posicionamento) dos avançados em duas vitórias recentes, deu uma verdadeira aula tática...
O Benfica tem pela frente uma deslocação a casa do Braga, uma equipa que está a protagonizar um bom arranque de temporada. Que cuidados tem de haver?
Cuidados máximos, essencialmente por isso, pelo início de época e pelas prestações que o adversário tem tido. É um jogo difícil, fora de portas, acredito que seja muito competitivo, mas nós vamos com a ambição de sempre para fazer um bom jogo e vencer.
Após o resultado tido pelo Benfica no jogo com o FC Porto, o Braga é o adversário ideal para defrontar?
Todos os adversários trazem problemas e oportunidades, e é nisso que vamos estar interessados. O calendário é este, sabíamos antecipadamente que teríamos de enfrentar Sporting, Paços de Ferreira, Belenenses SAD, FC Porto e agora Braga, uma equipa que na época passada fez uma primeira volta fantástica e lutou pelos primeiros lugares. É uma oportunidade de voltarmos a fazer um bom jogo, de regressarmos à linha de continuidade de resultados que tem sido o nosso registo desde janeiro e conquistar os três pontos.
Falando agora da preparação para o desafio com o Braga. O trabalho após uma derrota é diferente?
A diferença é apenas o resultado, porque a nossa forma de trabalhar não muda. Saímos do jogo, fazemos a análise daquilo que correu bem e menos bem, uma ou outra questão estratégica que possa ter resultado, ou não. Ou seja, analisar o jogo da melhor maneira, preparar a semana de treinos para continuarmos a crescer enquanto equipa e olhar para o jogo seguinte. O apontamento mais difícil de registar esta semana foi o falecimento da filha do nosso técnico de equipamentos, Paulo Vaz, e no dia seguinte o falecimento do irmão do nosso chefe de segurança, Paulo Magalhães, e depois, da mesma forma que toda a gente sentiu, o falecimento da filha de Luis Enrique [treinador espanhol]. Isso é que são coisas difíceis de ultrapassar e que nos marcam. O resto é olhar para o que fizemos de bom e de mau e ter a oportunidade de voltarmos rapidamente ao nosso registo.
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Em termos pessoais, como foi a sua semana após a primeira derrota na Liga NOS? Foi bastante criticado por comentadores. Como se sentiu?
Só se sente aquilo que se vê. Tenho um enorme respeito por quem comenta, mas o meu equilíbrio é sempre em função das emoções que vou sentido dos nossos adeptos. Enorme respeito por quem escreve e por quem comenta, mas o mais importante é o que tenho na minha cabeça. Vou dar um pequeno exemplo daquele que é o nosso trabalho e o que fazemos quando estamos a analisar a equipa adversária, e por vezes até nos podemos colocar na pele de quem comenta... Quando analiso alguma coisa, tento colocar-me no lugar do treinador, como agora. Estou a analisar o Braga, tento pôr-me no lugar de Sá Pinto e tento prever o que ele possa fazer, e analiso apenas aquilo que vejo. Quem está do outro lado e tem essa tarefa de analisar, comentar e criticar, analisa algo, mas quer que esse algo vá ao encontro das suas ideias. São sempre questões interessantes, cada comentador e cada analista tem as suas ideias, alguns conseguem pôr-se neste lado e na cabeça do treinador, indo mais ao encontro do que aconteceu, outros nem tanto, ficam um pouco agarrados às suas ideias e comentam em função disso. Mas, para mim, o mais importante é isto: equilíbrio e perceber muito bem o que vai na minha cabeça, que é aquilo que me tem guiado ao longo dos últimos 20 anos de trabalho, na prática, até aqui.
Para este jogo com o Braga, admite fazer alterações na equipa, nomeadamente no lado direito da defesa?
Nós admitimos tudo, porque, como tenho dito ao longo do tempo, todos vivemos de rendimento. Se olharmos só para a posição de lateral-direito ou para as posições dos avançados, estamos a responsabilizar quem quer que seja por essa situação. Se o Nuno Tavares, um esquerdino, jogou como defesa-direito a responsabilidade é minha. Fui que o coloquei lá. Mas também tínhamos André Almeida e Ebuehi lesionados, Tomás Tavares a vir de férias depois de representar a Seleção. Nuno Tavares foi a melhor solução que encontrámos. Mas não vamos individualizar! Perdemos, perdemos todos, e aqui estou eu para assumir. Serei sempre o rosto do insucesso, como fui na época passada após as eliminações nas Taças e na Liga Europa. E como estive imediatamente a seguir ao recente jogo com o FC Porto. Estou aqui, sou eu o rosto da derrota e não A, B ou C.
Sá Pinto tem feito muita rotação na equipa. Isto dificulta a tarefa do treinador do Benfica no momento de perspetivar o adversário?
Fazemos uma análise ao que aconteceu nos últimos seis, sete, oito jogos, e às vezes até vamos muito mais atrás. Importante é verificar as dinâmicas dos jogadores em que a rotação tem sido mais evidente, fundamentalmente os homens da frente. Há alas com características diferentes (entre o jogo exterior e o jogo interior), a própria dinâmica dos laterais é diferente em função dos alas que jogam à sua frente... São situações que fomos analisando ao longo desta semana.
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O posicionamento de Raul de Tomas enquanto segundo avançado explica o facto de ainda não ter marcado golos em jogos oficiais?
Vamos por partes... Ficou criada a ideia de que jogamos com segundo avançado... Comparando com a época passada, quem era o nosso segundo avançado na época passada? João Félix? Viu o João como segundo avançado? Não, jogava lado a lado. Jogamos em 4x4x2, mas, em função das características, há jogadores que baixam para ligar jogo entre linhas, mas isso já é um aspeto diferente. Tem-se criado a ideia de que jogamos com segundo avançado... Não! Jogamos com dois avançados e com as suas dinâmicas. João Félix tem um jogo que liga bem entre linhas, mas também víamos o Seferovic a ficar entre linhas quando a bola ia para a esquerda, enquanto o avançado do lado contrário procurava a profundidade.
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Outro ponto, que pode ter confundido a análise, é o seguinte: Raul de Tomas jogou como segundo avançado nos jogos com Sporting e Belenenses SAD. Razão: adversário que atuou com cinco defesas. Na época passada, na Taça de Portugal contra o Sporting, qual foi o resultado? Perdemos 1-0. E o Sporting jogou com cinco defesas. Jogo com o Belenenses na época passada: empatámos 2-2, jogando em 4x4x2 contra uma equipa com cinco defesas. Se vou partir para um jogo frente a um adversário que me criou dificuldades na época passada, e se à partida colocam três centrais, para deixar o do meio a sobrar na luta contra dois avançados, tenho de fazer diferente. O que fizemos foi colocar um ponta de lança (Seferovic) no central do meio, e aos outros dois não demos marcação. Se o adversário tem cinco homens a defender e três à frente, significa que tem dois médios. Onde é que colocámos o Raul de Tomas? Entre os dois médios, para os juntar. O que é que acontece: Pizzi e Rafa vão ter mais espaços para jogar. Vejam como foi o nosso primeiro golo frente ao Sporting... Nesses dois jogos, brilhou quem tinha de brilhar: Pizzi e Rafa. E Raul de Tomas jogou como segundo avançado. Nos jogos com Paços de Ferreira e FC Porto, não. Lado a lado com Seferovic. Temos é de viver das dinâmicas dele, ligar. E depois há duas situações: Raul veio substituir um jogador que na época passada, durante seis meses, fez um percurso fantástico; e agora está num processo de adaptação e aprendizagem a um sistema com dois avançados. Por aquilo que vou vendo nos treinos e nos jogos, os golos vão aparecer.
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O mercado está perto do fim. O Benfica tem o plantel fechado no que diz respeito a entradas e saídas? Tem a garantia da Administração de que nenhum jogador importante será transferido?
Temos de recuar ao que eu disse no nosso primeiro dia de trabalho nesta época. O nosso objetivo é ter um plantel curto, equilibrado e muito competitivo para o que são as provas nacionais e internacionais. A segunda pergunta passa para o lado da gestão desportiva... Eu nunca vou dizer ao meu Presidente que este ou aquele jogador não podem sair, porque há uma gestão para fazer, e a parte financeira também conta. Dou as minhas opiniões ao Presidente, ao diretor-geral e ao nosso diretor desportivo. Sobre a parte de gestão financeira, essa não passa por mim.
O sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões colocou Zenit, Lyon e Leipzig no caminho do Benfica. Peço-lhe um comentário a este resultado.
Vejo um grupo muito equilibrado, com equipas muito interessantes e sistemas táticos diferentes, uma que joga em 4x4x2, outra em 4x3x3 e outra com uma linha de cinco defesas. Estou convencido de que serão adversários muito interessantes de analisar e jogos muito interessantes de seguir.
Texto: João Sanches
Fotos: Isabel Cutileiro / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024







