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Futebol feminino
A média da equipa feminina de futebol do Benfica concedeu uma entrevista ao jornal espanhol "La voz de Galicia".
19 maio 2020, 11h30
Pauleta
"Estamos a viver uma situação nova e diferente para toda a sociedade. Desde o início da crise, todos sentimos e pensamos coisas muito diferentes. Para mim, este confinamento ensinou-me a apreciar pequenas coisas e ajudou-me a organizar e estruturar tarefas e obrigações. As coisas estavam a surgir apressadamente e a verdade é que os governos de Espanha e Portugal tiveram de tomar decisões muito rapidamente", afirmou Pauleta ao jornal espanhol.
"O meu clube, o Sport Lisboa e Benfica, antes mesmo de o governo português decretar estado de emergência, tomou medidas de contingência, cancelou os treinos e recomendou que ficássemos em casa. O mesmo aconteceu com as minhas atividades na Faculdade de Ciências: as aulas presenciais foram canceladas e o regime de estudos à distância começou. Em dois ou três dias comecei a ficar em casa o dia todo", contou.
Pauleta confessou que os primeiros dias de confinamento não foram fáceis e que a preocupação com os seus, que estavam longe, era muita.
"Os primeiros dias foram estranhos porque nunca me aconteceu algo semelhante. Vivi tudo com bastante preocupação, porque havia muita incerteza. Além disso, estava longe e via tudo o que passava nas notícias e nas redes sociais sobre a situação em Espanha naquele momento, e a cabeça continuava a girar e a pensar como estariam as pessoas que eu amo. Depois, conversava com a minha família e com os meus amigos, e isso tranquilizava-me bastante. Eles diziam-me que estavam em casa e que seguiam todas as medidas de segurança, o que me deixou um pouco mais relaxada", admitiu.
"Fiz muitos esforços para tentar manter uma rotina diária de treino e trabalho na faculdade, de forma a poder garantir a minha condição física e manter todo o trabalho da universidade atualizado. Acredito que ter essa rotina diária e também manter uma dieta saudável ajudou-me muito nessas semanas de confinamento", acrescentou.
A média da equipa encarnada reconheceu que não se sentia segura para sair de casa, pois "a atmosfera era estranha".
"Prefiro ficar em casa e fazer um esforço do que sair e correr o risco de estar exposta. Normalmente faço compras em dois supermercados a 600 metros da minha casa, e durante a quarentena fui uma vez por semana. Isso ajudou-me a dar um pequeno passeio e ver a luz do sol. Não gostei muito de sair porque a atmosfera era estranha, parecia um filme de terror ou um daqueles em que o mundo acaba. A sociedade portuguesa viveu as primeiras semanas com incerteza e com medo por ver que a pandemia estava a progredir em países vizinhos como a Espanha", confessou.
"Embora as medidas não fossem tão restritivas e os dados não fossem tão sérios quanto os de Espanha, Itália ou França, a sociedade aceitou que precisava de parar. Não houve reuniões, grandes caminhadas em grupo, pessoas expostas desnecessariamente ao vírus. A sociedade entendeu que o nosso trabalho de tentar impedir as infeções era quase tão importante quanto o trabalho dos médicos ou enfermeiros que estavam nos hospitais. Havia, e ainda existe, um grande espírito de unidade e muita consciência social, o que, na minha opinião, ajudou muito a conter o efeito do vírus. As pessoas perceberam que a melhor maneira de honrar e agradecer a todos os trabalhadores que estavam a combater o vírus era ficar em casa. Isso chamou muito a minha atenção e ajudou-me a perceber ainda mais que a sociedade portuguesa é um exemplo para o resto da Europa", enalteceu Pauleta.
Depois de algum tempo de quarentena em Portugal, a camisola 21 do Benfica conseguiu voltar para o seu país natal e ficar junto da sua família.
"Após quase cinco semanas, o Benfica informou-nos que iríamos tirar férias. Depois de tanto tempo confinados em Lisboa, deram-me a notícia de que poderia viajar para a Galiza, continuando a respeitar as recomendações e o regime de quarentena. Quando soube dessa possibilidade, entrei em contacto com a embaixada de Espanha e o Controlo de Fronteiras para descobrir se poderia viajar e que medidas tinha de tomar na viagem de volta", referiu.
"Os dias mais difíceis para mim foram os três que passaram desde que o Clube me informou que eu poderia voltar à Galiza até finalmente começar a viagem. Voltar para casa foi algo que me encorajou, deu-me uma nova energia para continuar a enfrentar esta situação difícil. Continuo com a mesma disciplina de treino e de estudo, que me mantém ocupada e focada a maior parte do dia. A estrutura dos meus dias não mudou, mas o clima mudou porque posso ficar em quarentena um pouco mais perto das pessoas que amo", comentou Pauleta.
Texto: Márcia Dores
Fotos: SL Benfica
Última atualização: 18 de novembro de 2024