Conteúdo Exclusivo para Contas SL Benfica
Para continuares a ler este conteúdo, inicia sessão ou cria uma Conta SL Benfica.
Futebol
Futebol Formação
Modalidades
Atividades
Serviços
Eventos
Fãs
Imprensa e Acreditação
Em Destaque
Equipamentos
Moda
Papelaria e Ofertas
Garrafeira
Coleções
Novos Sócios
Família
Mais Vantagens
Corporate Club
Eventos
Merchandising
Mais Vantagens
Licenciamento
Patrocínios
Casas do Benfica
Fundação Benfica
Clube
SAD
Instalações
Eco Benfica
Imprensa e Acreditação
Encomenda
Compra Segura
Futebol Feminino
Benfica Campus
Formar à Benfica
Centros de Formação e Treino
Andebol
Voleibol
Basquetebol
Futsal
Hóquei em Patins
Escolas
Desportos de Combate
Bilhar
Natação
Polo Aquático
Ténis Mesa
Triatlo
Apoios Institucionais
Pesca Desportiva
Aniversários
Benfica Seguros
Jornal "O Benfica"
Corrida Benfica
Homem
Acessórios
Informática e Som
Brinquedos e Jogos
Acessórios de casa
Sugestões
Colheita
Reserva
Executive Seats
Espaços
Casas Benfica 2.0
Contactos
História
Prestação de Contas
Participações em Sociedades Abertas
Ofertas Públicas
Admissão à Negociação de Valores Mobiliários/Ficha
Museu Benfica Cosme Damião
Para continuares a ler este conteúdo, inicia sessão ou cria uma Conta SL Benfica.
Futebol
A qualidade do coletivo do Benfica, o treinador Jorge Jesus, as metas traçadas e o futebol de hoje são alguns dos muitos temas abordados pelo internacional marroquino em entrevista ao jornal "Record".
23 novembro 2020, 19h01
Taarabt
Em entrevista ao diário desportivo "Record" publicada nesta segunda-feira, o camisola 49 começa por fazer uma análise à presente época, revela o que correu menos bem e como a qualidade do plantel está "à altura" para regressar a grandes feitos. Ele, que gosta de "ser líder pela forma como joga" e não tanto de falar, recorda a grande oportunidade que teve no Benfica, desdobra-se em elogios ao "craque" que é o atual treinador e não tem pejo em afirmar qual considera ser o principal adversário das águias...
"Dou o melhor de mim quando jogo por este Clube"
"Começámos bem, ganhámos os primeiros cinco jogos… Sim, estávamos bem, mas depois, nos últimos dois jogos, a partir do jogo com o Boavista não jogámos tão bem como normalmente. E depois foi estranho… Talvez por estarmos a jogar tantos jogos na Liga Europa de três em três dias… Mas isso não é desculpa, porque temos um plantel à altura. Aconteceu, mas o melhor é reagir e foi o que tentámos fazer contra o SC Braga. Mas só começámos a jogar depois de estarmos a perder por 3-0. Depois do 3-0, os três suplentes que entraram estiveram bem. Grimaldo esteve bem, tal como o Seferovic, que fez com que jogássemos com dois avançados e os nossos cruzamentos tornaram-se mais perigosos com o Darwin e o Haris [Seferovic]. Eu tentei, como sempre tento, criar. É o que faço. Dou o melhor de mim quando jogo por este Clube."
"Os novos jogadores têm de entender depressa as ideias do treinador"
"Tal como disse o treinador, começámos [na defesa] com o Rúben [Dias] e o André [Almeida]. O André sofreu uma lesão muito grave e o Rúben saiu… Há muitos jogadores novos e pouco tempo para trabalhar as ideias do treinador, que gosta de jogar com uma linha de quatro muito subida. Se não tivermos tempo para trabalhar e se não o fizermos perfeitamente, os adversários podem causar-nos problemas. Temos de trabalhar isso, os novos jogadores têm de entender depressa as ideias do treinador. A nossa forma de jogar tem riscos. Se fazemos pressão e um jogador não a faz bem, isso causa-nos problemas. Temos de ser quase perfeitos quando jogamos. Quando lá chegarmos, vai ser difícil bater-nos. Quando jogamos pelo Benfica e perdemos um ou dois jogos, é quase uma crise. Acho que não devemos pensar assim. Sabemos da responsabilidade que é jogar pelo Benfica, jogamos sempre para ganhar e um empate nunca é bom, é como uma derrota. Precisamos que esta seja a mentalidade dos novos jogadores: ganhar, ganhar, ganhar. E no Benfica, a exigência é que não basta ganhar, é preciso ganhar com estilo. Às vezes é preciso ganhar, mesmo sem ganhar bem. Isso faz a diferença."
"Sabemos a importância que é jogar pelo Benfica"
"[Pré-eliminatória da Liga dos Campeões] As circunstâncias não eram fáceis. Foi o nosso primeiro jogo da época, tínhamos poucas semanas de preparação. Jogámos fora e quase sempre no meio campo deles [PAOK], mas, no primeiro contra-ataque que conseguiram, fizeram um golo. Foi uma grande desilusão para nós, para o Clube e para os adeptos. O Benfica é um clube que joga para a Liga dos Campeões, e não estamos lá. Espero que possamos fazer uma boa Liga Europa. Na minha forma de pensar, é jogo a jogo. Obviamente, temos os nossos objetivos, muito altos. Queremos ganhar tudo, a Liga, as Taças, e ir longe na Liga Europa, mas o melhor é pensar jogo a jogo. Porque, depois de passares a fase de grupos, tens as equipas que vêm da Liga dos Campeões. Depende de muita coisa. Temos mentalidade para o conseguir, mas se te disser que vamos ganhar… Não sou um mágico, não o posso dizer."
"Às vezes é preciso ganhar, mesmo sem ganhar bem. Isso faz a diferença"
"Não conhecíamos o Darwin porque jogava na 2.ª Divisão [de Espanha], mas podemos ver a sua qualidade. Trabalha muito, é um jogador sul-americano, corre muito. Acho que o míster Jesus vai torná-lo outro jogador, porque tem trabalhado muito com ele. O toque de bola, os movimentos… tudo. Acho que em um ou dois anos será um dos melhores avançados. Se continuar a marcar, e ainda agora marcou pela seleção, pode lá chegar. É um bom tipo, sabe ouvir, trabalha duro. Tem potencial para ser um jogador de topo. Com o trabalho que o treinador tem feito com ele, se aprender isso, vai ser mais completo."
"Toda a gente o copia. Eu estava curioso, mas percebi que ele sabe tudo. Às vezes os jogadores perguntam porque é que fazemos isto ou aquilo, e ele tem resposta para tudo. Todos os dias vemos uma hora de vídeos, e os jogadores não costumam gostar disso. Com ele, aprendes. É como se fosse um professor na escola. Todos os detalhes, tudo. Ele é todo futebol. Coloco-o no topo dos treinadores que tive, sem dúvida. E não o digo porque é meu treinador agora, é mesmo o que penso. É de um nível diferente. Nunca quis ser treinador quando acabar a carreira, porque é a mesma vida de jogador – viagens, hotéis, etc. – e quero passar mais tempos com a minha família. Mas a cada dia que passo com ele [Jorge Jesus] penso 'talvez um dia queira ser treinador'. E acho que não seria o primeiro, muitos jogadores que ele treinou dizem o mesmo. Sabes quando dizes que um jogador é um craque? Ele é um craque!"
"O Benfica é um clube que joga para a Liga dos Campeões"
"Eu concentro-me no meu jogo. Na época passada fiz uma boa parceria com o Gabi [Gabriel] já que ganhámos vários jogos seguidos. Gosto de jogar com Julian [Weigl], com o Pizzi, mas isso é uma pergunta para o treinador. São todos bons jogadores. Quando escolhe os jogadores para o meio-campo tentamos jogar o melhor que sabemos. Mas jogamos de forma diferente em relação à época passada. Na altura jogávamos com dois lado a lado, agora é um à frente do outro. Esta posição é melhor para mim, porque jogo mesmo no meio e posso procurar e criar jogo."
"Jorge Jesus é como um professor, é todo futebol"
"Este ano para mim o futebol está diferente. É jogo após jogo, sem partilhar o sentimento com os adeptos, e o futebol sem adeptos é… Pessoalmente não me afeta, não serve de desculpa. Gosto de sentir a pressão dos adeptos. Quando falhas um passe, sentes que eles não gostam. Agora, quando falhas um passe, ok, venha o próximo. Não gosto nada disso. Sou um jogador que detesta perder a bola, dá-la a um adversário."
"Estou a trabalhar nisso, mas às vezes, quando perco uma ou duas bolas fáceis, que não devia perder, fico zangado comigo mesmo e isso nota-se em campo. É algo pessoal que tento controlar, mas detesto perder a bola. O treinador já falou comigo para me dizer que isso é que faz um grande jogador, um jogador de topo. Um jogador deve manter-se calmo, fazer o que é correto e não perder o controlo e é o que faço."
"Para mim, é só um drible, passas o homem e ficas em vantagem. É algo que aprendi em criança, quando jogava na rua, não o aprendi nos clubes. É algo natural, que faço desde criança, e quando sinto que um defesa se tenta antecipar a um passe, tento ganhar vantagem dessa maneira. Nunca para o provocar, para mim, é apenas uma forma de sair com a bola. Quando funciona é bom, mas se perder a bola pode ser perigoso para a equipa. É por isso que tento sempre fazê-lo no meio campo atacante. É algo natural, nem sequer penso nisso enquanto jogo."
"Estou a jogar numa posição que me obriga a um grande esforço a defender. Tenho de recuar para dar equilíbrio à equipa e sou o primeiro jogador a sair para a pressão, o número 6. Às vezes, quando chego perto da área contrária… Sem dúvida que devia marcar cinco ou seis golos por temporada, no mínimo. Adoro futebol, vejo imensos jogos."
"Quando comecei a carreira era um jogador completamente diferente"
"Quando comecei a carreira era um jogador completamente diferente, jogava a número 10, os outros defendiam, e eu só tinha de fazer a diferença. Hoje em dia, se não corres não jogas. É simples. Por isso tive de mudar. Quando o míster Lage me deu oportunidade e me motivou, disse que me conseguia ver naquela posição porque eu lia muito bem o jogo e conseguia fazer passes entre linhas. Deu-me uma grande oportunidade para regressar, tendo em conta o passado da minha carreira, e eu comecei a fazê-lo e a gostar.
"Os miúdos adoram quando falo com eles depois dos treinos"
"Gosto de ser um líder pela forma como jogo. Não falo muito, não gosto de falar em frente de toda a equipa, mas gosto de passar mensagens pela minha experiência, em conversas individuais. Não gosto de estar aos gritos com ninguém, não sou assim! Gosto de passar as mensagens com calma. Penso que as pessoas compreendem isso. Os miúdos adoram quando falo com eles depois dos treinos, mas não em frente de toda a gente. 'Da próxima joga mais simples, um ou dois toques, recupera a confiança e depois fazes o que tens a fazer'. Se gritares com eles à frente do treinador talvez os ponhas para baixo. Não sou esse tipo de pessoa. Não faço isso."
"Penso que o nosso maior rival vai continuar a ser o FC Porto. O Sporting está a fazer um bom Campeonato, mas, obviamente, o nosso maior rival vai ser o FC Porto."
Texto: Filipa Fernandes Garcia e Sónia Antunes
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 23 de novembro de 2020