Equilíbrio desconstruído na ponta final

RESUMO DO JOGO

Dois conjuntos de elevada qualidade que prestaram uma bonita homenagem à modalidade. Incerteza, parada e resposta, golos recheados de perícia e duelos com protagonistas de alto calibre... O embate entre Sporting e Benfica, relativo à 14.ª jornada do Campeonato Nacional de andebol, foi bastante equilibrado, mas desconstruído na ponta final. Triunfo dos visitados por 31-29. 

Após cumprido um minuto de silêncio em memória de Luís Armindo Pires, antigo andebolista do Sporting, os dois conjuntos começaram a fazer aquilo que melhor sabem. Os primeiros minutos trouxeram um jogo bastante equilibrado, com boas defesas por parte dos guardiões, mas o desbloqueio do marcador eletrónico surgiu por intermédio de Kévynn Nyokas. De regresso às opções de Chema Rodríguez, o jogador francês substituiu Lazar Kukic – saiu do encontro após lesão – na manobra ofensiva das águias e inaugurou o marcador com um belo remate ao ângulo. 

O encontro mantinha a toada de parada e resposta e nenhum dos emblemas conseguia dilatar a vantagem no marcador. Mérito das defesas que, bastante atentas, intercetavam vários lances de perigo iminente. Nota, aos 15', para o lance de Ole Rahmel. O ponta-direita recuperou o esférico, partiu para o contra-ataque, mas a pressão leonina correspondeu e atrapalhou no momento do disparo...

Na entrada para os últimos cinco minutos da primeira parte, os leões lideravam o marcador (13-12), contudo, os erros sucediam-se. O golo de Arnau García, invalidado devido à falta atacante, não foi a única situação. No lance seguinte, e com tudo para colocar os verdes e brancos a vencer por dois, Carlos Ruesga entrou no interior da área encarnada. Ao intervalo: 14-13.

Os encarnados entraram melhor na segunda parte do encontro e essa melhoria era refletida no marcador eletrónico do Pavilhão João Rocha (14-15). O Benfica não manteve a vantagem, o Sporting aproveitou, capitalizou, mas não se distanciou. Destaque para alguns duelos que eram visíveis ao longo da quadra. Enquanto Petar Djordjic, nos sete metros, protagonizava grandes remates diante de Skok, Bélone Moreira, frente ao mesmo interveniente, ia apaixonando os adeptos da modalidade. Apesar de não ser o atleta com a maior estatura dentro das quatro linhas, o internacional português fazia-se valer da sua impulsão e do seu timing perfeito para a execução do remate. Belos golos do Benfica!

Persistir, insistir e nunca desistir! O empate imperava na maioria das vezes, mas, aos 41', os comandados de Chema Rodríguez alcançavam uma vantagem de dois golos (21-23). A resposta leonina ao diferencial foi pronta e eficaz. O Glorioso não consolidou a vantagem, aproveitaram os leões para voltar à igualdade. A ponta final divergiu do que se passou nos restantes minutos. Maior desnível, um jogo mais partido e um avolumar da vantagem dos visitados que acabou por ser fatal no desfecho do encontro. Resultado final: 31-29.

DECLARAÇÕES

Chema Rodríguez (treinador do Benfica): "Foi uma questão de experiência. O Sporting é uma equipa mais experimentada, com jogadores que têm muita experiência neste tipo de encontros e os minutos finais decidiram a partida. Eles estiveram melhores nos detalhes do final do desafio."