Futebol
28 setembro 2021, 16h55
Grimaldo
O lateral-esquerdo espanhol sublinhou o potencial do adversário, garantiu respeito pelo emblema onde se formou, mas também assegurou que o Benfica não teme e que vai ser uma partida "de igual para igual".
Este jogo torna-se ainda mais especial por já ter jogado no Barcelona. Como vai sentir a partida?
Sinto o Barcelona como casa, porque me criei lá, passei lá muitos anos e porque me ajudou a evoluir como jogador e pessoa. Vai ser uma partida mais especial, talvez por me ter formado ali, mas é uma partida da Champions, e uma partida deste nível é especial para mim e para todos os jogadores. Creio que todos queremos jogar este tipo de jogos. Não sei se vou marcar, mas, se o fizer, não celebro o golo. Estarei feliz e claro que quero ganhar, mas por respeito ao meu antigo clube não o celebraria.
Como é que o Benfica, que vive um bom momento, vai tentar contrariar a "fome" da geração de La Masia, que tenta criar um novo ciclo no Barcelona?
Nós sabemos que o Barcelona é uma equipa de topo, tanto os jogadores mais recentes como os mais experientes são de alto nível. Temos respeito por eles e sabemos que é uma equipa de topo, mas não temos medo e vamos jogar de igual para igual, para ganharmos os três pontos.
O Benfica só ganhou uma vez ao Barcelona, na década de 1960, quando se sagrou campeão europeu. Acredita que esta equipa fará história nesta quarta-feira?
História não se faz por ganhar a partida. A equipa vai sair para ganhar, mas não fazemos história por isso. Vamos fazê-la durante a época toda, e amanhã [quarta-feira] é para ganhar e sair de lá feliz.
Este vai ser o jogo mais especial da sua carreira? Como analisa o momento do Barcelona?
Vai ser uma partida especial, mas a mais especial da minha carreira, não. Ganhei muitos títulos aqui e as mais especiais são aquelas em que ganhei os títulos pelo Benfica. A situação do Barcelona está a ser uma mudança de ciclo, mas mantém o alto nível e os bons jogadores, apesar da saída do melhor do mundo. Em cada posição tem jogadores de alto nível. No entanto, está claro que queremos ganhar os três pontos.
Deixa-o mais satisfeito jogar no sistema de três centrais e numa posição mais adiantada, em vez de numa linha de quatro, como aconteceu nas últimas temporadas?
Não. A verdade é que mudamos várias vezes o sistema e tanto podemos jogar com três como com quatro, é uma decisão do míster. Com três, sim, os laterais, na fase ofensiva, estão como extremos, mas no momento de defender temos de trabalhar com a linha defensiva. Trabalhar em ambos os sistemas e dar o máximo em todas as partidas.