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Futebol
Avançado do Benfica concedeu entrevista à UEFA onde abordou o momento que vive no Clube e as aspirações da equipa na Champions.
27 setembro 2022, 21h00
Gonçalo Ramos
Leva oito tentos em 12 jogos na temporada 22/23 e é um dos homens-golo da equipa treinada por Roger Schmidt. Gonçalo Ramos assumiu esta época o papel de principal referência do ataque e os resultados estão à vista. O avançado admite que a posição de ponta de lança é a sua preferida, mas revela que o importante é ajudar o grupo. Em entrevista à UEFA, o camisola n.º 88 refere a importância dos colegas e das ideias novas que o treinador alemão trouxe para a equipa.
Numa conversa direcionada também para a Liga dos Campeões, a ambição do grupo é atingir as eliminatórias da competição, passo a passo até alcançar o objetivo.
"Tenho sempre algo a aprender com os meus colegas de equipa"
Gonçalo Ramos
O que considera serem os principais atributos de um ponta de lança e como eles evoluíram no seu jogo durante a sua carreira?
Acho que se pede cada vez mais a um ponta de lança. É cada vez mais importante que um ponta de lança seja mais completo porque muitas pessoas pensam que só está em campo para fazer golos e o resto não importa. Ao longo dos anos essa imagem está a desaparecer um pouco, é cada vez mais importante que um ponta de lança esteja mais dentro do jogo e contribua mais para a equipa, a ligar o jogo, a pressionar, muitas vezes com movimentações que o coloquem noutra posição em que são pedidas outras tarefas.
Que modelos e influências teve e que o ajudaram a evoluir? E como deu a volta a alguns possíveis pontos fracos do seu jogo?
O Cristiano Ronaldo, mesmo não sendo um ponta de lança de origem, é uma referência para qualquer jogador que jogue na frente. Também sou muito fã do Lewandowski e do Ibrahimovic. Também tenho sempre algo a aprender com os meus colegas de equipa e com aqueles com quem joguei. Todos os dias aprendo e eles aprendem comigo, porque nós não somos todos jogadores iguais, cada um tem as suas características e tentamos sempre ajudarmo-nos mutuamente. No treino estamos sempre atentos aos movimentos, à postura corporal, aos 'timings' e após tanto tempo juntos (falo dos meus colegas e daqueles com quem já joguei), a treinar todos dias, começamos a melhorar e a limar arestas.
"Sabíamos que nas eliminatórias [de apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões] a margem era mínima e a exigência máxima"
Os quatro elementos-chave de um atacante de elite são: noção espacial, atitude, precisão, eficácia e mentalidade. Pode falar-nos desses elementos?
Posso começar pela noção de espaço que é muito importante, porque um ponta de lança nem sempre tem o espaço que gostaria. Por vezes apanhamos blocos mais baixos, defesas que nos marcam melhor e temos de estar sempre vivos e atentos. Temos de gerir bem para aproveitar ao máximo, muitas vezes um metro ou um passo fazem a diferença para marcar um golo, ganhar um jogo ou até um título. Em relação à atitude, é um elemento que diz respeito a todos os jogadores e não só ao ponta de lança. Um jogador sem atitude, sem convicção, sem certezas do que quer e do que faz dentro de campo está mais longe do topo. Nem sempre o ponta de lança tem três ou quatro oportunidades (às vezes nem duas) e é muito importante ser eficaz logo na primeira porque não sabe se durante o jogo vai ter mais alguma. É importante ser eficaz e preciso. Está tudo relacionado, a mentalidade está ligada à atitude como já falei. Não é exclusivo do ponta de lança, mas de um desportista, no geral. A mentalidade acaba por ser o que guia isto tudo. Sem uma boa mentalidade não vai haver atitude, não há cabeça nem disponibilidade para limar os pequenos pormenores que faltam aperfeiçoar.
"A posição que eu prefiro e a que acho que desempenho melhor é a de referência principal do ataque"
Como é que trabalha diariamente para melhorar estes aspetos do seu jogo?
Tento aproveitar ao máximo os treinos, os treinadores também me ajudam. Vejo sempre os jogos e o que fiz menos bem. Tento melhorar de jogo para jogo aquilo que faço menos bem, sem esquecer o que faço bem. Não posso querer estar a ganhar umas coisas e depois perder outras, não faria sentido se assim fosse. Como já referi, aproveito também os meus colegas porque estamos sempre a ajudar-nos.
Começou a época muito bem, marcou quatro golos na Liga dos Campeões. Fale-nos um pouco sobre o seu começo na Champions e também, naturalmente, destes jogos da fase de grupos. O que fez com que chegasse já tão forte neste começo de época?
Eu tento preparar-me sempre da melhor forma e estar bem fisicamente, acho que isso é logo um primeiro passo para as coisas correrem bem. Dou sempre o máximo no treino e consegui assimilar bem as ideias do novo míster. Nós sabíamos que nas eliminatórias era margem mínima e exigência máxima. Era um objetivo de todos e jogos muito importantes para o Clube, mas também eram jogos em que a adrenalina estava no nível mais alto. São partidas que todos querem jogar e, nessa altura, não são precisas motivações extra, estamos todos ligados no máximo e acho que isso foi notório. Foi importante começarmos a época bem e não há nenhum jogador que comece a época bem sem a equipa estar bem e isso ajudou-me, acabei por marcar e ajudar a equipa. Isso foi muito importante para mim.
"Estamos primeiramente focados em passar a fase de grupos [da Liga dos Campeões]"
Na época passada jogava muitas vezes com Darwin Nuñez na frente e este ano a parte tática sofreu algumas alterações. Até que ponto a saída dele ajudou a ganhar este espaço de avançado principal da equipa e até que ponto gosta de ser a principal referência do ataque do Benfica?
A posição que eu prefiro e que acho que desempenho melhor é a de referência principal do ataque, a ponta de lança, mas no ano passado foi-me pedido para jogar em apoio ao nosso ponta de lança que era o Darwin. Também gosto dessa posição, o que importa é jogar. Está claro que com a saída do Darwin abriu-se espaço para mim ou para outro ponta de lança jogar. O Darwin no ano passado fez 34 golos, e não faz sentido dizer o contrário. É muito bom ter agora a oportunidade de desempenhar a função que eu gosto mais.
Até que ponto o trabalho com Roger Schmidt o ajudou a moldar neste papel, ainda por cima o seu preferido?
O sistema é-me favorável. As ideias e o que o míster me pede favorecem não só o meu jogo, mas o de todos. Também falou comigo para me orientar sobre o que queria e o que via num ponta de lança a jogar no modelo dele. As coisas estão a correr bem.
Sabemos que o Benfica é o Benfica e tem de ganhar sempre, mesmo na Liga dos Campeões. Quais são as suas ambições na Champions?
A nossa ambição é querer ganhar todos os jogos, tal como disse, somos o Benfica. Estamos primeiramente focados em passar a fase de grupos e só depois disso é que vamos olhar para cima. Não estamos já a fazer contas de chegar à meia-final, final. Senão passarmos a fase de grupos nada disso pode acontecer, então estamos focados em passar.
Tem alguma meta de golos, alguma meta pessoal para a competição?
Não, não há metas pessoais. O importante é ajudar a equipa e chegar o mais longe possível.
Texto: Nuno Miguel Machado
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024