Roger Schmidt: "Jogar a um nível alto com o apoio dos Benfiquistas"

ANTEVISÃO

O Benfica viaja até aos Açores no fecho da 1.ª volta da Liga Bwin. No Estádio de São Miguel, o Santa Clara recebe os encarnados na 17.ª jornada da prova, sábado, 21 de janeiro, às 18h00 continentais (17h00 locais). O treinador Roger Schmidt lançou a partida que espera "difícil", revelou que "os jogadores voltaram ao seu rimo" e conta com o apoio dos adeptos para "lutar pelos três pontos".

Em conferência de Imprensa no Benfica Campus, o técnico enfatizou a mudança de treinador no adversário e o efeito que daí pode advir; abordou as chegadas de Gonçalo Guedes, Casper Tegstedt e de Andreas Schjelderup; e explicou algumas saídas.

O que espera do jogo com o Santa Clara?

Espero um jogo difícil. É a minha primeira vez a jogar nos Açores. Jogar em casa é uma vantagem para eles, mudaram de treinador e isso tem efeitos positivos. Há mais tensão nos jogadores, podem ter uma nova abordagem em termos de futebol e podem surpreender o adversário nestes momentos. Temos de estar preparados para este jogo. Temos feito bons jogos nas últimas semanas, o treino esta semana foi bom, os jogadores voltaram ao seu rimo e estamos ansiosos por jogar amanhã [sábado] e por lutar pelos três pontos.

Para o jogo com o Santa Clara, espera o apoio dos adeptos nos Açores para que a equipa sinta que joga em casa?

Já ouvi dizer que, provavelmente, vamos ter muitos adeptos do Benfica no jogo. Isso é ótimo. Temos tido bastante apoio dos Benfiquistas nos nossos jogos fora. Contamos com eles e isso é uma grande motivação para nós, para podermos jogar a um nível alto. Eles vêm ao estádio para ver bom futebol e o Benfica a ganhar. Isso é uma grande motivação e queremos deixá-los orgulhosos.

Pode falar-nos da contratação de Gonçalo Guedes, depois de Casper Tengstedt e Schjelderup? Pode ter dores de cabeça para escolher o onze?

É o tipo de dores de cabeça que gosto. Já tinha dito que podia haver uma oportunidade de melhorar o plantel nesta janela de transferências. Perdemos alguns jogadores: o Rodrigo [Pinho] e o Diogo [Gonçalves]. Eles quiseram sair para terem mais minutos; perdemos o Helton, porque ele queria jogar e ser o primeiro guarda-redes. E demos o aval ao Henrique Araújo para sair, porque, para ele, é uma ótima oportunidade poder jogar no Championship. É um grande talento, acreditamos nele, mas, neste momento, não estava a jogar. O Gonçalo Ramos é ponta de lança e tem estado bem. Demos esta oportunidade ao Henrique e regressa no verão. Saíram alguns jogadores e temos de os substituir para termos um plantel forte. Vieram os dois jovens jogadores da Escandinávia, o Casper [Tengstedt] e o Andreas [Schjelderup]. Chegaram depois de seis semanas parados e precisamos de tempo para os prepararmos, para estarem em boa forma física. O Gonçalo Guedes? Raramente se tem estas oportunidades nesta janela de inverno. É um jogador excelente, fez a formação no Benfica, jogou em três clubes de topo. Poder tê-lo aqui por seis meses, é ótimo. Se o jogador quer, não podemos enjeitar esta oportunidade. Está pronto para jogar, mas tem de se adaptar aos novos colegas de equipa, algo que será fácil. Já estive com ele, está contente por estar de volta e estou ansioso por trabalhar com ele. Resumindo: estamos muito concentrados nos nossos jogos, temos de os ganhar e conquistar pontos, mas, paralelamente, estamos a aproveitar esta janela para melhorar o nosso plantel, aqui e ali.

Ainda sobre o Gonçalo Guedes, ele vai com a equipa para os Açores e pode jogar amanhã [sábado]? Em que posição está a pensar utilizá-lo?

Essa decisão [quem vai a jogo com o Santa Clara] vou tomar mais tarde, depois do treino e de falar com os atletas. Sobre a equipa que pode jogar amanhã [sábado], tal como já havia dito, ele está pronto do ponto de vista físico. Temos mais um treino e logo tomaremos uma decisão. No nosso sistema, com apenas um avançado-centro, ele pode jogar como 2.º avançado, posição em que o Rafa tem jogado bastante, ou como número 10. Ele é flexível e pode fazer as duas posições, o chamado meio 10, como lhe chamo, na frente de ataque.

Com a saída de Helton, os guarda-redes Samuel Soares e André Gomes dão-lhe segurança para o resto da época?

O Helton quis sair e teve essa oportunidade. É uma pessoa fantástica e um grande guarda-redes, bom demais para ser o número dois. Tomámos a decisão sobre como gerir a situação. Acreditamos nos nossos jovens guarda-redes, Samuel Soares e André Gomes, são jovens muito bons e temos de confiar neles. Temos de lhes dar a possibilidade de evoluírem com a equipa principal para serem o número dois e três. Pode haver algum percalço e têm de estar prontos para assumir a baliza do Benfica. Tenho uma boa impressão deles nos treinos e o treinador de guarda-redes confia neles. Não estamos à procura de mais nenhum guarda-redes, vamos manter estes três até ao final da temporada.

Com Gonçalo Guedes e Schjelderup no plantel, Draxler é menos opção?

Não. A decisão de saber quem joga não depende apenas de mim, mas também dos jogadores. Agora temos um grupo com concorrência, muito bons jogadores, e isso deve ser uma boa motivação para eles estarem ao mais alto nível. É exatamente isso que queremos, mais opções e maior qualidade. Temos vários jogos nas próximas semanas e vamos precisar de todos os jogadores. Não vejo problema.