Liga Bwin: raio-X do Benfica-Braga

A quatro jogos do final da Liga Bwin 2022/23, o Benfica, líder da competição, enfrenta o SC Braga, 3.º classificado, neste sábado, 6 de maio, às 20h30, no Estádio da Luz, em duelo referente à 31.ª jornada da competição.

As águias abraçam o desafio na Catedral após dois triunfos, na receção ao Estoril (1-0) e, em Barcelos, perante o Gil Vicente (0-2), enquanto o rival, nas mesmas rondas, superou o Casa Pia (0-1) fora de portas e o Portimonense (4-1) no seu recinto.

A classificação, essa, é clara no que à liderança do Benfica na prova diz respeito, algo que advém desde o início da mesma, onde atualmente quatro pontos (dos 77 averbados) fazem a diferença face ao 2.º classificado, o FC Porto (73). Logo atrás, na 3.ª posição, o Braga surge com 71 pontos.

É um confronto carregado de história: será o 156.º jogo entre as duas formações, isto englobando todas as competições, e o saldo dita 99 vitórias (64%) para o Benfica, 31 (20%) empates e 25 (16%) derrotas. Se olharmos somente para o Campeonato Nacional, a taxa de sucesso das águias sobe para os 67% (88 vitórias) nos 133 desafios, em que se registaram 21% de igualdades (28) e 13% de derrotas (17). Na Luz, para o Campeonato, o Benfica venceu 51 (77%) dos 66 jogos disputados, empatando 12 (18%) e perdendo apenas três (5%).

Benfica e Braga, refletindo os lugares ocupados na tabela classificativa da Liga Bwin, apresentam-se na dianteira em vários dos parâmetros estatísticos da competição, ainda que os encarnados tenham uma maior predominância.

Os comandados de Roger Schmidt detêm o melhor ataque (71 golos marcados contra 66 dos bracarenses, que ocupam o 2.º lugar neste ranking) e a melhor defesa (17 contra 25), apresentando-se como a segunda formação com maior posse de bola (62,2% face aos 54,3%), e com os dois melhores marcadores da prova: João Mário e Gonçalo Ramos, ambos com 17 golos. O Braga tem em Ricardo Horta (12 golos), Simon Banza e Iuri Medeiros (10 golos) os seus goleadores na Liga. Nas fileiras do Benfica está o atleta que mais assistências efetuou até ao momento na competição: Grimaldo, com oito passes para golo.

Ainda no ataque, olhando para dados recolhidos na plataforma Wyscout, o Braga tem mais remates (494 contra 473), mas o Benfica aproveita melhor, precisando de 6,7 tentativas para fazer um golo (contra 7,5 dos arsenalistas). As águias voam mais alto nos cruzamentos (687 contra 538; 37% face a 34,9% de acerto), nos dribles de um contra um (898 contra 690; 53,5% face a 54,8% de sucesso), nos toques na área (796 contra 690) e nos pontapés de canto (250 contra 178).

Gonçalo Ramos, com 73 tentativas (45,21% no alvo), é o mais rematador entre os encarnados, enquanto Iuri Medeiros, com 84 finalizações (44,05% na baliza), assume preponderância entre os minhotos.

Defensivamente, o Benfica mantém-se como a equipa que menos remates concede (196 no total e seis por cada jogo contra 302 dos bracarenses no total e 9,16 por cada encontro) e apresenta-se como a que maior taxa de êxito tem nos duelos defensivos (63,3% em 2139 disputas contra 60,3% em 2079 por parte do rival). As águias são também o segundo coletivo da Liga com maior percentagem de sucesso nos duelos aéreos, 51% por jogo, enquanto o Braga se fica pelos 46,9%.

Na construção do jogo, além do referido domínio no que concerne à posse de bola, o Benfica contabiliza mais passes (17 923 contra 14 385, 87,5% de acerto face a 84,4%) e mais passes para a profundidade (292 e 34,6 % de acerto contra 230 e 40,4% de êxito), sendo a segunda formação da prova que menos passes longos efetuou (1159 e 58,8% de acerto), ao contrário do Braga, a equipa que mais uso fez deste recurso (1579 e 57,4% de acerto).

Na jornada anterior, a 30.ª, o Braga recorreu a um 4x4x2 para bater o Portimonense (4-1) no Minho, alinhando com a seguinte formação: Matheus, Víctor Gómez, Niakaté, Paulo Oliveira, Borja, Iuri Medeiros, Al Musrati, André Horta, Bruma, Ricardo Horta e Abel Ruiz.