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Voleibol
Renovou por mais uma temporada e, em entrevista ao programa Protagonista, o oposto revelou os seus planos para a próxima. O capitão aponta para a conquista do Penta e de todos os títulos, em Portugal.
09 julho 2023, 16h11
Hugo Gaspar
Há vários anos a ouvir provocações, mais ou menos benignas, de que pertence à classe dos "velhotes" da triunfante equipa do Benfica, Hugo Gaspar desvaloriza a origem e a temporalidade da alcunha e prefere relembrar que a longevidade, no desporto de alta competição, é algo que se tornou uma rotina.
"Depende sempre do jogador, da posição que ocupa, das funções que executa, porque há tarefas mais desgastantes do que outras e que exigem fisicamente mais de nós, depende do desporto. Mas é um facto que a longevidade no desporto tornou-se um tema que deixou de ser um drama e passou a ser um facto. Com uma vida regrada, com boa alimentação, com descanso e também com sorte, hoje é possível chegar à minha idade ainda em condições de manter o nível. Aliás, essa é a condição que impus a mim próprio, há muito tempo. Não me vou arrastar em campo, não vou enganar o Benfica. Quando sentir que não dá mais, para manter o nível, saio", declarou Hugo Gaspar ao programa da BTV, Protagonista.
"É preciso que os clubes apostem cada vez mais na formação e que os jovens jogadores estejam dispostos a abdicar do que nós abdicámos"
Hugo Gaspar
E, depois, há outra verdade por detrás desta incrível longevidade de alguns dos supercampeões da equipa masculina de voleibol do Benfica. Quem os poderia substituir, num país onde os novos talentos da modalidade não aparecem nem à velocidade desejada, nem com a qualidade pretendida. "O voleibol português não está a conseguir produzir novos talentos que possam, por exemplo, chegar ao Benfica e destronar-nos. Quando se diz que os velhotes continuam a jogar, é verdade, mas é preciso ver porque é que isso acontece. Porque, em campo, ainda demonstramos que somos os melhores. Os resultados estão aí para o demonstrar. É preciso que os clubes apostem cada vez mais na formação e que os jovens jogadores estejam dispostos a abdicar do que nós abdicámos, para chegar onde chegámos. Todos falam na renovação da equipa do Benfica; eu acho que ela está a ser bem feita, mas é preciso perceber se existem, atualmente, jogadores que sejam melhores que os jogadores mais velhos do plantel e que os possam substituir. Neste momento, não existem", declarou o capitão da equipa do Benfica.
RENOVAÇÃO NÃO É PRÉMIO
A renovação de contrato, aos 40 anos, é um voto de confiança. Do treinador, da estrutura e do Clube. Mas Hugo Gaspar não o encara como um prémio pela sua carreira. Não sente que o Benfica lhe esteja a dar mais um ano pelo que ele representa no Clube, mas como reconhecimento de que ainda pode ajudar às próximas conquistas.
"Não sinto a renovação como um prémio. Pelo contrário, sinto que as pessoas continuam a confiar em mim, nas minhas capacidades para ajudar a equipa a continuar a vencer e a conquistar títulos. O Clube quer dar um salto qualitativo na Europa, na Champions, mesmo sabendo que estamos a jogar a um nível muito difícil para nós e isso não se faz oferecendo prémios aos jogadores. Sinto-me bem, sinto-me capaz de continuar a ajudar a equipa, o treinador confia em mim, os meus companheiros também, a estrutura. Portanto, a renovação foi fácil, porque era o que todos queríamos", confessa.
"As melhores equipas europeias têm jogos muito exigentes, todas as semanas, nas suas competições internas. Nós temos os jogos da Champions e mais alguns em Portugal"
O NÍVEL DA CHAMPIONS
O capitão do Benfica não tem dúvidas. É possível à equipa do Benfica melhorar o rendimento na Champions League, mas a grande conquista do Clube é conseguir estar, de forma consecutiva, na fase de grupos da competição. Mais do que isso, é um sonho difícil de concretizar.
"É a competição onde estão as melhores equipas da Europa e nós ainda não estamos a esse nível. Mas temos dado luta. Na época passada, estivemos a um passo de conseguir uma vitória que seria histórica, para nós. Estivemos a vencer o campeão italiano, em Itália. Chegámos a uma vantagem de dois sets, beneficiámos de uma entrada mais descontraída deles e estivemos quase a surpreender. Esse é o nosso caminho, ir tentando encurtar essa distância para as grandes equipas. O nosso maior problema é que a nossa liga não é suficientemente competitiva para que consigamos jogar ao nível da Champions. As melhores equipas europeias têm jogos muito exigentes, todas as semanas, nas suas competições internas. Nós temos os jogos da Champions e mais alguns em Portugal.
E depois, os investimentos que eles fazem, são investimentos muito pesados, de muitos milhões, que fazem a diferença. Temos de continuar a fazer o nosso caminho e é isso que vamos tentar, mais uma vez, na próxima temporada", anunciou Hugo Gaspar.
BENFICA É TOP
Ainda assim, para o capitão das águias, existe algo de que os jogadores do Benfica, desta ou doutra qualquer modalidade, não se podem queixar: das condições que o Clube oferece aos seus atletas. Aí, Hugo Gaspar só deixa certezas.
"Nas condições que o Clube oferece, o Benfica é top mundial. Aí, não há melhor. Em lado nenhum. Vejo isso pelos jogadores que chegam de fora e ficam imediatamente rendidos ao Benfica e às condições que oferece aos jogadores. E a grandeza do Clube. Ficam completamente rendidos e é por isso que, depois, não querem sair. Ou então, saem e voltam rapidamente. Não nos falta nada, na quadra e fora dela. É incrível o nível de profissionalismo e de competência no Clube. E a forma como sabe acolher os atletas. É uma família e todos se sentem bem. E claro, isto ajuda bastante a criar o ambiente de que necessitamos para render a um nível muito alto. Vemos os jogadores felizes, as famílias felizes e uma relação muito boa com os adeptos", concedeu.
"Nas condições que o Clube oferece, o Benfica é top mundial. Aí, não há melhor. Em lado nenhum. Vejo isso pelos jogadores que chegam e ficam imediatamente rendidos"
DESAFIO AOS ADEPTOS
Nesta entrevista de Hugo Gaspar ao programa Protagonista, o capitão da equipa tetracampeã de voleibol descreveu o que sentiu, no jogo em que o Benfica conquistou o seu mais recente título de campeão nacional. Um ambiente vulcânico que o experiente voleibolista considera que se pode repetir, durante toda a temporada.
"Foi, realmente, um ambiente fantástico, ainda para mais com a despedida do André Lopes, muito emotiva e merecida. Um grande campeão, um colega e vai ser muito estranho, no início da próxima temporada, não termos o André ao nosso lado. Já foi assim com o Zelão, com o Honoré, vai ser assim, também comigo. Foi inesquecível. Mas tenho de dizer isto. O ideal era que os nossos pavilhões estivessem sempre assim e acho que o Benfica tem muitos adeptos e isso é possível. Gostava de ver os nossos pavilhões cheios, todos os anos, e não apenas aqueles adeptos mais fiéis das modalidades, que estão sempre lá, durante todo o ano. O Benfica não é um clube que tem apenas 10 mil adeptos, é o maior clube de Portugal, com milhões de adeptos e eu pergunto se um clube com tantos adeptos, com equipas tão boas, não consegue encher os nossos pavilhões, todos os fins de semana. Ainda esta época, recebemos o campeão italiano, uma das melhores equipas europeias e o pavilhão estava a meio da sua lotação. Isso entristeceu-me, porque se nem com as melhores equipas da Europa conseguimos encher o pavilhão, será difícil que ele encha nos jogos do campeonato. Acho que é algo que devemos trabalhar em conjunto, para trazer mais adeptos do Benfica aos pavilhões", assinalou Hugo Gaspar.
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 22 de março de 2024