Roger Schmidt: "Os jogadores tentaram tudo para ganhar"

PÓS-JOGO

Roger Schmidt sublinhou que "não há nada a apontar aos jogadores" do Benfica na derrota desta segunda-feira, 14 de agosto, frente ao Boavista, por 3-2. A partida da 1.ª jornada da Liga Betclic disputou-se no Estádio do Bessa.

Em declarações prestadas na zona de entrevistas rápidas e na conferência de Imprensa, o treinador das águias revelou também o que considerou mais positivo e negativo na prestação encarnada, rejeitou o sentimento de excesso de confiança no grupo e explicou as substituições realizadas, a não utilização de João Mário e a ausência de Trubin e Arthur Cabral da convocatória.

HISTÓRIA DO JOGO

"Esperávamos um jogo difícil. O oponente estava muito motivado, especialmente no início, em que houve muitas faltas e pouco futebol em campo. Ainda assim, conseguimos marcar o 0-1. Tivemos um cartão vermelho no início da segunda parte e, logo depois, sofremos o 1-1 de livre. Ainda assim, o nosso desafio era tentar ganhar o jogo. Os jogadores estiveram muito bem, acreditamos em nós. Mesmo com 10 jogadores, controlámos o jogo e criámos chances. Marcámos o segundo golo, um golo muito bom, e parecia que podíamos ganhar o jogo. O Boavista não foi capaz de criar muitos momentos de perigo. Às vezes o futebol é assim, uma bola longa, falta de comunicação na defesa e conseguiram um penálti. Mesmo assim, tentámos tudo depois do segundo golo do Boavista para ganhar o jogo. Tivemos grandes oportunidades, como o lance do Neres [remate à barra]. Já estávamos desapontados com um ponto, mas, no final, não estivemos organizados de forma perfeita na defesa e sofremos o terceiro golo de contra-ataque. O futebol é assim, temos de aceitar. No entanto, não há nada a apontar aos jogadores, eles tentaram tudo para ganhar. Estou desiludido com o resultado, mas não com a exibição. Temos de olhar para sábado [receção ao Estrela da Amadora na 2.ª jornada da Liga]."

MELHORES E PIORES ASPETOS

"Para ser honesto, fiquei muito contente com a forma como os meus jogadores reagiram. Fizemos um grande jogo com 10 jogadores. Mostrámos boa atitude depois do cartão vermelho. Acreditámos em nós, jogámos bom futebol, fomos corajosos a atacar e a pressionar alto com 10 jogadores, e isso foi algo que apreciei. Na primeira parte, podíamos ter estado melhor na posse de bola, perdemos demasiadas bolas desnecessariamente e não tivemos paciência suficiente. Podíamos ter feito isso melhor na primeira parte, mas não foi fácil porque o adversário jogou bem e foi agressivo."

DOSE CERTA DE CONFIANÇA

"Não houve excesso de confiança. Claro que temos muita confiança, já fizemos muitos jogos e sabemos que podemos ganhar em qualquer lado. Mostrámos isso na época passada e também já o mostrámos nesta temporada. Ter confiança é algo bom. Não vi excesso de confiança, porque os meus jogadores não foram perfeitos na posse de bola, mas estiveram muito bem a defender, juntos, em situações complicadas."

SUBSTITUIÇÃO DE DI MARÍA POR MORATO

"Estávamos a ganhar 0-1 e tínhamos 10 jogadores. Tinha de mudar alguma coisa, ainda estávamos numa boa posição e, se não sofrêssemos golos, ganhávamos o jogo. Na verdade, com mais um central, seria de pensar que defendêssemos melhor os livres, mas foi um cruzamento rasteiro, teve um desvio e, no final, foi golo [1-1]. E também para mudar um pouco a formação. Jogar com três defesas no meio e dois alas para atacar nos flancos. Tínhamos de tirar um jogador para fazer isso, e o Di María já tinha feito um jogo muito duro na quarta-feira e deu tudo. Precisávamos de três jogadores no meio-campo que pudessem trabalhar muito física e taticamente e o Rafa como atacante central. A ideia foi essa."

JOÃO MÁRIO NÃO UTILIZADO

"Na minha opinião, hoje a abordagem era jogar com o Musa e o Rafa no ataque e com o Aursnes e o Di María nos flancos, porque estiveram muito bem na quarta-feira. Por isso é que o João Mário não foi para o onze inicial. A história do jogo também influenciou as minhas alterações. Penso que a entrada do Morato foi boa, a equipa esteve muito estável. Depois, precisávamos de médios-centro e de um atacante com velocidade. Foram essas as razões."

TRUBIN E ARTHUR CABRAL DE FORA

"Eles não estavam prontos para hoje, porque só trabalharam um ou dois dias com a equipa, por isso deixámo-los de fora. Mas agora temos mais uma semana para os integrarmos e para eles conhecerem os colegas e o estilo de jogo."