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Entrevista
O jovem velocista tem os recordes nacionais de 60 e 110 metros barreiras, na categoria de Sub-20. E foi campeão nacional absoluto de 110 metros barreiras e medalha de bronze nos Europeus de Sub-20.
21 agosto 2023, 12h56
Sisínio Ambriz
Em entrevista ao programa Protagonista, da BTV, aceitou o desafio de se dar a conhecer aos benfiquistas e de revelar detalhes da sua vida, da sua carreira e do seu benfiquismo, pouco tempo após ter subido ao pódio dos Europeus de Juniores para receber a medalha de bronze, na prova dos 60 metros barreiras. A distância curta é uma das suas especialidades, juntamente com os 110 metros barreiras. São dele as melhores marcas nacionais, nas duas distâncias, na categoria de Sub-20.
Há uns meses, despediu-se da temporada de inverno com uma certa amargura, prometendo melhores dias para a temporada de verão. Porquê?
Porque atravessei um período com algumas lesões, que não me deixaram atingir a minha melhor forma. Mesmo assim, não considero que tenha sido uma temporada má, e, com o apoio da minha família, dos meus amigos, dos meus companheiros e do meu clube, consegui superar esses momentos maus.
Aliás, terminou a temporada de inverno batendo mais uma vez o recorde nacional de Sub-20, nos 60 metros barreiras...
Como digo, no fim, os momentos bons superam os maus. E foi uma forma de me preparar para os meses de verão, quando teria os campeonatos absolutos e os europeus de Juniores.
"O Benfica está a fazer, na formação, um trabalho incrível, e basta ver os resultados e as marcas que vários atletas têm conseguido nos últimos anos"
Sisínio Ambriz
Recentemente, nos 60 e nos 110 metros barreiras, o Sisínio tem conseguido bater sucessivamente os recordes nacionais de Sub-20. Um deles perdurava desde 2007. Qual é a sensação?
É uma sensação boa, porque, se uma marca se mantém desde 2007 até hoje, significa que é uma marca difícil de ultrapassar. Tenho conseguido bons resultados, estou a treinar muito bem, o Benfica dá-nos todas as condições, e os resultados em pista são o resultado do que treinamos. E a verdade é que temos treinado imenso, o Benfica está a fazer, na formação, um trabalho incrível, e basta ver os resultados e as marcas que vários atletas têm conseguido nos últimos anos.
O Benfica tem conseguido projetar vários atletas para o primeiro plano do atletismo nacional e até do internacional. Considera que o atletismo dará muitas vitórias ao Clube no futuro?
Não tenho dúvidas. Muitas vitórias coletivas e individuais. Vários atletas que se têm distinguido em grandes competições internacionais. Ainda agora, vencemos o Campeonato de Portugal, e, como eu, vários jovens da formação integram a equipa e ajudam a formar um ambiente familiar entre todos. Portugueses, estrangeiros, todos lutamos pelo mesmo e pelo símbolo que trazemos ao peito. Temos muito orgulho em representar o Benfica, e isso também nos ajuda na conquista dos resultados e a obter marcas melhores. O Benfica é um clube que nos leva à superação.
"Foi muito motivador, para mim, ser campeão nacional absoluto aos 19 anos, correndo contra os melhores de Portugal"
SUCESSÃO DE RECORDES
Mas estava à espera de tantos recordes, de forma sucessiva, nos 60 e nos 110 metros barreiras?
Acho que são o resultado de muito trabalho. Treino imenso, com a minha treinadora, a professora Ana Oliveira, e devo reconhecer que sem isso não conseguiria atingir estes resultados. E isso resulta numa época com marcas muito consistentes, uma época globalmente boa.
Além dos recordes, aos 19 anos, tornou-se campeão nacional absoluto dos 110 metros barreiras. O recorde nacional absoluto é o próximo passo?
Claro que sim. Foi muito motivador, para mim, ser campeão nacional absoluto, aos 19 anos, correndo contra os melhores em Portugal. Por exemplo, o João Oliveira, que era o anterior campeão, eu habituei-me a vê-lo na televisão, a competir, e agora consegui batê-lo. É incrível. E, claro, leva-me a querer mais ainda. Já bati um recorde de 2007, nos Sub-20, algo me diz que vou conseguir bater o recorde nacional absoluto. É um dos meus grandes e próximos objetivos.
"É a competir com os melhores do mundo que poderei atingir o meu objetivo de obter melhores marcas"
JOGOS DE PARIS
Além de bater o recorde nacional absoluto, quais são os grandes objetivos que gostaria de cumprir?
Quero estar nas grandes competições, nos Jogos Olímpicos, nos Mundiais, nos Europeus e nos principais meetings da Diamond League, que é uma espécie de Liga dos Campeões do atletismo. É a competir com os melhores do mundo que poderei atingir o meu objetivo de obter melhores marcas…
Entre a sua melhor marca e o recorde nacional absoluto ainda há uma diferença…
Sim, pouco mais de 30 centésimos. Mas penso que lá chegarei. Estou a competir nas barreiras, de forma exclusiva, há um ano e com algumas lesões pelo meio que atrasaram a minha afirmação. Penso que consegui excelentes resultados em apenas um ano.
Conseguindo tanto em tão pouco tempo, não coloca a si próprio a questão até aonde poderá chegar?
Tenho de colocar, até como forma de me superar. Como disse, tenho a ambição de estar nos Jogos Olímpicos e nas grandes competições internacionais.
Os Jogos de Paris serão cedo demais?
Não sei. Vou tentar. Não é impossível, mas, se não conseguir, vou lutar para estar nos Jogos Olímpicos a seguir. E depois vêm os Europeus, e aí será mais fácil obter uma marca que me permita estar lá.
"Temos um ambiente muito familiar e de muita amizade entre os mais novos e os mais velhos. Eu disputei a final dos 110 metros barreiras com o João Oliveira, nosso capitão, e com o Etson e recebi muito companheirismo e conselhos deles"
BENFIQUISTA DESDE PEQUENINO
Chegou ao Benfica aos 13 anos. Era o seu sonho de criança?
Sim, era, porque sou benfiquista desde que me conheço. Vou aos jogos de futebol, acompanho outras modalidades e, quando comecei no atletismo, aos 10 anos, no desporto escolar, tinha o sonho de ser atleta do Benfica. Um dia, numa dessas provas do desporto escolar, um senhor convidou-me para vir para o Benfica. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.
Ainda se lembra do seu primeiro dia no Benfica?
Do primeiro dia, do primeiro treino e das primeiras sensações. Chegar ao treino, no Lumiar, ver os meus colegas, todos equipados à Benfica… Não vou esquecer, nunca. Comecei na velocidade, passei pelo heptatlo e pelo salto em comprimento. Ainda hoje tenho o recorde nacional de iniciados e juvenis do salto em comprimento. Mas, devido a uma lesão, tive de deixar o salto em comprimento. Pode ser que, um dia, consiga voltar a essa disciplina.
O Sisínio é mais um produto da formação do Benfica, que tem projetado vários atletas nos últimos anos. Acha que isso tem ajudado o Clube a manter a sua hegemonia no atletismo nacional?
Sim, porque temos um ambiente muito familiar e de muita amizade entre os mais novos e os mais velhos. Eu disputei a final dos 110 metros barreiras com o João Oliveira, nosso capitão e anterior campeão, e com o Etson e recebi muito companheirismo e conselhos deles. Rivalidade na pista, claro, mas amizade fora dela. Temos, de facto, um ambiente espetacular.
"É uma pena que não se dispute a Taça dos Campeões Europeus. Mas acredito que essa competição se voltará a disputar, e eu vou poder concretizar o sonho de ser campeão europeu pelo Benfica"
A professora Ana Oliveira, a sua treinadora, disse que o Benfica era a melhor equipa da Europa. Infelizmente, não conseguimos fazer essa demonstração porque não se disputa, atualmente, a Taça dos Campeões Europeus. Concorda com a sua treinadora?
Concordo, e é uma pena que não se dispute a Taça dos Campeões Europeus. Da última vez que se disputou, ficámos em 2.º, porque tivemos alguns problemas com lesões. Mas acredito que essa competição se voltará a disputar, e eu vou poder concretizar o sonho de ser campeão europeu pelo Benfica. Quero muito que isso aconteça.
A professora Ana Oliveira tem sido importante na sua carreira?
Fundamental. Porque é muito exigente nos treinos, e isso tem permitido que eu evolua, mas fora das pistas é uma segunda mãe. Quando estive lesionado, ela levava-me a casa, cuidava de mim…
Então isso é que é o famoso colinho?
Exatamente. A professora Ana Oliveira é que nos leva ao colo, mesmo. Sem ela, eu posso garantir que não estaria neste patamar nem poderia ter os sonhos que tenho. Devo-lhe tudo.
Artigo publicado na edição de 18 de agosto do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de agosto de 2023