Andebol Feminino

04 setembro 2023, 09h20

Andebol Feminino

Equipa do Benfica no treino

Consequência do bicampeonato conquistado pelo Benfica, a liga feminina de andebol promete vir a ser mais competitiva do que sempre. Retirar a equipa benfiquista do trono passou a ser o objetivo de uma época para algumas das equipas mais ambiciosas do campeonato.

À cabeça está o Madeira SAD, que continua a fazer investimentos que nenhum outro clube consegue acompanhar, tendo assegurado, para esta temporada, a contratação de algumas jogadoras, no estrangeiro, que tornarão a equipa ainda mais forte.

Além do crescimento da equipa madeirense, nesta temporada o campeonato terá menos clubes, o que permitiu maior concentração de talento em menos equipas. Para lá do Benfica, que defenderá o título, e do Madeira SAD, principal challenger, outros três a quatro emblemas terão plantéis que vão permitir construir equipas consistentes e com ambições na época.

Formações como Colégio de Gaia, São Pedro do Sul ou SIR 1.º de Maio vão assegurar ao campeonato maior competitividade, e é para isso que a equipa treinada por João Alexandre Florêncio deve preparar-se.

Andebol feminino Benfica

PLANTEL MAIS CONSISTENTE

Mais força, mais rapidez e novas dinâmicas. O plantel do Benfica foi construído, antecipando que a equipa vai ser confrontada com novos desafios, com adversários mais valiosos e com a chegada ao campeonato de diversas jogadoras, vindas do estrangeiro, que precisarão de uma resposta diferente.

No plantel, construído por João Alexandre Florêncio, cresceu a dimensão física da equipa, com a contratação de diversas jogadoras que são muito fortes nesse patamar de maior exigência atlética em que decorrerá o campeonato. O que pode obrigar o míster a encontrar novas formas de jogar, sem abdicar de alguns dos traços que tornaram a equipa do Benfica quase imbatível em Portugal.

O contra-ataque, o ataque rápido e a defesa agressiva vão continuar a ser os tópicos principais de uma equipa que tem sempre uma rara capacidade de surpreender os adversários.

Andebol Feminino

TREINADOR CRIATIVO

Depois, a impressão digital da equipa que lhe é dada pela criatividade do treinador, que, no treino, prepara as suas jogadoras para os mais diversos desafios que os jogos podem colocar. É unânime, entre as jogadoras, que os métodos e a liderança de João Alexandre Florêncio transformaram a equipa e estão a modificar a forma como os adversários se tentam ajustar às novidades propostas, em jogo, pela formação benfiquista.

Tem sido, aliás, esse um dos fatores críticos de sucesso, a forma como, em treino, João Alexandre Florêncio trabalha dinâmicas, a atacar e a defender, que depois surpreendem os adversários. Mais uma vez, nesta temporada, com o crescimento competitivo de algumas equipas, é de aguardar que João Alexandre Florêncio se coloque, mais uma vez, um passo à frente dos outros treinadores e que isso tenha, depois, reflexos na quadra e nos resultados.

Incansável, criativo, discípulo de Donner, o treinador benfiquista combina rigor, imaginação e uma paixão pelo jogo e pelo treino, que o tornam detalhista, minucioso e quase sempre à frente do seu tempo. Tem sido assim na sua carreira, e é assim que tem conseguido projetar a equipa do Benfica para um patamar que a tornou a melhor em Portugal e com uma inesperada capacidade para competir na Europa.

Andebol feminino do Benfica

ANÁLISE UMA A UMA

Ana Ursu

Chegou há dois anos ao Sport Lisboa e Benfica, vinda do São Pedro Sul, e passou a ser regularmente chamada à seleção portuguesa. Destaca-se pela sua envergadura e defesas aos 6 metros.

Isabel Ferrarin

É uma guarda-redes brasileira que chegou proveniente do São Pedro Sul na época passada. Destaca-se pela sua altura (1,87 m) e envergadura, e pela atitude positiva na baliza.

Lea Zetovic

Uma aposta do presente e do futuro. Guarda-redes croata com 18 anos, capitã da seleção de sub-19 no último Europeu e que já apresenta uma maturidade na decisão e uma técnica de baliza muito interessantes.

Ana Bolzan

Ponta-esquerda que chegou em janeiro deste ano. Internacional brasileira, adaptou-se muito bem à equipa e tem sido a titular no seu posto. Destaca-se pela velocidade de jogo e na finalização.

Margarida Sá Pessoa

Atleta que irá regressar depois de uma longa paragem por lesão (20 meses). É uma ponta-esquerda completa, forte a defender e nas transições.

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Maria Unjanque

Lateral-esquerda ou direita, é uma jogadora que se estreou na 1.ª divisão e na seleção nacional já a representar o Benfica. Nestes últimos dois anos, em momentos-chave, mostrou muito potencial e foi determinante, apesar da tenra idade. Destaca-se pelas capacidades físicas e defensivas, nomeadamente no 1x1.

Mariana Costa

Lateral-esquerda que ainda tem um longo período de recuperação pela frente. É uma jogadora alta, destaca-se por ser uma boa defensora e forte na transição ofensiva.

Viktoriya Borshchenko

A internacional ucraniana é a atleta mais experiente do plantel. Jogou ao mais alto nível, destaca-se pela liderança, pela inteligência e capacidade de passe.

Constança Sequeira

Apesar da sua juventude, já tem sido uma mais-valia para o plantel. Assídua nas seleções, destaca-se pelas variabilidades de ações que consegue fazer. Ataca bem em qualquer posição da primeira linha.

Madalena Pereira

É uma jogadora também muito jovem – primeiro ano com idade sénior – mas, ao mesmo tempo, das mais antigas do plantel. Destaca-se pela potência do seu remate.

Andebol feminino Benfica

Mihaela Minciuna

Uma das mais antigas e experientes do plantel, destaca-se pela liderança, capacidade física e técnica, e pela polivalência quer a atacar, quer a defender.

Ana Silva

Atleta muito experiente, canhota, destaca-se pela qualidade na finalização do seu posto específico.

Denise Fernandes

É uma atleta da nossa formação que, infelizmente, tem tido um percurso com muitas lesões. Destaca-se pela altura e por ser canhota.

Rita Campos

Chegou ao Benfica há dois anos, tal como outros talentos desta geração, passou a ser regularmente chamada à seleção nacional. É uma pivô em quem se deposita muitas esperanças, pela capacidade física e técnica no seu posto específico. Encontra-se a recuperar de uma lesão.

Nádia Rodrigues

Faz a sua quarta época no Benfica, também umas das mais antigas do grupo, foi chamada no último ano à seleção nacional. É uma pivô muito versátil, boa defensora, também com uma boa margem de evolução.

Andebol FemininoAdriana Lage

Tem ainda pela frente um longo período de recuperação da sua lesão. É uma pivô com muita mobilidade, que também pode defender e contra-atacar em várias posições. É das atletas mais antigas do plantel.

Alexandra Shunu

Começou a jogar em Angola, no 1.º de Agosto, fazendo grande parte da formação a ponta-esquerda, mas já sénior foi adaptada, com sucesso, à primeira linha. Apesar de destra, joga tanto à direita como à esquerda. O seu ponto forte são as ações de 1x1 nas zonas laterais.

Joana Semedo

É uma aposta. Com apenas 18 anos, já joga há dois anos na 1.ª divisão e nas seleções jovens. É uma jogadora com uma grande envergadura e com muita capacidade de choque. Faz do seu físico a sua principal arma, quer a defender, quer a atacar.

Sabryne Santos

É uma atleta com um enorme potencial físico, quer nos bloqueios, quer no contacto defensivo. No último ano competiu no difícil e competitivo campeonato espanhol. Também já participou nos trabalhos da seleção brasileira.

Irene Álamo

Iniciou a sua formação no Benfica e regressa agora aos 18 anos. Lutadora nata, muito disciplinada taticamente e que também pode fazer várias posições na defesa e no ataque. Junta-se a outras jovens que também participam na equipa sénior e que são os primeiros frutos da nossa formação.

Artigo publicado na edição de 1 de setembro do jornal O Benfica

Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024

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