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Canoagem
O canoísta Messias Baptista foi campeão europeu e do mundo em 2023, esteve no programa da BTV e revelou como a sua carreira mudou, em 2019, quando assinou pelo seu clube do coração.
13 setembro 2023, 19h41
Messias Baptista
A dupla benfiquista completou-se, numa sincronização absoluta de movimentos e pagaiadas, até cortar a meta no mesmo segundo que mais cinco embarcações, numa prova muito renhida, em que o arranque demolidor e um final feérico foram determinantes para alcançar a fama de uma medalha de ouro, enquanto aguarda pelo proveito de um apuramento olímpico.
Aos 24 anos, Messias Baptista é uma das figuras mais marcantes da canoagem mundial e, em 2023, juntou o título europeu de K1 200 metros ao título mundial de K2 500 metros. Duas medalhas de ouro que revelam um atleta completo, de eleição e que o Benfica contratou em 2019, para que Messias pudesse realizar o sonho de representar o seu clube do coração.
Nascido em Esposende, o canoísta português intensificou a sua ligação à modalidade e, quando foi contratado pelo seu atual clube, percebeu que era possível almejar uma carreira internacional. Foi o momento de viragem da sua carreira.
Em 2019, o Messias assinou pelo Benfica, quando já era reconheci do como um dos canoístas mais promissores de Portugal e da Europa. O que é que mudou a partir daí?
Desde logo, mudou o facto de passar a representar um clube que é mundialmente conhecido. O meu clube, desde pequeno. Gosto de futebol, cheguei a praticar futsal…
Jogava em que posição?
Avançado, que no futsal é pivô, mas sem grande jeito. Praticava o futsal enquanto também já praticava a canoagem. Através do filho de uma amiga da minha mãe, fui experimentar e gostei bastante. Era, ainda, um miúdo, mas senti que era uma modalidade que tinha mais que ver comigo.
De regresso à chegada ao Benfica e à forma como mudou a sua carreira…
Quando se chega ao Benfica e se é benfiquista, como eu, tudo muda. Cumpri um sonho, por que, de repente, estava a treinar com grandes nomes da canoagem nacional e mundial, como o João Ribeiro, o Fernando Pimenta ou a Teresa Portela. Para as pessoas perceberem, seria o mesmo que um jovem futebolista começar a treinar com o Ronaldo e o Messi.
E as condições que o Clube oferece?
É outra mudança. No Benfica, não nos falta nada. Vemos isso quando falamos com outros atletas internacionais e lhes dizemos o tipo de condições que temos. O Benfica é realmente incrível, e são essas condições que permitem, depois, aos atletas atingir grandes resultados como os que atingimos nos Mundiais.
BENFICA É UM DOS MAIORES DO MUNDO
É uma pena que não exista uma competição internacional de clubes, para que o Benfica pudesse confirmar o seu estatuto na modalidade. Acha que é um dos melhores clubes do mundo na canoagem?
Não há dúvidas. Sabemos que há clubes e países que apostam muito na canoagem, mas veja a quantidade de medalhas que conseguimos trazer para Portugal nestes Mundiais. Atletas do Benfica, como eu, o Fernando Pimenta ou o João Ribeiro. Em várias distâncias. O Benfica já é um dos melhores clubes do mundo na canoagem.
E isso é reconhecido internacionalmente?
Claro que sim. O Benfica é mundialmente conhecido, e quando dizemos a outros atletas que somos atletas do Clube, falam-nos logo do estádio, da equipa de futebol, de como o Clube é reconhecido. E isso faz-nos ter um orgulho imenso porque, além de sermos atletas do Clube, somos adeptos do Benfica, desde miúdos. É uma sensação muito boa, sermos reconhecidos como atletas do nosso clube, um dos maiores do mundo.
O ANO PERFEITO
Este tem sido o ano da sua afirmação internacional?
Tem corrido muito bem. Fui campeão europeu de K1 200 metros e agora campeão do mundo em K2 500 metros. São resultados excecionais, mas que são o fruto de muito trabalho, muito treino, muitos dias fora de casa, em estágios. Com a seleção, fazemos estágios de três semanas em que vimos a casa apenas ao fim de semana. Com treinos diários, por vezes bidiários e até tridiários. É preciso ter muita dedicação.
E um bom suporte familiar, que perceba a exigência de toda essa preparação…
É um dos maiores segredos, e, felizmente, tenho esse suporte, que sempre me acompanhou e me dá a força necessária para aguentar toda essa exigência. Mas, lá está, os resultados provam que estou no caminho certo. Tenho tido uma evolução muito rápida.
Acreditavam que podiam vencer a medalha de ouro nos Mundiais?
Tenho de ser sincero. O objetivo inicial era de qualificarmos Portugal para os Jogos Olímpicos em K2 500 metros, o que seria a primeira vez. Tínhamos falhado esse apuramento em K4, o que foi uma enorme desilusão para todos. Portanto, tínhamos de ficar nos seis primeiros para obter essa qualificação.
E quando é que sentiram que era possível vencer?
Sabíamos que ia ser uma prova muito disputada. Havia muito equilíbrio, e as classificações seriam decididas por centésimos de segundo. Tínhamos de ser perfeitos, não podíamos falhar uma pagaiada, porque seria a morte do artista.
Então, qual foi o segredo para chegar à vitória?
Eu e o João somos canoístas muito explosivos, temos um arranque muito forte. E foi o que fizemos, arrancámos muito fortes, depois, a meio, controlámos um pouco, e no fim voltámos a forçar. É a nossa estratégia, aproveitando as nossas características e a nossa capacidade explosiva.
Mas essas características são inatas, ou também se treinam?
As duas coisas. Temos essa característica em comum, e por isso fazemos uma parelha tão forte e que combina muito bem, mas, claro, o treino é fundamental. Principalmente para desenvolver capacidades motoras que nos permitam aplicar essa explosão. E depois, tecnicamente, temos de ser perfeitos em provas destas. A prova é que seis embarcações terminaram no mesmo segundo. Ao mínimo erro, durante a prova, vai tudo por água abaixo.
O SONHO DAS MEDALHAS EM PARIS
Para o ano, teremos os Jogos Olímpicos, mas, apesar do apuramento, ainda não é garantido que seja a vossa dupla a estar em Paris…
Porque as vagas são para Portugal, não são nominais. Ou seja, Portugal terá uma dupla a competir, em Paris, em K2 500 metros, mas antes ainda haverá um encontro nacional, onde estaremos a competir com outras duplas, e depois será uma escolha do selecionador nacional.
Mas confiam que será a vossa dupla a escolhida?
Claro que sim, até porque somos campeões do mundo, estamos entre as melhores duplas do mundo. Mas existem outros bons canoístas em Portugal e que têm o sonho de participar nos Jogos Olímpicos. Eu já estive em duas Olimpíadas, mas agora sinto que temos condições para disputar a prova e lutar por um bom resultado.
Sentem que o estatuto de campeões do mundo pode ajudar-vos nos Jogos Olímpicos?
Se formos, como eu acredito que iremos, é evidente que seremos vistos de outra forma. Somos campeões do mundo, e isso torna-nos mais reconhecidos. Não digo que somos favoritos, mas podemos lutar por bons resultados e até medalhas. Esse tem de ser um objetivo para quem é campeão do mundo.
Em outubro, depois das férias, começa tudo de novo?
Sim, temos agora as férias, que queremos aproveitar ao máximo para estar com a família, mas estamos de volta em outubro, para começar uma nova época, e teremos logo um estágio com a seleção, de três semanas. Temos de nos preparar bem, porque o próximo ano pode ser um dos mais importantes das nossas carreiras.
Artigo publicado na edição de 8 de setembro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024