Avalancha ofensiva traduzida numa importante vantagem

RESUMO DO JOGO

O Benfica goleou o Apollon, por 0-7, nesta quarta-feira, 11 de outubro, no Estádio Tsirion, em jogo da 1.ª mão da 2.ª eliminatória da Liga dos Campeões feminina. Numa tarde a roçar a perfeição, as Inspiradoras deram um importante passo rumo à terceira presença seguida na fase de grupos e também celebraram o seu golo 1000, marcado por Marie Alidou, ao 184.º jogo para todas as competições.

Na conferência de Imprensa de antevisão, a treinadora Filipa Patão e a avançada Marta Cintra tinham prometido que a equipa iria mostrar a sua melhor versão em Chipre e, desde o primeiro minuto, viu-se uma equipa fiel às palavras da dupla. Aliando pressão alta, uma excelente reação à perda de bola e passes a rasgar a defesa do Apollon, as tricampeãs nacionais não permitiram que as adversárias passassem do meio-campo e tomaram de assalto a área cipriota.

Face ao domínio absoluto das águias, o 0-1 surgiu com toda a naturalidade, aos 11'. Carole Costa desmontou a pressão do Apollon com um grande passe para Anna Gasper, que isolou Lúcia Alves na direita. Com grande classe, a camisola n.º 13 solicitou a desmarcação de Francisca Nazareth, que fintou uma defesa e, com toda a frieza, inaugurou o marcador.

Aos 20', o Benfica ampliou a vantagem com um golo que entra para a história das Inspiradoras. Na sequência de uma boa jogada pelo lado esquerdo, a bola ficou no pé direito de Marie Alidou, que, de fora da área, disparou colocado para um golaço! Uma bela maneira de carimbar o golo 1000 em todas as competições da equipa feminina de futebol do Benfica.

Sempre com o pé no acelerador, a equipa comandada por Filipa Patão chegou ao 0-3 ainda antes do intervalo. Na sequência de um penálti sofrido por Lúcia Alves, Carole Costa avançou até à marca dos 11 metros e rematou forte e colocado, aos 34'. No entanto, a capitã do Benfica lesionou-se na cobrança e acabou substituída por Christy Ucheibe, aos 39'.

Endiabradas, as águias voltaram do intervalo com o mesmo querer e ambição e marcaram o 0-4, aos 57': Francisca Nazareth fez um passe por cima da defesa do Apollon a isolar Marta Cintra, que, no interior da área, não perdoou.

Já com Letícia Almeida, Andrea Falcón, Jéssica Silva e Lara Martins em campo, o Benfica não desistiu de procurar uma vantagem ainda maior e, aos 77', Marie Alidou bisou num lance sintomático do que foi o jogo. A internacional canadiana roubou a bola a uma adversária à entrada da área e rematou forte para a mão-cheia.

Nos descontos, brilhou a estrela de Jéssica Silva. No seu jogo 50 pelo Benfica, a avançada bisou no espaço de dois minutos (90'+1 e 90'+2') para sentenciar o 0-7 final.

Antes do duelo da 2.ª mão (agendado para a próxima quarta-feira, 18 de outubro, no Benfica Campus), as tricampeãs nacionais recebem o Clube de Albergaria neste sábado, 14 de outubro, para a 4.ª jornada da Liga BPI.

DECLARAÇÕES

Filipa Patão (treinadora do Benfica): "Foi um jogo muito bem conseguido por parte da equipa. Estivemos muito bem em todos os momentos do jogo. Entrámos muito bem e percebemos rapidamente onde estavam os espaços. A equipa do Apollon, como nós estávamos à espera, tinha referências rápidas na frente que teríamos de controlar com ou sem bola, porque nos podiam ferir em transição. Fomos bastante competentes a fazê-lo, os golos surgiram naturalmente, ganhámos confiança e construímos um bom resultado para a 2.ª mão. Temos um plantel vasto e a equipa mostra que é possível rodar e manter a qualidade. Acredito que as jogadoras que vão estar frente ao Clube Albergaria e, depois, frente ao Apollon vão dar uma boa resposta. Agora, temos de recuperar bem para conseguirmos preparar o próximo jogo no escasso tempo que temos. Peço, desde já, o apoio dos Benfiquistas, que são muito importantes na nossa caminhada."

Marie Alidou (média): "Estou muito feliz pela vitória. Estamos cada vez mais entrosadas e estou feliz por termos marcado muitos golos, o que aumenta a nossa confiança. É sempre bom vermos várias jogadoras diferentes a marcar. Na 2.ª mão queremos estar ainda melhor. Golo 1000? É simbólico e estou muito orgulhosa. Houve um trabalho fantástico antes de eu chegar e agradeço a todas as jogadoras que marcaram os restantes 999."