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Râguebi feminino
Matilde Goes é uma das maiores promessas do râguebi feminino em Portugal e, em entrevista ao programa Protagonista, da BTV, confessou o seu desejo de ser campeã. Na época passada, o título escapou por pouco. Neste ano, a equipa está mais apetrechada.
10 novembro 2023, 18h00
Matilde Goes
Ainda mais nova, sempre acompanhou os pais, particularmente a mãe, com quem joga, agora, no Benfica. Cresceu a acompanhar os sonhos dos mais velhos e a escutar as histórias do avô, que foi uma das maiores referências do râguebi do Benfica. Relatos apaixonados, realistas e de um benfiquismo intocável.
Memórias de um tempo parcial na história de uma modalidade que vai completar 100 anos de vida no maior clube de Portugal. Um dos vários motivos pelos quais Matilde deseja tanto vencer o campeonato, num ano tão marcante para o râguebi encarnado. Confessou isto e muito mais em entrevista no programa Protagonista, da BTV.
"Estamos mais preparadas para os momentos decisivos, que foi isso que nos faltou na época passada. Temos maior maturidade"
Matilde Goes
O Benfica entrou a todo o gás no campeonato, com quatro vitórias consecutivas. Estes são os sinais de que pode vir aí uma época vitoriosa?
São os sinais de que estamos a trabalhar melhor, em cima dos erros que cometemos na época passada e que nos tiraram a conquista do título. São quatro vitórias, mas não devemos esquecer que, na época passada, estávamos invictas antes do jogo da final e depois perdemos esse jogo e essa final.
Mas, nesta temporada, já vencemos o Sporting e por uma diferença expressiva...
Vencemos bem, mas na época passada também as tínhamos vencido na primeira fase do campeonato, em que só tivemos vitórias, e depois perdemos o jogo que mais importava ganhar, que era o da final do campeonato. Mas entrámos muito determina das nesta época, porque temos o objetivo bem definido: ganhar o campeonato.
Sentes que a equipa está mais forte nesta temporada?
Claramente. Estamos mais preparadas para os momentos decisivos, que foi isso que nos faltou na época passada. Temos maior maturidade, já que se trata de uma equipa muito jovem, mas jogamos juntas há vários anos.
A equipa vai ser reforçada já neste fim de semana, dado que será o teu primeiro jogo nesta temporada...
Sim, falei com as minhas colegas, os meus pais, o meu treinador e disse-lhes que precisava de uma pausa, de um mês sem o râguebi. Mas estou de volta, fez-me bem esse tempo para mim, e estou pronta para começar a ajudar.
Sentes-te em boa forma?
Sinto-me muito bem e vou ajudar com o melhor de mim. Vamos ter um jogo difícil, na Bairrada, que vai exigir o melhor de nós, para continuarmos com este registo de vitórias.
Sendo o jogo na Bairrada, vai haver leitão depois do jogo?
Isso é certo. Comer um leitão, beber uma cerveja e, sobretudo, ter aquele convívio que carateriza a nossa equipa. É um grupo formidável, somos amigas há muito tempo, e o ambiente entre nós é espetacular.
"A minha mãe é minha amiga e uma das pessoas que mais me incentivaram, porque também ela é jogadora"
JOGAR COM A MÃE
Na tua equipa, tens uma colega que é muito especial, a tua mãe. Como é a vossa relação no ambiente de treino e de jogo?
É a mesma relação que temos fora do râguebi. A minha mãe é minha amiga e uma das pessoas que mais me incentivaram, porque também ela é jogadora. Cresci a ver a minha mãe a jogar e as minhas tias. São amigas da minha mãe e que me habituei, desde miúda, a chamar tias. E, agora, são todas minhas colegas na equipa. É uma sensação muito boa.
E em casa, são críticas uma da outra?
Em casa, fala-se muito de râguebi, e é assim desde que me conheço. O meu pai era jogador do Direito, que foi o clube onde me iniciei, até vir para o clube da minha mãe, o clube da família, onde o meu avô foi capitão e uma das maiores figuras do râguebi. Portanto, em casa, falamos muito dos nossos treinos, dos nossos jogos, e o meu pai também nos acompanha. Aliás, jogo no Benfica com a minha mãe e, quando vou à seleção nacional, tenho o meu pai, porque ele é vice-presidente da Federação. Portanto, em casa, o râguebi é sempre tema. E somos críticos quando devemos ser.
Tendo começado no Direito, como chegaste ao Benfica?
No Direito fui a primeira jogadora a ser inscrita no clube. Mas não havia equipas femininas seniores, e vim para o clube onde a minha mãe jogava. Era inevitável, porque sempre houve uma ligação muito forte entre o Benfica e a minha família. Era aqui que tinha de jogar, e é no Benfica que gosto de jogar e onde tenciono vencer os maiores títulos da minha carreira.
O STRESS DOS DÉRBIS
Nesta temporada, o Benfica venceu o Sporting (22-10), naquele que foi o primeiro dérbi de 2023/24. Já perceberam como é que perderam o título na época passada?
Maturidade. Sobretudo isso. Maturidade no jogo. A pressão do jogo. Não soubemos lidar com isso. O Sporting, porque tem um plantel mais experiente e porque já ganha há vários anos seguidos, foi uma equipa mais madura, e foi isso que fez a diferença.
Mesmo no râguebi, o dérbi também é vivido com muita rivalidade?
Sim, os jogos são mais intensos nas bancadas, isso também se sente, até porque temos também a equipa masculina do Benfica a apoiar-nos. Os jogos são mais duros, e o stress é diferente, pesa mais. Queremos ganhar todos os jogos, mas se há jogo que nenhuma das equipas quer perder, é este...
Mas, quando se juntam na seleção, as jogadoras do Benfica e do Sporting conseguem compartimentar? Dérbi é dérbi, e seleção é seleção?
Não faz sentido levar a rivalidade para a seleção, porque aí o objetivo de todas é o mesmo. Estamos a representar o país, temos objetivos comuns e remamos todas para o mesmo lado. Não somos rivais, somos companheiras de equipa.
Se a equipa masculina do Benfica vê os vossos jogos, vocês acompanham os deles?
Sim, há uma ligação muito forte entre as nossas equipas, até porque defendemos o mesmo clube, o Benfica. Sempre que os nossos calendários se desencontram, assistimos aos seus jogos, e eles aos nossos.
Acredita que, no final da temporada, é possível sonhar com o Benfica a vencer o campeonato masculino e feminino?
Isso seria realmente um sonho, porque este é o ano do centenário do râguebi do Benfica. Seria a melhor forma de o celebrar. E acredito que seja possível. Estamos mais fortes e mais preparadas para conquistar o título, e também acho que a equipa masculina está mais reforçada. No ano passado, disputou as meias-finais, neste ano pode ir à final e ganhá-la.
"A melhor forma de retribuir é trazer títulos para o nosso museu. O Benfica é o clube que oferece melhores condições em Portugal"
CONDIÇÕES DE EXCELÊNCIA
Muitas vitórias no campo começam fora dele, nas condições de treino e todas as outras de que beneficiam as equipas. Como é o Benfica a esse nível?
É top e é mais um motivo para retribuirmos ao Clube tudo aquilo que ele nos dá. E a melhor forma de retribuir é trazer títulos para o nosso museu. O Benfica é o clube que oferece melhores condições em Portugal, disso não há dúvidas. E ainda melhorou quando deixámos a Margem Sul [do rio Tejo] para virmos para Lisboa, o que tem ajudado a contratar algumas jogadoras, porque vivemos quase todas em Lisboa. Depois, podemos não ser profissionais, não nos sentir profissionais, mas temos tudo aquilo que uma equipa profissional tem. O Benfica é um clube incrível e dá condições aos seus atletas que é impossível igualar em Portugal.
Este artigo faz parte da edição de 10 de novembro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024