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Andebol Feminino
Mihaela Minciuna é uma das líderes da equipa bicampeã nacional de andebol feminino e reconhece que se transforma em campo. O Benfica vai precisar dessa garra para tentar vencer a EHF, na Europa, e revalidar os títulos conquistados em Portugal.
21 novembro 2023, 15h46
Mihaela Minciuna
Foi, aliás, no clube local, com uma identidade formativa reconhecida no andebol português, que Mihaela seguiu as pisadas de muitas outras atletas, com as quais convive ou conviveu no Benfica e que também aprenderam os rudimentos da modalidade em Alcanena.
Desde os seus oito anos até hoje, o percurso foi sempre ascendente e evolutivo, até chegar ao Benfica, que era um sonho recente de Mihaela, que dois anos antes viu gorada a primeira hipótese de representar o Clube. Nessa altura, com 18 anos, a internacional portuguesa mudou-se para o campeão nacional, enquanto o projeto do andebol feminino começava a gatinhar na 2.ª Divisão.
No ano da pandemia, foi apanhada no início de uma aventura na competitiva liga espanhola, que durou até março de 2020, que a obrigou a regressar a Portugal. E perante essa decisão de vida, escapando ao isolamento imposto pelas autoridades sanitárias de todo o mundo, foi aí que se deparou, finalmente, com a possibilidade de cumprir o sonho de jogar no Benfica.
"Somos a equipa a que todas querem ganhar. É normal. Sabemos que nos querem deitar abaixo, mas é para isso que cá estamos"
Mihaela Minciuna
Esta é a sua 4.ª temporada ao serviço do Clube, e já é bicampeã nacional, além de outros títulos conquistados. Foi para isto que voltou a Portugal e assinou pelo Benfica?
Quando alguém representa o Benfica, representa uma ideia e uma tradição. O Benfica é demasiado grande, é um clube que não se compara a nenhum outro, e, quando aceitamos um convite de um clube destes, temos de saber o que nos espera. Muito trabalho, muito sacrifício e muitas vitórias. Ganhar é a única coisa que interessa.
Vocês sentem esse reconhecimento que normalmente se dá a uma equipa que ganha mais do que as outras?
Sentimos esse reconhecimento, até na forma como nos tentam derrotar. Somos o alvo a abater, a equipa a que todas querem ganhar. É normal, e por isso será cada vez mais difícil revalidarmos o título. Sabemos que nos querem deitar abaixo, mas é para isso que cá estamos. Para não deixarmos que ninguém nos deite abaixo.
Ainda agora, nas eliminatórias da EHF Cup, ficou a sensação de uma aparente facilidade na forma como eliminaram a equipa das Ilhas Faroé. Mas creio que essa facilidade é apenas aparente, e dentro do campo as coisas não são tão fáceis...
É uma competição europeia, e, mesmo sabendo que o adversário não seria de renome e que não seria dos mais exigentes, tivemos de estar ao nosso melhor nível. Aliás, é uma exigência do treinador e de toda a equipa. Nos treinos e nos jogos. Estar sempre no melhor nível. Foi o que fizemos mais uma vez, e conseguimos vencer os dois jogos, como diz, com aparente facilidade.
"O Benfica tem sido o grande responsável pelo salto qualitativo do andebol feminino em Portugal. Nenhum clube valoriza tanto as jogadoras"
GANHAR A EHF CUP
É um dos objetivos da temporada, vencer a EHF Cup, até devido à forma bizarra como foram eliminadas na época passada?
Não é fácil esquecer o que se passou no ano passado, em que Fomos eliminadas, nos oitavos de final, por um golo-fantasma, um golo que a mesa contou, mas em que a bola não entrou na nossa baliza. Foi muito duro, na altura, e ainda hoje não é fácil recordar esse momento.
Até porque a equipa que venceu a competição foi, exatamente, a equipa turca que vos eliminou...
Exatamente. Já é duro quando perdemos com mérito do adversário, mas nestas condições magoa imenso. Ainda hoje, a dor está cá. Claro que, quando a equipa turca venceu a competição, pensámos que éramos nós que devíamos estar a festejar a conquista da taça.
Mas a forma como chegaram, de novo, aos oitavos de final da EHF já é uma espécie de cartão de visita, uma forma de dizer à Europa do andebol "cá estamos outra vez"?
De certo modo, sim, porque queremos vencer esta competição, e foi uma forma de dizermos que estamos de volta e queremos ganhar aquilo que não foi possível vencer na época passada. Mas o Benfica já é reconhecido no andebol feminino internacional. Falamos com colegas nossas, que estão no estrangeiro, e sabemos o que elas nos dizem, que a nossa equipa já é muito valorizada lá fora.
"Falamos com colegas nossas, que estão no estrangeiro, e sabemos o que elas nos dizem, que a nossa equipa é muito valorizada lá fora"
BENFICA É GIGANTE
Mas sente que, se não jogasse no Benfica, dificilmente teria esse reconhecimento?
Tenho a certeza disso. O Benfica tem um impacto nacional e internacional que seria impossível, para nós, sermos tão reconhecidas se não fôssemos jogadoras do Clube. Quando era miúda, não me passava pela cabeça ir na rua e ser reconhecida pelas pessoas, ouvir dizer que me viram na televisão ou no pavilhão. Isto, para mim, era inimaginável.
E, depois, há adeptos do Benfica em todo o lado.
Foi o que aconteceu, na época passada, quando fomos jogar à Bósnia. Ambiente muito difícil, muito fervoroso, 4 mil adeptos da equipa local e, de repente, adeptos do Benfica no pavilhão. É incrível que tenham decidido ir Ver-nos jogar, em vez de ficar a ver o jogo pela televisão. Não estava à espera, mas isso diz muito do que é o Benfica e do que sentimos em jogar pelo Benfica. Não há um clube igual. E, depois, o ambiente no Clube, as condições que temos. Há clubes, em Portugal, que podem atrair as jogadoras com o dinheiro, mas, no fim, o Benfica é uma oportunidade única. É muito agradável jogar no Benfica, muito prazeroso.
Enquanto, em Portugal, se verifica que alguns clubes investem financeiramente nas suas equipas, no Benfica, creio que o investimento é diferente, é no desenvolvimento do talento. Concorda?
É mesmo assim. No Benfica, temos condições únicas de treino e de acompanhamento das equipas, temos um ambiente incrível nas modalidades, e sobretudo estamos num clube onde se aposta muito no desenvolvimento do talento e na valorização das jogadoras.
Sente que isso faz a diferença, quando o Benfica pretende contratar jogadoras de outros clubes, às quais reconheça grande potencial?
Tem sido assim, e o Benfica tem sido o grande responsável pelo salto qualitativo do andebol feminino em Portugal. Nenhum clube valoriza tanto as jogadoras, e, por isso, o objetivo é jogar no Benfica. E não é apenas por ser o campeão, é pela oportunidade de evoluir, de dar um salto. Vemos isso na seleção, onde cada vez mais jogadoras do Benfica são convocadas. Isto acontece porque o Benfica sabe identificar o talento e sabe desenvolvê-lo. A seleção e o andebol feminino, em Portugal, estão a beneficiar da aposta do Benfica. E a visibilidade é outra, completamente diferente.
EQUIPA À IMAGEM DO TREINADOR
Podemos dizer que a equipa do Benfica é à imagem do treinador?
Claramente. Mudou o nosso andebol completamente. Lembro-me, quando chegou, de que nos disse: "Vamos ser campeões e vamos ganhar por 10 de diferença ao Alavarium." Claro que olhámos umas para as outras e não compreendemos bem de onde vinha aquela confiança toda. Mas fomos campeãs e ganhámos ao Alavarium por 14 golos. É a grande vantagem do nosso treinador, a confiança que passa para as jogadoras, como consegue mexer com a nossa cabeça, como nos consegue convencer de que é sempre possível mais e melhor. É mesmo um treinador muito diferenciado.
Mas não é fácil encaixar no seu modelo de jogo, de muita intensidade, de muita velocidade...
Sim, mas agora as outras equipas já nos querem imitar. É sinal de que estamos a fazer as coisas bem. Claro que não é fácil, e quem quer ser jogadora do Benfica deve saber que tem de estar sempre nos limites físicos e mentais. E não é nos jogos, é nos treinos. Muita intensidade, muita energia, muita velocidade. É muito exigente, mas é isso que nos tem levado ao sucesso.
Artigo publicado na edição de 17 de novembro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024