Futebol

26 novembro 2023, 19h30

Florentino

Florentino

ENTREVISTA BPLAY

Made in Benfica, Florentino iniciou a 10 de fevereiro de 2018, na goleada por 10-0 ao Nacional, o percurso rumo aos 100 jogos na equipa principal, atingidos no triunfo para a Taça de Portugal diante do Famalicão, do passado sábado, 25 de novembro. Em entrevista ao BPlay, o médio revisitou momentos marcantes de águia ao peito e falou das suas principais características.

Titular pela primeira vez na vitória do Glorioso em casa do Galatasaray (1-2), na 1.ª mão dos 16 avos de final da Liga Europa 2018/19, Florentino estreou-se a marcar no seu sétimo jogo pela equipa principal: fechou o triunfo no reduto do Moreirense (0-4), seis minutos após ter sido lançado desde o banco. A época de estreia foi coroada com a conquista do primeiro título de campeão nacional.

"Se olhar para trás, vejo que o tempo passou muito rápido", comentou o médio, que disputou 54 jogos sob o comando de Roger Schmidt em 2022/23, registo que representa um máximo da carreira até ao momento.

Sobre o próximo jogo, diante do Inter, para a 5.ª jornada do Grupo D da Liga dos Campeões, o camisola 61 deu o mote: "Vamos entrar com a maior ambição, que é para ganhar o jogo."

Florentino

Cem jogos pela equipa A do Benfica. O que significa alcançar esta marca?

É um feito memorável. Se olhar para trás, vejo que o tempo passou muito rápido. Lembro-me que ainda ontem era uma criança aqui no Caixa Futebol Campus, no Benfica Campus, atrás dos seus sonhos... e tinha o sonho de fazer um jogo pela equipa principal. E hoje, ao ver que já consegui alcançar esta marca dos 100 jogos, creio que é algo memorável para mim.

A sua estreia oficial foi certamente memorável. Ninguém esquece aquela vitória, em casa, por 10-0 frente ao Nacional. Curiosamente, o número 61 entrou ao minuto 61. O que recorda desse primeiro jogo?

Foi um jogo que acho que ficou na memória de todos os adeptos porque fizemos um resultado, em casa, histórico contra o Nacional. Lembro-me que estava na expectativa, nesse jogo, de entrar. Ao intervalo já estava à espera de entrar porque o resultado estava favorável, e, quando vejo o míster a chamar-me para entrar, vejo que era o momento que tanto tinha desejado. E saber que entro logo no Estádio, e fico a olhar… Vou logo a correr e fico a olhar para o Estádio... ver a quantidade de gente que está ali dentro, ver que eu estava ali a contribuir com a equipa, entrar e logo no primeiro… Tinha sido um lançamento, creio que foi o André Almeida, e logo na primeira jogada ele passa a bola para mim e o primeiro toque sai bem, fiquei logo aliviado: "Ah, agora o jogo vai correr bem."

Como foi viver este centésimo jogo, desta vez frente ao Famalicão?

Já tinha noção de que se fizesse este jogo ia alcançar essa marca. O meu objetivo principal era ganhar, e conseguimos ganhar, e ganhar bem diante dos nossos adeptos. E ainda mais fazer os 100 jogos em casa... é muito bom.

Florentino

É um dos jogadores com mais desarmes no Campeonato. "Polvo" é alcunha que se encaixa na perfeição?

Acho que as pessoas me chamam de "polvo" um pouco por causa disso, dos desarmes e das interceções que faço durante o jogo. É uma das características mais fortes do meu jogo. Claro que cada jogador tem as suas características e cada um complementa-se a si, é por isso que somos uma equipa e não jogamos individualmente. É um desporto coletivo.

O desarme, a inteligência com que antecipa os lances: parece que está sempre no sítio certo, no momento certo. De onde é que vêm estas características?

Eu sempre tentei entender muito do jogo, e sempre, desde a formação, tentei captar tudo o que os místers me diziam e ficar atento aos pormenores, aos detalhes. Creio que um jogador que joga na posição 6 tem de ser um equilíbrio, tanto para atacar como para defender. Em todas as situações tenho de estar alerta porque, maioritariamente, o jogo passa por ali, e, qualquer coisa que eu vejo, tento sempre prever, pensar um pouco à frente que vá acontecer, eu tento estar lá, no lugar certo.

Florentino

Já está no Clube desde o escalão de Infantis, é uma das pérolas do Benfica Campus. O que acha deste seu percurso de águia ao peito pela equipa principal?

Creio que é um percurso muito bonito, e longo, já, desde os Infantis. Recordo-me que quando entrei aqui no Benfica ainda era defesa, jogava a defesa-central. Depois, quando começámos a jogar futebol de 11, passei para lateral-direito, e houve um jogo – acho que foi nos Iniciados A ou nos Iniciados B – em que nós não tínhamos médios-defensivos, estavam lesionados, e o míster perguntou-me se eu queria jogar a médio. Eu disse: "Claro, quero é ir lá para dentro." Joguei a médio e correu tudo bem. Consigo ver que, ao longo deste tempo, todas as situações que eu tive desde o início até agora contribuíram para que eu fosse o jogador que sou hoje, e é muito bom.

Vamos agora para a 5.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Quais são as expectativas para o jogo com o Inter de Milão?

A nossa expectativa é a mesma de sempre: honrar o clube que nós levamos ao peito. E vamos entrar com a maior ambição, que é para ganhar o jogo.

Texto: Redação
Fotos: Isabel Cutileiro / SL Benfica
Última atualização: 20 de janeiro de 2025

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