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Natação
Em entrevista ao programa Protagonista, Ricardo Santos, treinador das equipas masculina e feminina de natação, relembra o passado do Clube na modalidade e aponta objetivos claros: ganhar títulos e continuar a lançar mais nadadores para a ribalta nacional e internacional.
19 dezembro 2023, 21h18
Ricardo Santos
Não chega a espantar, por isso, que alguns dos principais e mais promissores nadadores do Benfica multipliquem os recordes que vão ultrapassando. Aliás, para muitos deles, o desafio é ultrapassarem-se a si próprios, porque desde há algum tempo que os diversos recordes têm uma patente específica. A dos nadadores do Benfica.
Além dos recordes, que se vão amontoando, a natação, no Benfica, está num momento auspicioso em termos coletivos, depois da estrondosa vitória nos campeonatos nacionais, quebrando um longo período de hegemonia do Sporting. E também no género feminino a vitória é possível, e parece inevitável que o Benfica consiga superar esse desafio de se tornar campeão em masculinos e femininos.
Sendo uma modalidade histórica e tradicional no Benfica, a natação vive, atualmente, um dos seus momentos mais ativos e prometedores, com vários atletas a assegurar presença nos Jogos Olímpicos, com medalhas em Campeonatos da Europa e Mundiais, títulos nacionais e os recordes que vão caindo, uns atrás dos outros. Ricardo Santos, treinador das equipas masculina e feminina de natação do Clube, explica tudo em entrevista no programa Protagonista, da BTV...
"Saí de um clube onde fazia de tudo, não me limitava apenas ao treino [...]. No Benfica, não. Temos uma estrutura muito profissional, e, no Benfica, os treinadores treinam"
Ricardo Santos
O Ricardo Santos chegou ao Benfica há sensivelmente seis anos, com a promessa de que vinha para ajudar a tornar melhor a natação no Clube. Sente que o objetivo foi alcançado?
Sinto que foi alcançado, mas também sinto que isto não é o trabalho de uma pessoa, é o trabalho de muita gente e, claro, dos atletas. Vários deles têm conseguido resultados notáveis, batido recordes e obtido medalhas em Mundiais e Europeus. Há um trabalho feito, como digo, por muita gente, porque, na verdade, no Benfica existe uma estrutura profissional que ajuda muito à obtenção de bons resultados.
Essa estrutura profissional foi, aliás, um dos aspetos que mencionou, quando chegou ao Clube.
Porque faz uma diferença muito grande. Eu saí de um clube onde fazia de tudo, não me limitava apenas ao treino. Isto tira-nos tempo, que devíamos dedicar exclusivamente ao treino, e desvia-nos, muitas vezes, do foco que é obrigatório no atleta e na sua evolução. No Benfica, não. Temos uma estrutura muito profissional, e, no Benfica, os treinadores treinam.
Mas, quando fala do treino, também está a falar de aspetos associados ao mesmo e ao rendimento, ou também de aspetos marginais que têm uma importância cada vez maior no percurso dos atletas?
Essencialmente do treino, mas nunca ignorando os sinais que os atletas nos vão dando. Se estão num dia bom, como se sentem, porque o treino, na natação, exige muito dos atletas. Pode ser muito stressante, pode ser esgotante, e temos de estar atentos a todos esses sinais. Mas também é por isso que a estrutura do Benfica é magnífica, porque, assim que os sinais estão lá, nós atuamos, de uma forma integrada, para criarmos todas as condições para que os atletas possam superar momentos mais difíceis ou complexos.
DIANA DURÃES É UM EXEMPLO
A Diana Durães foi um desses casos?
Aí está um bom exemplo de como o Benfica atua, umas vezes na prevenção, outras vezes na reação a problemas pessoais, de saúde, que afetem os nossos atletas. A Diana teve um problema, pediu ajuda, e o Benfica, em conjunto com a Diana e a sua família, tornou possível superar esse problema. Mas nada disso aconteceria se a Diana não fosse uma pessoa incrível, com uma força de vontade tremenda. O Benfica ajudou, a Diana sentiu, desde o início, que o Clube estava com ela, mas nada seria possível se a Diana não fosse um enorme exemplo de superação. E aí está ela, a voltar, para continuar a ser uma das nadadoras mais completas da história da natação portuguesa. E com grandes objetivos, de novo.
A Diana tornou-se um exemplo para os mais jovens?
Claramente. Está uma pessoa diferente, mas mantém a sua resiliência, a sua obstinação, a sua força interior. Uma campeã, dentro e fora das piscinas, e que agora tem sempre uma palavra para os mais jovens. Podem perceber, mais facilmente, que a alta competição não é um mar de rosas, não é um processo linear. E depois tem um espírito incrível. Muitos atletas, quando os seus resultados não são aqueles que eles mais desejavam, deixam-se ir abaixo. A Diana, não. Nunca se deixou ir ao fundo. Claro que temos de estar sempre atentos, porque há a hipótese de recaídas, mas estamos a falar de uma superatleta.
Pode ser uma atleta determinante para o Benfica conseguir, finalmente, o título de campeão nacional no setor feminino?
Está em boa forma, vai ajudar certamente. Na época passada, perdemos por 3 pontos. São competições muito disputadas e que se decidem em pormenores, em detalhes. Perseguimos esse título, que nos escapa há 30 anos. Veremos se conseguimos fazer o mesmo que nos masculinos, onde também recuperámos o título para o Benfica, 29 anos depois.
"[Diogo Ribeiro] já atingiu um patamar que lhe permite nadar contra os melhores do mundo. Agora, é importante que essa expectativa não pese muito"
O BENFICA É MUITO RESPEITADO
Nos últimos anos, o Benfica tem estado na disputa dos títulos, ganhou nos masculinos, os nossos atletas ganham medalhas em competições internacionais, vão aos Jogos Olímpicos. Este é um dos momentos mais importantes da história da natação no Benfica?
É um momento em que recuperámos, para o Clube, a ambição de ganhar e de formar nadadores muito competitivos. Há seis anos, o Benfica disputava o 6.º, 7.º lugar. Agora, nos femininos e masculinos, disputamos os títulos. Na formação, estamos a recuperar o terreno perdido por causa da pandemia, e, até 2028, creio que teremos a formação no ponto em que ambicionamos.
Há 30/40 anos, o Benfica era dominador na natação, com o Yokochi, o Paulo Frischknecht, o Diogo Madeira. É esse Benfica que está de regresso?
É esse o Benfica que desejamos. Eu sou desse tempo, representava um clube mais pequeno, e o Benfica era sempre um clube de grande referência, e nós tínhamos um grande respeito quando nadávamos com eles. Estamos a recuperar essa mística da natação do Benfica.
"É um momento em que recuperámos, para o Clube, a ambição de ganhar e de formar nadadores muito competitivos"
DIOGO RIBEIRO É TALENTO MUNDIAL
É o mesmo respeito que os nadadores portugueses sentem quando nadam contra o Diogo Ribeiro?
Respeito, mas também oportunidade para nadar ao lado de um fenómeno da natação. O Diogo tem conseguido resultados internacionais de grande monta, na época passada ganhou medalhas nos Mundiais de Juniores e, alguns meses depois, nos Europeus e Mundiais Absolutos.
É um nadador que já criou grandes expectativas em torno de si. Em fevereiro, teremos os Mundiais, e aí todos esperam que o Diogo consiga mais uma medalha?
Essa expectativa vai existir sempre, porque o Diogo, apesar de ser muito novo, já atingiu um patamar que lhe permite nadar contra os melhores do mundo. Agora, é importante que essa expectativa não pese muito sobre o Diogo. Esse é o segredo. Vai ter os Mundiais em fevereiro, e será uma boa preparação para os Jogos Olímpicos.
Acredita que o Diogo pode conseguir, em Paris, a maior façanha da sua curta carreira?
Vamos ver. Os Jogos Olímpicos são o grande objetivo de todos os atletas. Mas é aí que vão estar os melhores nadadores do mundo. Não é preciso ganhar uma medalha para obter um grande resultado. O objetivo é estar na final, onde Portugal não consegue meter ninguém há muitos anos. Depois, na final, tudo será possível, mas sempre com a consciência de que ali vão estar os melhores nadadores do mundo.
O Benfica tem como objetivo ser o clube português com mais nadadores nos Jogos Olímpicos?
Temos essa ambição, e acredito que isso vai acontecer. Já temos alguns apurados e temos também outros atletas com condições de lá chegar. Mas essa é a nossa ambição.
Artigo publicado na edição de 15 de dezembro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 19 de dezembro de 2023