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Râguebi
No ano em que se completam cem anos sobre o começo do râguebi no Benfica e na Península Ibérica, a equipa atual do Clube pretende conquistar o título que escapa desde 2001. E dar continuidade a uma história linda e perene do Benfica no desporto de bola oval.
27 dezembro 2023, 18h30
Francisco Bessa
Na época passada, o Benfica levou a sua equipa masculina à meia-final do campeonato, enquanto a equipa feminina perdeu o seu único jogo, em toda a temporada, na final da liga. O investimento em jogadores, em condições de treino e de jogo e também num novo treinador, com um relevante histórico na formação, num dos países de maior prestígio no râguebi, fizeram disparar a ambição e o rendimento.
Nesta temporada, em 9 jornadas, o Benfica está a cumprir as expetativas. Sete vitórias, um empate e uma derrota e 2.º lugar da classificação, atrás do Belenenses, única equipa só com vitórias. Há poucos dias, frente ao CDUL, mais uma demonstração de vigor, eficácia e talento da nossa equipa, culminando com uma vitória expressiva (37-7) e ainda um ponto bónus.
Em campo, a liderança de Francisco Bessa, que regressou ao Clube na época passada, faz-se sentir. Em entrevista ao programa Protagonista, da BTV, o antigo jogador do Barcelona destacou o atual e auspicioso momento do Benfica na Divisão de Honra.
"O nosso trabalho é mais de pormenor, receber bem os jogadores que chegam e incutir-lhes o espírito com que queremos ir à luta. Está a correr bem"
Francisco Bessa
Regressou ao Benfica, na época passada, vindo do Barcelona, prometendo vitórias ou, pelo menos, lutar por elas. É isso que a atual equipa pode prometer aos adeptos?
É o mínimo que podemos entregar ao Clube. Mesmo num plantel com diversos jogadores estrangeiros, essa cultura sente-se nos treinos e nos jogos. Lutar pela vitória, seja onde for e contra quem for.
É difícil incutir esse espírito aos jogadores que chegam, particularmente nos que vêm de fora?
O que facilita é jogar no Benfica. Mesmo um jogador estrangeiro, quando chega, já conhece o Benfica, um clube mundialmente conhecido. O nosso trabalho é mais de pormenor, receber bem os jogadores que chegam e incutir-lhes o espírito com que queremos ir à luta. Está a correr bem.
Nesta temporada, uma nova liderança, de um treinador que vem de um dos países com mais tradição no râguebi. Isso nota-se na forma de trabalhar?
Claramente, e é um trabalho que está a permitir à equipa e aos jogadores evoluir. Desde o início da temporada que sentimos isso. Sentimos enorme prazer nos treinos e levamos esse entusiasmo para os jogos. Quem vê os nossos jogos, percebe que damos tudo pelo Clube, pela equipa e pela nossa vontade de ganhar.
"Sentimos enorme prazer nos treinos e levamos esse entusiasmo para os jogos. Quem vê os nossos jogos, percebe que damos tudo pelo clube e pela equipa"
GANHAR O CAMPEONATO
Na época passada, o Benfica chegou às meias-finais, o que foi considerado um bom resultado. Nesta temporada, a equipa conseguirá ir mais longe?
O objetivo é claro: queremos ir à final, e, depois, numa final tudo é possível. Os passos que temos dado têm sido muito seguros e têm permitido que a equipa evolua e esteja a conseguir bons resultados. Os novos métodos do treinador e a chegada de novos jogadores contribuíram para nos tornar mais fortes, e vemos isso na forma como somos respeita dos pelas outras equipas. Mesmo as melhores equipas, aquelas que lutam todos os anos pelos títulos, quando nos defrontam, sabem que todos os resultados são possíveis. Estamos em segundo lugar na classificação com todo o mérito e porque estamos a jogar bem. Este é o ano do centenário do râguebi, no Benfica, e ganharmos o campeonato, nós e a equipa feminina, seria a melhor forma de festejar os 100 anos da modalidade no clube.
Ainda recentemente, contra o CDUL, demonstraram isso.
Foi mais um jogo que nos correu bem. Até começámos com alguma lentidão, mas depois ajustámos algumas coisas e vencemos de uma forma clara. E é isto que queremos para a nossa equipa. Esta capacidade para superar os adversários e fazê-lo de uma forma clara, que não deixe dúvidas. À Benfica.
Podemos considerar o Benfica um candidato ao título?
Podemos dizer que ganhar o campeonato é um objetivo pelo qual vamos lutar com todas as nossas forças. A equipa está motivada, os jogadores estão confiantes e o Clube dá-nos todas as condições para podermos expressar as nossas melhores qualidades. Queremos ganhar o campeonato, seria fantástico.
"Estive no Barcelona e não se comparam as condições. Aqui, sentimo-nos jogadores do Benfica, porque o clube coloca à nossa disposição condições que nenhum outro clube tem"
UMA NOVA ABORDAGEM
O Benfica contratou, para esta temporada, um treinador neozelandês, vindo de um dos países com mais prestígio e tradição no râguebi mundial. Qual está a ser o impacto na equipa?
Está a ter um impacto incrível, porque se trata de um treinador muito bom, que nos está a fazer evoluir rapidamente. São coisas novas, que, para nós, são ferramentas importantes e que estão a contribuir para as nossas exibições e os nossos resultados. Até ao momento, tivemos uma derrota, frente ao Belenenses, que é o líder do campeonato, mas foi na primeira jornada do campeonato, havia jogadores a chegar, pouco tempo de trabalho com o novo treinador.
E agora, para fechar a primeira volta, vão defrontar o Direito, que é o campeão em título. E, logo a seguir, outra vez o Belenenses, no primeiro jogo da segunda volta. Estes jogos serão o verdadeiro teste do algodão?
Podemos considerar isso, mas sinceramente vamos para os dois jogos com o intuito de os ganhar e de confirmar o nosso bom momento. Somos uma equipa muito unida, muito bem reforçada em relação à época anterior e não queremos sentir a pressão de ganhar o campeonato, embora acreditemos que é possível. A nossa pressão é a de preparar bem os jogos, disputá-los e ganhá-los.
O ano passado foi uma espécie de ano zero da reconstrução do râguebi, no Benfica, e chegámos às meias-finais do campeonato e da Taça. A evolução natural da equipa remete-nos para a final do campeonato. Ter mantido a maioria do plantel ajudou a criar a identidade atual da equipa?
Esse tem sido um dos aspetos que saliento mais no Benfica e que reforça a aposta que se está a fazer no râguebi no Clube. Antes, os jogadores portugueses e brasileiros ficavam no Benfica, mas todos os anos mudávamos os estrangeiros. Agora, além de trazermos para o Clube mais qualidade, temos jogadores que ficam no Benfica, que querem ficar no Benfica, mesmo que as condições financeiras não sejam iguais ao que podem ganhar noutros clubes. Isto é muito importante e tem ajudado a equipa a evoluir de um ano para o outro.
O que é que ajuda mais a reter os jogadores estrangeiros no Benfica?
A grandeza do Clube, as condições que o Clube oferece aos seus jogadores. Eu estive um ano no Barcelona e não se comparam as condições. Aqui, sentimo-nos jogadores do Benfica, porque o Clube coloca à nossa disposição condições que nenhum outro clube tem. No Barcelona, treinávamos e jogávamos num campo arrendado, a fisioterapia funcionava num pequeno espaço onde não cabiam mais do que três pessoas. Condições muito diferentes. Os meus colegas, no Benfica, dizem-me que o Clube é único. É grande e isso já sabiam quando vieram para cá, mas é muito profissional e tem um ambiente muito familiar. Isso, para nós, conta muito, porque no râguebi temos tradições diferentes das outras modalidades. No final dos jogos reunimo-nos com os jogadores da equipa adversária, familiares e convivemos.
Além dos ensinamentos que o novo treinador trouxe, que outros aspetos podemos destacar mais?
Aspetos culturais, ele trouxe muito da cultura neozelandesa. Quando acaba o jogo, agradece a toda a gente, equipa técnica, fisioterapeuta, massagista, roupeiro, agradece a todos pelo seu esforço em tornar o nosso trabalho mais fácil. Antes dos treinos e dos jogos, rezamos, fazemos as nossas orações, partilhamos assim os nossos desejos, as nossas preocupações, reforçamos muito os laços entre todos.
E já vos ensinou a fazer aquela famosa dança dos All Blacks?
Não, isso não. Mas já temos um grito nosso, que é já característico da equipa do Benfica. É, de facto, um treinador muito, muito bom.
Artigo publicado na edição de 22 de dezembro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 27 de dezembro de 2023