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Natação
Em entrevista ao programa Protagonista, da BTV, Mário Madeira, coordenador técnico das equipas de competição da natação encarnada, revelou o que faltava saber sobre o momento auspicioso da modalidade do Clube.
31 dezembro 2023, 12h38
Mário Madeira
"Na época passada, o objetivo era o de entrar nas três melhores equipas. Temos uma equipa muito jovem, muita ambição, mas faltava alguma experiência às nossas nadadoras. A verdade é que elas se superaram, e quase vencíamos o Campeonato", adiantou Mário Madeira, em entrevista ao programa Protagonista, da BTV.
Isto foi em abril. Poucos meses depois, no início de uma época que fica condicionada pela disputa dos Jogos Olímpicos, em Paris, em julho de 2024, as equipas do Benfica apresentavam-se, novamente, com os seus objetivos intactos e bem definidos. A equipa masculina, com Diogo Ribeiro como figura de cartaz, tentava consolidar o seu estatuto de campeã, e a equipa feminina, com uma renascida Diana Durães a liderar, tentava, finalmente, a conquista com que as nadadoras do Clube passaram a sonhar. E ganharam. Ambas as equipas, numa vitória simultânea e espetacular do Benfica.
O TEMPO DE DIANA
"Creio que esta vitória da equipa feminina vai ajudar a consolidá-la, como está a acontecer com a equipa masculina. A equipa era praticamente a mesma que disputou o título em abril, mas levou mais experiência e o exemplo da Diana [Durães]. É uma atleta incrível, que dá o exemplo, muito perfecionista, muito rigorosa com ela própria e com todos os outros. Mesmo o Diogo Ribeiro e o Miguel [Nascimento] olham para a Diana como um exemplo a seguir. Ela também treina no Jamor, como eles, e percebe-se como os influencia positivamente", disse Mário Madeira.
Foi preciso tempo para chegar a este patamar de sucesso. Os triunfos das equipas do Benfica são, apenas, a face mais visível de todo um trabalho de reconstrução da modalidade no Clube. Afinal, os Diogos Ribeiros e as Dianas Durães não aparecem do céu, nem se realizam por geração espontânea.
"Estou no Benfica desde 2005, e, nessa altura, o objetivo era relançar a modalidade no Benfica, torná-la, de novo, uma das maiores referências da natação portuguesa. Mas, inicialmente, esse processo foi difícil, pois, com a construção de um novo estádio, ficámos sem piscinas para treinar e mesmo para as escolas. Precisámos de tempo para o Clube se reestruturar, não foi um plano linear, e só nos últimos anos é que foi possível começar a criar as condições que temos hoje. Não são as ideais, porque não temos uma câmara que ofereça piscinas olímpicas ao Benfica, como acontece noutras cidades, e com outros clubes. Mas temos conseguido manter os nossos nadadores na água, graças ao Benfica e ao que o Clube consegue proporcionar aos seus nadadores e também aos atletas, que se mostram disponíveis para treinar às 6 da manhã e, depois, ao final da tarde", afirmou Mário Madeira.
De acordo com o coordenador técnico do Benfica, os hábitos de treino dos nadadores do Clube são difíceis e até reconhecidos por outros atletas das mais diversas modalidades: "Ainda agora, vim com o Miguel Nascimento para baixo, dos Campeonatos Nacionais, e ele dizia-me que, entre atletas de outras modalidades do Benfica, os nadadores são conhecidos como os maluquinhos que vão treinar às 6 da manhã."
"Esta vitória da equipa feminina vai ajudar a consolidá-la, como está a acontecer com a equipa masculina"
Mário Madeira
O REGRESSO DOS ANOS 80
Sendo uma modalidade que iniciou a sua atividade em 1914, nas docas de Alcântara, ao ar livre, a natação pratica-se, no Benfica, há mais de um século. Com uma interrupção, pelo meio, mas o suficiente para ser considerada uma das modalidades mais antigas e tradicionais do Clube. Ainda assim, os anos 80 foram o período mais áureo da natação no Benfica, com Alexandre Yokochi, Diogo Madeira ou Paulo Frischknecht como nomes mais sonantes e que, ainda hoje, perduram na memória coletiva da natação portuguesa.
"Creio que o mais difícil, para a natação do Benfica, começa agora, porque, na alta competição, é sempre mais difícil manter as equipas no topo do que lá chegar. Mas essa geração, de 80, conseguiu chegar ao topo e manter-se por lá durante vários anos. Vejo isso acontecer, nos próximos anos. De novo, o exemplo da Diana Durães. Está nisto desde os 15 anos. Recentemente, teve um problema, difícil, mas recuperou, levantou-se e aí está, de novo, a lutar pelo seu lugar na história da natação portuguesa e no Benfica. Creio que estamos, neste momento, ao nível do que era a natação do Clube nos anos 80. O Benfica era muito respeitado, e sentimos, de novo, esse respeito agora", vincou Mário Madeira. E acrescentou: "Competir contra as nossas equipas, os nossos nadadores, voltou a ser um desafio imenso para os outros clubes e para os outros nadadores. Esse objetivo foi alcançado". O coordenador técnico lembrou, ainda, o seu percurso no Clube. "Quando, em 2016, passei de treinador a coordenador técnico, disse que o grande objetivo era colocar, novamente, o Benfica como a grande referência da natação em Portugal. Conseguimos fazer isso. Mas o desafio, agora, será manter", revelou.
"O mais difícil, para a natação do Benfica, começa agora, porque, na alta competição, é sempre mais difícil manter as equipas no topo do que lá chegar"
O INVESTIMENTO DO BENFICA
Os triunfos das equipas do Benfica nos Nacionais de natação são a consequência de muito treino, muitos afazeres e de uma notável capacidade de superação dos atletas. E de um incrível investimento dos atletas em si próprios e nas suas carreiras, bem como o investimento que o Clube faz para proporcionar aos seus nadadores as melhores condições possíveis.
"O Benfica faz um investimento extraordinário na natação. A falta de piscinas olímpicas em Lisboa não é da responsabilidade do Benfica. Pelo contrário, a própria Federação percebe o investimento que o Clube faz e procura nos para resolver problemas que não são do Benfica. É por isso que, recentemente, a Federação entregou ao Benfica a medalha de ouro pelo seu contributo no desenvolvimento da modalidade. Ajudamos em tudo o que é possível, e os nossos nadadores sabem que, não sendo as ideais, as condições que o Benfica lhes consegue proporcionar são as melhores que podem encontrar em Portugal. E isso deve-se ao investimento do Clube e ao reconhecimento da parte da direção de que a natação é uma modalidade histórica no Benfica. Estes títulos são de muita gente, mas devemos ser claros em dizer que os títulos são, principalmente, do Benfica. Sem o investimento que o Benfica faz na modalidade, não seria possível conquistar esses títulos e ter alguns dos nossos nadadores a disputar e a ganhar medalhas em Mundiais e Europeus e a obter mínimos para participar em Jogos Olímpicos."
"Os nossos nadadores sabem que, não sendo as ideais, as condições que o Benfica lhes consegue proporcionar são as melhores que podem encontrar em Portugal"
OS JOGOS DE PARIS
Em julho do próximo ano, disputam-se os Jogos Olímpicos. Todos os calendários, nacionais e internacionais, estão condicionados à realização das Olimpíadas. Por isso, os Mundiais serão disputados em fevereiro. Uma competição onde vão estar Diogo Ribeiro e Miguel Nascimento, os únicos nadadores do Benfica, até ao momento, também com os mínimos para Paris.
"Creio que o grande objetivo são os Jogos de Paris. Eles terão os Mundiais, onde também vão estar os melhores do mundo, mas a prioridade serão os Jogos Olímpicos. E é difícil dizer o que se espera dos nossos nadadores, principalmente do Diogo Ribeiro. Porque, na natação, todos os anos aparecem novos talentos, novos nadadores, e o equilíbrio é muito grande. Creio que o objetivo é estar na final e, se o conseguir, tudo será possível. Foi assim que o Diogo Ribeiro conseguiu as medalhas nos Mundiais de juniores e absolutos. Estar na final não é um prémio, é uma oportunidade e onde tudo pode acontecer", declarou Mário Madeira.
Para os Jogos Olímpicos de Paris, o Benfica já tem dois nadadores com os mínimos atingidos. Mas há um 3.º nome a caminho: Diana Durães. "Seria um prémio para ela, mas acredito que vai conseguir. E, repito, seria um exemplo para os mais novos e mesmo para os seus colegas no Benfica, que a respeitam imenso."
Artigo publicado na edição de 29 de dezembro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Isabel Cutileiro / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024