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Futsal Feminino
Alex Pinto, treinador da equipa feminina de futsal do Benfica, não tem dúvidas em relação à sua equipa. Se parece campeã da Europa, se anda como campeã da Europa, então é porque é campeã da Europa.
07 janeiro 2024, 16h00
Alex Pinto
Mas, para tentar explicar como é que esta equipa se mantém faminta, devia ser, um dia, permitido que os Benfiquistas pudessem observar um dos duelos mais aguerridos e mais tensos da história do desporto. Chama-se Bolão e disputa-se todas as segundas-feiras. Antes do primeiro treino da semana, as amazonas da Luz disputam cada palmo da quadra com a garra dos fundadores do Clube.
"Quando cheguei ao Benfica, falaram-me do Bolão, e fiquei curioso, porque fui avisado para a competitividade do jogo. E constatei, de facto, que não tinham exagerado na descrição. É incrível, durante 10 minutos, antes do primeiro treino da semana, a forma como elas competem e desenvolvem toda aquela tensão competitiva. Aliás, os primeiros instantes do treino a seguir ainda sofrem um bocadinho, enquanto as jogadoras não recuperam totalmente o foco. Mas, depois de assistir pela primeira vez, disse logo que esta era daquelas coisas que eu nunca mudaria. Não se muda o que está certo. E tudo no Bolão está certo. Depois, claro, há para ali uns ajustes de contas, uns jantares ainda por realizar", disse Alex Pinto, treinador da equipa feminina de futsal do Benfica, em entrevista ao programa Protagonista.
"A UEFA esteve neste torneio, em Espanha, patrocinou e percebeu que os espetáculos conseguem atrair espectadores, os patrocinadores e as televisões"
Alex Pinto
CHAMPIONS DA UEFA
O treinador está no Clube há pouco mais de um ano e já ganhou tudo. Embora tenha começado quase a perder. "Quando cheguei, em novembro do ano passado, foi muito em cima de irmos disputar a Champions, a Itália. Como sempre acontece com esta equipa e com estas jogadoras, viajamos para ganhar e quase o conseguimos. Fizemos um primeiro jogo, com o Atlético de Madrid, conseguimos uma vitória estrondosa por números que ninguém esperava, e depois, a final. Foi onde sentimos porque é fundamental que a UEFA organize a competição e oficialize a Liga dos Campeões feminina. Com organizações independentes, com arbitragens indicadas pela UEFA. E, além de tudo o mais, será de toda a justiça que a UEFA organize essa Champions", adiantou.
Para Alex Pinto a questão já não é se a UEFA vai organizar a Liga dos Campeões feminina, mas quando o fará. O treinador do Benfica acredita que deve estar a soar o gongo para fazer o anúncio mais aguardado por milhares de mulheres, jogadoras de futsal. "Se calhar, estamos a falar de um período de dois anos. A UEFA esteve neste torneio, em Espanha, patrocinou e percebeu que os espetáculos dados pelas melhores equipas europeias conseguem atrair espectadores, os patrocinadores e as televisões. Acho que estamos, mesmo, cada vez mais perto."
"Temos um orgulho enorme por ter trazido este troféu para o Clube, porque sabemos que todos o valorizam"
OFICIOSAMENTE CAMPEÕES EUROPEUS
Para a Galiza, a equipa deslocou-se de autocarro, numa viagem de nove horas que chegou a temer-se que pudesse deixar sequelas no primeiro e determinante jogo, frente às campeãs italianas. Numa organização local, o sorteio pareceu determinado pelo interesse espanhol em sobrecarregar a equipa benfiquista nos primeiros dois jogos. A seguir às campeãs italianas, apareceram as campeãs de Espanha, com dois jogos de máxima exigência. Nenhuma outra equipa enfrentaria dois jogos seguidos entre equipas candidatas.
"O nosso primeiro jogo foi no dia a seguir à nossa viagem para Lugo. Não era a situação ideal, mas ninguém consegue pedir a estas jogadoras que se rendam. Nem ao cansaço. E fomos a jogo, com as campeãs italianas, sabendo que teríamos de gerir tudo isso e tentar aplicar, na quadra, o que treinamos. Sabendo também que a preparação para esta final four não começou na véspera do primeiro jogo. Foi um trabalho que fizemos durante semanas, em que fomos gerindo o esforço das atletas, mesmo que isso tenha significado, por exemplo, que tenham ficado chateadas por ganhar ao Sporting só por 8-1, porque ao intervalo já tínhamos marcado 7 golos. Mas, no segundo tempo, tínhamos de abrandar, porque fazia parte do plano de preparação para a final four do torneio europeu. E chegámos bem ao primeiro jogo. Contra uma equipa muito física, que tentaria levar o jogo para essa dimensão. Mas fizemos um grande jogo e ganhámos sem discussão."
Sem discussão, mas com muita energia despendida entre dois candidatos, mas sem tempo para recuperar o fôlego. No dia a seguir, as campeãs espanholas, a jogar em casa. Num calendário desenhado com todos os contornos de favorecimento à equipa local. "Notou-se o desgaste nas nossas jogadoras, perdemos, mas o jogo foi sempre equilibrado. Porém, a equipa espanhola tinha poupado muitas das suas jogadoras no primeiro dia, no primeiro jogo com as neerlandesas, e não valorizou muito a questão dos golos marcados. Foi-lhes fatal, porque foi determinante, porque percebemos que os golos marcados iam fazer a diferença. E fizeram", assinalou Alex Pinto.
E chegou a final, sem a equipa da casa na quadra e com todas as possibilidades de ser disputada num ambiente neutral e com o Benfica, mais uma vez, a bater à mesma porta que, tantas vezes, algumas destas jogadoras viram fechar-se.
"Esta vitória é importante para todas, para toda a estrutura, para todo o Clube, mas as capitãs, a Inês Fernandes, a Ana Catarina e a Sara Ferreira, perderam várias finais e são um exemplo para as mais jovens. Há muito tempo que mereciam este título, e conseguiram-no, dando mais uma lição, de que para ganhar, muitas vezes, é preciso perder. E perder mais de uma vez. Mas nunca desistiram, pelo contrário, injetaram nas colegas uma ambição que se tornou a imagem de marca desta equipa. Se nos sentimos campeões europeus? Ganhámos o torneio disputado pelas melhores equipas da Europa, por isso, sim, sentimo-nos campeões da Europa. Estas jogadoras ganharam o direito a sentir-se campeãs da Europa. E temos um orgulho enorme por ter trazido este troféu para o Clube, porque sabemos que todos o valorizam e valorizam o que estas jogadoras conseguiram. E este é o título de toda a gente. Da Marta [Costa], que defende quatro penáltis na final, mesmo não tendo disputado o tempo regulamentar nem o prolongamento, da Dricas que marcou um penálti, sem ter tido um único minuto de utilização durante o torneio, mas assumiu, mostrou coragem, da Inês Matos, que não pôde disputar a final. Ninguém poderá relativizar o que conseguimos", determinou o treinador da equipa feminina de futsal do Benfica.
"Temos aqui uma excelente oportunidade de continuar a fazer história, vencendo, pela primeira vez, todos os títulos"
GANHAR TUDO
As conquistas são uma espécie de energia renovável desta equipa, e, por isso, depois de conquistar, nesta época, a Supertaça e o torneio europeu – os dois títulos que faltavam a Alex Pinto –, o plantel já tem as baterias totalmente apontadas ao que resta dos títulos por conquistar.
"Na época passada, pela primeira vez, em Portugal, ganhámos os títulos internos todos e falhámos este título europeu. Temos aqui uma excelente oportunidade de continuar a fazer história, vencendo, pela primeira vez, todos os títulos, internos e externos. É para isso que vamos treinar, trabalhar e melhorar. Temos o Campeonato para revalidar, mais uma vez, e as Taças. E esse objetivo começou a ser criado assim que passaram os efeitos dos festejos em Espanha. Quando chegámos a Lisboa, queríamos estar com as nossas famílias, depois, mais tarde, com a Académica, com os nossos adeptos, queríamos festejar este título com os nossos, mas a pensar já nas próximas conquistas. Nem as jogadoras deixariam que fosse de outra forma. Ganhámos o título europeu, isso fará sempre parte das nossas vidas, mas esse título não nos vai ajudar a ganhar o que ainda falta ganhar", concluiu.
Artigo publicado na edição de 5 de janeiro do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: Arquivo / SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024