Segunda metade penalizadora

RESUMO DO JOGO

O intervalo no Dragão Arena chegou com uma igualdade no marcador (1-1), mas o acerto do Benfica decaiu na segunda parte do clássico da 16.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional de hóquei em patins e, após um cartão azul mal exibido a Nil Roca, a consequência foi uma derrota por 7-1, na tarde deste sábado, 3 de fevereiro.

Os azuis e brancos iniciaram melhor o desafio. Aos 2', Carlo Di Benedetto atirou ao poste da baliza encarnada, sendo bem-sucedido pouco depois. Pedro Henriques ainda defendeu a stickada de Gonçalo Alves, mas nada pôde fazer para travar o remate do hoquista francês, que inaugurou o marcador, aos 4' (1-0).

Apesar do golpe, o Benfica equilibrou o jogo. Lucas Ordoñez, em transição ofensiva, errou o alvo, e, aos 8', Xavier Malián negou o empate a Roberto Di Benedetto. A boa reação do campeão nacional prosseguiu por intermédio de Pol Manrubia, que testou os reflexos do guarda-redes azul e branco, aos 10'.

O jogo manteve-se dividido, até que, em iniciativa individual, Zé Miranda, pela direita, ultrapassou Diogo Barata e atirou forte à baliza, igualando o clássico (1-1, aos 18'). Impulsionadas pelo golo, as águias intensificaram a pressão, e Roberto Di Benedetto tentou a picadinha sobre Xavier Malián, que se opôs mais uma vez (21').

O FC Porto respondeu por Gonçalo Alves, cuja tentativa foi travada por Pedro Henriques (23'). Ao intervalo, verificava-se um empate no marcador (1-1).

O arranque da segunda metade foi intenso, com muita velocidade em rinque. Decorridos três minutos, a equipa de arbitragem exibiu um cartão azul a Nil Roca, numa decisão incorreta e que motivou muitos protestos por parte do Benfica, pois o lance, disputado com Gonçalo Alves, não era passível de sanção disciplinar. Assinalada falta, na marcação do livre direto consequente, Hélder Nunes fez o 2-1.

As águias acusaram o momento e o FC Porto tornou a faturar. Feliz num ressalto, Gonçalo Alves ampliou (3-1 aos 31') e, em contra-ataque, Hélder Nunes rematou para o 4-1, dois minutos depois.

A castigar a 10.ª falta dos azuis e brancos, os encarnados tiveram um livre direto favorável. Carlos Nicolía encarregou-se de bater, Xavier Malián defendeu, mas o lance foi repetido, por infração do guarda-redes da equipa da casa. À segunda, o internacional argentino também não conseguiu converter.

Com algumas dificuldades no posicionamento defensivo, o Benfica consentiu mais dois golos, apontados por Edu Lamas (35') e Hélder Nunes (39'). Depois, Pedro Henriques defendeu um livre direto cobrado por Hélder Nunes, a 10 minutos do final, enquanto do lado do Benfica a ineficácia nas bolas paradas manteve-se.

Após o cartão azul para Telmo Pinto, que derrubou Zé Miranda, Roberto Di Benedetto não conseguiu bater Xavier Malián. Ao invés, os azuis e brancos, em contra-ataque, fixaram o resultado, por Diogo Barata (7-1, aos 44'), numa segunda metade excessivamente penalizadora para as águias.

A próxima partida do Benfica está agendada para quinta-feira, 8 de fevereiro, às 18h30. No Pavilhão Fidelidade, na 5.ª jornada do Grupo B da Liga dos Campeões, o Sporting será o rival.

DECLARAÇÕES

Nuno Resende (treinador do Benfica): "Uma derrota muito pesada. Assumimos claramente as culpas e não era isto que pretendíamos, como é óbvio. O jogo divide-se em duas partes muito distintas. Na primeira parte, se calhar, até foi o melhor Benfica aqui no Dragão, sob a minha gestão, com uma excelente atitude e perfeita noção da nossa estratégia. Na segunda parte, após um erro individual, um azul e um 3-1, em que não cobrimos uma segunda bola, a equipa desmembrou-se. Não fomos Benfica, não honrámos o símbolo e o escudo que tanto trabalho nos deu a conquistar. Saímos vergados, o que não deveria ter acontecido, e deveríamos ter outra atitude. Temos de fazer uma análise e perceber o que não poderia ter acontecido na segunda parte para discutirmos o jogo, que era o que nos tínhamos proposto."