Novo dérbi, nova vitória... esta de goleada!

RESUMO DO JOGO

Benfica e Sporting entraram em rinque neste domingo, 11 de fevereiro, para o jogo grande da 17.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional de hóquei em patins, no Pavilhão Fidelidade. As águias golearam por 6-1!

Após derrotarem os leões no desafio da Champions (3-1), os campeões nacionais voltaram a vencer o velho rival, desta feita por um resultado expressivo.

Os primeiros minutos do encontro foram muito disputados, com as duas formações em busca de ganhar vantagem. Os guarda-redes estiveram atentos, não deixando a bola transpor a linha de golo.

Mas, após o cronómetro passar os 5', o golo chegou ao Pavilhão Fidelidade. Gonzalo Romero cometeu falta sobre Roberto Di Benedetto para livre direto, e viu o cartão azul. Chamado à conversão, Carlos Nicolía – na segunda tentativa, após a equipa de arbitragem ter mandado repetir o primeiro remate, pois Ângelo Girão ultrapassou o semicírculo – não desperdiçou (1-0, aos 6').

Com o golo e o apoio vindo das bancadas, as águias galvanizaram-se e pegaram no comando do jogo.

Aos 13', o Benfica esteve perto de aumentar a contagem, mas o remate de Lucas Ordoñez foi bloqueado por Matías Platero.

No minuto seguinte foi Ângelo Girão a negar o 2-0 aos encarnados, ao defender o tiro de Pablo Álvarez, na sequência de um grande passe de Diogo Rafael.

Mas o segundo golo haveria mesmo de acontecer. Nil Roca pegou na bola junto à baliza à guarda de Pedro Henriques, patinou uns bons metros e, pouco depois de passar a linha do meio-campo, disparou fortíssimo, não dando qualquer hipótese de defesa ao guarda-redes do Sporting (2-0, aos 18').

Mesmo com o Benfica por cima, os leões, uma ou outra vez, lá conseguiram deslizar até à área encarnada. Nesses momentos, o guardião do Benfica disse sempre "presente", evidenciando enorme segurança.

Se Pedro Henriques se mostrava na arte de defender, Carlos Nicolía sobressaía na arte de marcar. Aos 23', grande penalidade a favor do Benfica – a castigar falta de Verona sobre Roberto Di Benedetto –, e o internacional argentino a fazer o golo, com um tiro fantástico e indefensável (3-0, aos 23').

Como quem marca dois, marca três, aos 24', o campeão do mundo voltou a dispor de um livre direto – falta muito feia e completamente desnecessária de Platero sobre Gonçalo Pinto – e... atirou para o fundo das redes (4-0, aos 24').

Em grande euforia, ainda os benfiquistas festejavam o quarto golo, já as águias chegavam à manita, supostamente por intermédio de Pablo Álvarez, que terá desviado um remate de... Carlos Nicolía (5-0, aos 24'). A questão é dúbia, pois as imagens não mostram claramente que Pablo Álvarez tenha tocado na bola. Contudo, a mesa de jogo atribuiu o golo ao camisola n.º 7 das águias.

Quando o intervalo chegou, quase ninguém estava sentado, tal era festa que se vivia no Pavilhão Fidelidade, pela grande exibição encarnada e expressividade do marcador: 5-0.

O segundo tempo começou praticamente como tinha acabado o primeiro, ou seja, com um golo do Benfica, naquela que foi a melhor jogada do desafio.

Roberto Di Benedetto recuperou a bola, endossou-a para Diogo Rafael, que a entregou a Gonçalo Pinto. Quando a defensiva do Sporting julgava que seria o camisola 71 a tentar o golo, este tocou para Roberto Di Benedetto, que não recusou a oferta e fez o tento meia dúzia (6-0, aos 29').

O Sporting conseguiu reduzir, através de um grande disparo de Gonzalo Romero, aos 33' (6-1). Antes, Já Pedro Henriques tinha feito uma portentosa defesa a remate do autor do golo verde e branco, na sequência de um livre direto (32').

A vantagem encarnada permitiu que as águias levantassem um pouco o pé do acelerador e jogassem mais com o resultado e com o cronómetro, sem nunca, claro, tirar os olhos da baliza leonina, e estando sempre mais perto de faturar golo do que de consentir, até porque Pedro Henriques continuava uma verdadeira muralha.

Sempre a cantar e a puxar pelos jogadores que deslizavam na quadra, as bancadas – onde estiveram 1512 espetadores – não baixaram a guarda por um minuto que fosse, tendo sido de forma constante o insubstituível 6.º atleta. "Benfica! Benfica! Benfica!": ouviu-se durante um longo período.

Aos 48', Nuno Resende lançou Viti, de 17 anos, que assim fez a sua estreia em jogos do Campeonato Nacional. E o jovem esteve perto marcar: apareceu na cara de Zé Diogo – entrou ao intervalo para o lugar de Ângelo Girão –, mas atirou ao lado.

Os últimos instantes foram vividos em clima de festa, com o encontro a terminar com um claro e robusto 6-1 a favor dos campeões nacionais, com direito ao já tradicional cântico a uma só voz: "E o Benfica ganhou... outra vez!"

Na próxima jornada (a 18.ª da 1.ª fase do Campeonato Nacional), as águias enfrentam a formação do Murches, em encontro agendado para 24 de fevereiro, no Pavilhão Desportivo de Murches.

Antes, os encarnados têm um compromisso referente aos oitavos de final da Taça de Portugal, com a receção à equipa da Juventude Pacense, no sábado, 17 de fevereiro, às 15h00.

DECLARAÇÕES

Nuno Resende (treinador do Benfica): "É uma excelente exibição, entre tantas outras que temos conseguido. Nos cinco jogos que fizemos com o Sporting, alcançámos três vitórias boas, bem trabalhadas, frente a uma excelente equipa. Hoje [domingo, 11 de fevereiro], os números são exagerados, não existe esta diferença entre as duas equipas. Aquilo que aconteceu no Dragão na semana passada [derrota, por 7-1, frente ao FC Porto], aconteceu aqui hoje. Era importante nesta semana dar uma resposta a isso, temos essa dívida para com os adeptos, que têm sido fantásticos. As vitórias são para eles. São apenas mais três pontos."