Roger Schmidt: "Estamos felizes por vencer este jogo difícil"

PÓS-JOGO

Na análise ao Benfica-Toulouse (2-1), da 1.ª mão do play-off da fase a eliminar da Liga Europa, disputado nesta quinta-feira, 15 de fevereiro, no Estádio da Luz, Roger Schmidt enalteceu que os encarnados venceram "o jogo de forma muito merecida".

Embora tenha reconhecido que "nem tudo foi perfeito" na exibição benfiquista, em conferência de Imprensa e na zona de declarações rápidas, o treinador das águias mostrou-se satisfeito com a vitória ante o conjunto francês, comentando ainda as substituições operadas e lançando o encontro da 2.ª mão.

TRIUNFO JUSTO E ESCASSO

"Foi um jogo difícil, precisámos de um pouco de tempo para encontrar a conexão certa ao jogo. Na primeira parte, podíamos ter feito melhor na intensidade com e sem a bola, na velocidade do jogo, na qualidade de passe, fazer tudo mais rápido. Ainda assim, logo na primeira parte, tivemos algumas chances muito boas para marcar. Se não marcares contra eles, e se tiverem muitos jogadores atrás da bola, à espera de contra-ataques – também mostraram a sua qualidade –, não é fácil, porque tens de arriscar mais, e eles estão sempre à espera dos seus momentos. Foi por isso que foi um jogo difícil. Foi isso que falámos [ao intervalo], para acelerar mais o jogo, com intensidade. Estivemos melhor na segunda parte, e foi por isso que pudemos criar mais chances. Marcámos, tentámos chegar a um bom resultado para a 2.ª mão. Cometemos um erro ao dar-lhes a chance para fazerem o 1-1, penso que foi a única chance que tiveram nos 90 minutos. Depois disso, o nosso objetivo era, no mínimo, vencer o jogo. A equipa mostrou boa mentalidade, tivemos de lutar até ao último segundo para marcar o segundo golo. Foram dois penáltis, mas foram claros. Jogámos melhor do que um 2-1 espelha, tivemos chances muito claras para marcar mais do que dois golos, mas, no final, estamos felizes por vencer este jogo difícil, é sempre bom na 1.ª mão."

DIFICULDADES NATURAIS

"Tens sempre dificuldades em novos jogos, especialmente se tiveres de jogar a cada três dias. No domingo, jogámos contra o Vitória [SC], viram o relvado, não é fácil. Hoje [quinta-feira, 15 de fevereiro], tivemos alguns problemas, temos de melhorar, mas também tivemos muitos momentos muito bons. Fomos capazes de criar muitas chances, tivemos muitos momentos na área, à volta da área, bons remates de fora da área, muitos remates, falhámos a baliza. Temos sempre de respeitar o adversário, se o Toulouse é capaz de ficar em 2.º com menos um ponto do que o Liverpool no grupo deles, então sabemos que tem qualidade. É impossível dominar os adversários durante os 90 minutos com jogos a cada três dias, não se vê isso em nenhum estádio na Europa, é completamente normal. Tens de aceitar que, às vezes, nos jogos, tens fases em que não dominas e, então, tens de mostrar a tua qualidade em aceitar e defender mais profundamente, e foi isso que fizemos. Fizemo-lo de forma quase perfeita, porque não tiveram realmente uma chance clara, só o golo. Se calhar, fomos demasiado incisivos nestes momentos, porque o António [Silva] estava muito motivado para também estar envolvido no ataque e teve alguns problemas para voltar e estar em posição, estava um pouco cansado e foi por isso que não ganhámos o duelo decisivo para evitar este golo. Mas temos de aceitar que, nesta fase da época, o adversário tem alguns momentos em que nos consegue colocar sob pressão, é normal. O que vi foi que a equipa lutou, nem tudo foi perfeito, mas foi bom o suficiente para vencer o jogo de forma muito merecida."

IMPULSO DE ENERGIA DO BANCO

"Tenho de tomar a minha decisão sobre o que é melhor para a equipa. O Álvaro [Carreras] teve alguns problemas na ala na parte defensiva. Com o Alex [Bah], temos um jogador muito dinâmico no banco, também é muito bom no ataque, a apoiar o Ángel [Di María] no flanco. O Fredrik [Aursnes] estava muito bem no jogo, por isso tirá-lo não era uma opção, mas ele pode jogar nos dois lados, por isso não foi um problema para ele. O Arthur [Cabral] esteve bem, mas, a certa altura, estava muito cansado e precisávamos de nova energia no centro do ataque. Foi por isso que coloquei o Marcos [Leonardo] e, no final, estava disponível na área, conseguiu a falta e ganhou o penálti. As substituições foram muito boas, o Alex [Bah] trouxe nova energia ao jogo, o David Neres também. Podemos sempre contar com os nossos suplentes."

PERSPETIVAS PARA A 2.ª MÃO

"Estou sempre a pensar na abordagem ao próximo jogo. Tentamos sempre usar os jogos para analisar e fazer as coisas melhor, especialmente se jogarmos duas vezes contra o mesmo adversário em oito dias, tiramos muita informação do primeiro jogo. Vamos tentar analisar o jogo de uma boa maneira e preparar-nos para a próxima semana [quinta-feira, 22 de fevereiro], em Toulouse, mas será um jogo diferente. Não podem jogar como hoje [quinta-feira, 15 de fevereiro], têm de correr riscos e vencer o jogo para serem promovidos para a próxima ronda, por isso será um jogo um pouco mais aberto. Podemos melhorar algumas coisas, mas fomos bons o suficiente para conseguir uma vitória merecida. Agora, sabemos que tipo de adversário temos de enfrentar na próxima semana, e não será fácil."