O auditório "impactante" e o cheirinho a bifanas!

REPORTAGEM BTV

Com uma Direção jovem, a Casa Benfica Vizela continua a ser um veículo de benfiquismo no Minho. Atualmente com 360 associados, é um ponto de encontro incontornável para os adeptos das redondezas. Curiosamente, foi após uma página de má memória que nasceu a ideia de edificação da mesma, como dá conta o presidente, Daniel Varela, à reportagem do programa Pelas Casas do Benfica, da BTV.

"A malta organizou-se e foi ver o jogo com o Celta [novembro de 1999, para a Taça UEFA], em Vigo. No regresso, apesar da tristeza, começou a falar-se da criação de uma Casa, e aí surgiu a ideia", diz o presidente, um dos nove elementos da atual Direção da embaixada n.º 189.

Numa Casa fundada em 7 de julho de 2004 e inaugurada no dia 26 de novembro de 2005, em Vizela, todos os dirigentes são multifunções, o que contribui para a vitalidade do espaço.

Sempre disponíveis para o que for necessário, há apoio para a organização de excursões, tarefas relacionadas com bilhética e arrumos. "Não sei se devia dizer isto, pois as esposas podem começar a cobrar-lhes", afirma Daniel Varela, num tom bem-humorado.

Nesta Casa, o auditório, com lotação máxima de 400 pessoas, é "impactante". "Toda a gente que aqui vem fica encantada com o nosso auditório. Cria-se uma relação especial, é grande, bonito e pomposo", refere. E quando a capacidade é atingida, há quem fique no chão a assistir aos desafios do Glorioso, os momentos de maior paixão.

Quem quiser pode sentar-se nuns confortáveis sofás, "uma espécie de camarotes da Casa", vinca o vice-presidente Diogo Ribeiro, mais ligado à área contabilística.

É dia de jogo, e o cheiro a bifanas intensifica-se no bar. Afinal, esta é uma das especialidades, à qual ninguém fica indiferente. Os petiscos são preparados e há uma "boa seleção de vinhos" para acompanhar as bifanas, as moelas e os pregos que António Miranda faz.

"As minhas bifanas são a melhor coisa que há em Portugal", assume António Miranda, responsável pelo bar. Sílvia, a filha, que ajuda no bar em dia de jogos grandes, concorda. E, com os festejos dos golos do Benfica, até sabem melhor!

O bom ambiente é destacado por todos os que frequentam a Casa, espaço que se transforma em miniestádio para ver os encontros das águias. De cachecol ao pescoço, Leonor é presença assídua. "Moro a 50 metros, mas venho aqui jantar, porque a Casa está sempre aberta", diz a adepta, cujos sofás da sua residência são encarnados.

A ajudar na logística das excursões, o vice-presidente Álvaro Costa confessa-se realizado. "A equipa é jovem, o que traz dinamismo, ideias novas", reforça, deixando no ar a vontade de a Casa marcar presença em festas regionais, com barraquinhas próprias.

Também com "muito amor e dedicação", Luís Gonzaga, motorista oficial da Casa, destaca o "ambiente fantástico" desta embaixada e deixa o apelo para "um dia bem-passado" numa excursão. "Venham, é um dia de muita alegria e muita animação", convida.

Além do auditório e das bifanas, a loja, onde são vendidos ingressos para os jogos, camisolas, cachecóis, bolas e até vinho dos campeões, é igualmente um chamariz desta embaixada com quase duas décadas.

Já aprovada em Assembleia Geral com o voto favorável dos sócios, a Direção da Casa está a equacionar a mudança de instalações, tudo em prol do bem-estar dos Benfiquistas.