Desafio superado com raça e qualidade

RESUMO DO JOGO

No Pavilhão Fidelidade, perante a Oliveirense, o Benfica imprimiu domínio e entrega na quadra e superiorizou-se, por 2-1, em jogo da 19.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional.

Clássico de hóquei em patins na tarde deste domingo, 3 de março, a opor Benfica e Oliveirense, 4.º e 1.º classificados da tabela, respetivamente. Num duelo projetado como "motivante" pelo treinador Nuno Resende e pelo defesa Roberto Di Benedetto, em que os Benfiquistas foram imprescindíveis, as águias mostraram-se superiores e conquistaram os três pontos.

A velocidade, intensidade e luta pela bola foram notas dominantes no jogo, para o qual o técnico encarnado escalou um cinco inicial composto por Pedro Henriques, Roberto Di Benedetto, Nil Roca, Lucas Ordoñez e Pablo Álvarez.

Numa primeira metade em que os guarda-redes foram as figuras de destaque, a travarem os intentos dos respetivos opositores, o Benfica feriu as redes da Oliveirense aos 13'. Zé Miranda recebeu de Carlos Nicolía, subiu no rinque com a bola na sua posse e, perto da baliza, levantou-a para Gonçalo Pinto, que, em zona frontal, atirou para o 1-0.

No minuto seguinte (14'), grande jogada individual de Zé Miranda, a galgar terreno e a rematar para defesa de Alejandro Edo. Sem conseguir travar o andamento do Glorioso, Juan Bosch pediu desconto de tempo.

Aos 17', Bruno Di Benedetto tentou a sua sorte para a Oliveirense, mas o esférico esbarrou na figura de Pedro Henriques. Com o Benfica a jogar na antecipação, e com os jogadores e o guarda-redes em sintonia, Nil Roca travou o remate de Xavier Cardoso aos 18'.

O 2-0 chegou pouco tempo depois, aos 20'. No ataque, Lucas Ordoñez sofreu falta do guarda-redes Alejandro Edo, que lhe colocou o stick em frente ao patim, ação que concedeu ao Glorioso a execução de um penálti. Com um tiro forte e impositivo, Carlos Nicolía deu aos Benfiquistas mais um motivo para festejarem!

Até ao intervalo, o resultado, de 2-0, não se alterou.

A segunda parte trouxe ainda mais disputa, e uma Oliveirense a fazer de tudo para conseguir inverter o rumo dos acontecimentos. No minuto 27, após carga violenta sobre Roberto Di Benedetto, Lucas Martínez foi admoestado com cartão azul. Na execução do respetivo livre direto, Carlos Nicolía conduziu a bola antes de efetuar o remate, permitindo, no entanto, a defesa de Alejandro Edo.

O avançado argentino voltou a protagonizar um momento promissor aos 29', para boa intervenção do guarda-redes da Oliveirense. Aos 32' foi Diogo Abreu quem levou perigo à baliza encarnada. Pedro Henriques afastou e, aos 35', defendeu uma forte stickada de Bruno Di Benedetto.

No minuto 38 foi Roberto Di Benedetto quem testou a atenção do guardião contrário. Em bom plano individual, Zé Miranda, aos 39', obrigou Alejandro Edo a esticar-se para impedir o golo.

Numa jogada em que Gonçalo Pinto seguia isolado para o ataque, Lucas Martínez fez falta sobre o avançado encarnado, mas o árbitro considerou simulação do benfiquista. No livre direto a favorecer a Oliveirense, Pedro Henriques superiorizou-se a Lucas Martínez, mantendo o 2-0 no marcador.

Isolado perante o guarda-redes, Diogo Rafael esteve perto de ampliar aos 42'. O Benfica continuou a carregar, mas, a 1 minuto e 28 segundos do final, a Oliveirense reduziu para 2-1, por Bruno Di Benedetto. Com o resultado em aberto, o técnico da formação de Oliveira de Azeméis apostou, então, no 5x4, mas sem efeito.

Os encarnados ainda tiveram a oportunidade de "matar" o jogo com o 3-1, de livre direto, após falta de Lucas Martínez (2.º cartão azul) sobre Roberto Di Benedetto, mas Alejandro Edo defendeu o remate de Carlos Nicolía.

No final, o Benfica ganhou, por 2-1!

Segue-se a deslocação ao recinto do Turquel, no dia 9 de março, sábado, em encontro da 20.ª jornada da 1.ª fase do Campeonato Nacional, agendado para as 21h00.

DECLARAÇÕES

Nuno Resende (treinador do Benfica): "Os três pontos eram fundamentais para nós, naquilo que é a nossa caminhada e que nós pretendemos, jornada a jornada. É uma vitória de muita qualidade, mas um resultado escasso. Pelo que produzimos, fomos criando e controlando... parece-me que merecíamos outros números. O Pedro [Henriques] parou ali situações importantes. Jogámos contra o 1.º do Campeonato, está a fazer uma grande época, mas demos uma demonstração do que é o nosso valor, do nosso valor atual, do crescimento da equipa e da otimização dos processos ofensivos e defensivos. Pecámos um bocadinho na finalização, nas bolas paradas e em situações em que, bem trabalhadas, podíamos ter feito mais golos. Tivemos qualidade, soubemos estar e segurar a bola. Há várias coisas positivas."