Entre os jogos de sueca e os animados convívios

REPORTAGEM BTV

Não está localizada a muitos quilómetros de distância do Estádio da Luz, mas no Ribatejo, mais concretamente em Alpiarça, a Casa Benfica é um marco para todos os adeptos encarnados e não só, como o programa Pelas Casas do Benfica, da BTV, dá conta na reportagem desta semana!

Em pé, empoleirado numa carrinha, Rogério da Conceição Pestana prepara-se para afixar uma faixa no exterior da sede da Casa. Nela está uma mensagem de saudações pelos 120 anos do SL Benfica.

Foi um dos fundadores da embaixada n.º 135 do Clube, cujas paredes estão pintadas a vermelho e branco. A seu lado está o senhor Manuel, que o auxilia. Não é adepto do Benfica, mas assume ser associado da Casa. "Ajudo de boa vontade em tudo o que posso", diz.

No interior, António Moreira, que preside desde 29 de março de 2001 (data da fundação), e é outro dos elementos fundadores e pertencentes à Comissão Instaladora, recua no tempo, evocando a Farmácia Franco.

"O Benfica tem tendência para as farmácias. Sou técnico de farmácia. Falei com vários benfiquistas, formámos a Comissão Instaladora, fizemos uma Assembleia nas instalações da Junta de Freguesia, elegemos elementos e daí nasceu a Casa. Foi rápido", conta, referindo que o espaço tem "sempre muita gente". "Fazem-se almoços, convívios, atividades lúdicas, amadoras", afirma, dando conta que no horizonte está a criação de uma equipa de xadrez que possa vir a tornar-se federada.

Sérgio Mendes, fundador e diretor financeiro da Casa, está no escritório, atarefado a adiantar a contabilidade referente a 2023. "É o fecho de contas", explica no local onde se trata do pagamento de quotas, inscrição de sócios, entre outros assuntos.

A pandemia fez com as habituais ações de doações de sangue diminuíssem, mas, no período prévio, eram realizados também muitos torneios de futsal, futebol de onze, futebol de praia e de sueca.

Sérgio é mesmo visto como "professor de sueca". "Tenho entrado em todos os torneios e todas as noites formamos grupos de sueca. É uma fonte de receita."

É dia de jogo e antes, todos se reúnem num restaurante. "É bom", diz Abelina Neves, cozinheira do "Calhambeque". "É de um sócio da Casa e colabora muito connosco", explica o presidente.

Serve-se feijoada de choco, mas o borrego à moda de Alpiarça e a cachola são também iguarias, como refere Manuel Neves, também do restaurante.

Já na Casa, sai um trunfo de copas para a mesa. Joga-se à sueca. Famílias juntam-se no apoio ao Glorioso, vestidos a rigor. Filho do presidente, Miguel Moreira tem nesta embaixada a segunda casa. "Já a neta é igual, é uma apaixonada pelo Benfica", revela.

Nos convívios, há fados "muito bons" e as excursões à Luz são outro dos momentos marcantes. "Ver a alegria das pessoas é o meu grande orgulho. O Benfica é o maior de Portugal", constata o presidente.