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REPORTAGEM BTV

Neste Pelas Casas do Benfica, da BTV, ficamos a conhecer melhor a Casa Benfica Marco de Canaveses, que faz do voleibol feminino a sua maior bandeira.

Tem nome de lenda do Benfica, e o trabalho desenvolvido nesta embaixada do Clube está à vista. José Augusto Pereira é o presidente da Casa Benfica de Marco Canaveses, e explicou com boa-disposição como chegou ao cargo.

"Tinha 26 anos na altura e fui convidado pela anterior Direção para assumir a responsabilidade. Se calhar, fruto da ingenuidade da idade, aceitei, mas, com toda a ajuda das pessoas que estavam antes, e com as novas pessoas que trouxe, já lá vão nove anos. Isto é um projeto que está a ganhar umas proporções muito grandes", avaliou.

Foi Moura Pinto quem conseguiu que o espaço desta CB fosse onde é atualmente. Mais do que realçar o passado, o presidente da Assembleia Geral da Casa Benfica Marco Canaveses destacou o trabalho feito hoje em dia.

"Reunimos um grupo e tentámos arranjar um local para iniciar a Casa. Começou pequena, mas, com o atual presidente, alugou-se mais uma loja. Agora cabem aqui entre 150 e 200 pessoas, à vontade", explicou.

Os "dias de jogos" são aqueles que trazem mais movimento ao espaço. Quem o diz é o vice-presidente Filipe Vieira: "A Casa enche sempre. Estamos sempre entre servir o pessoal e ver o jogo, às vezes torna-se complicado."

Com tanto para fazer é sempre necessário alguém que faça tudo. No Marco de Canaveses, esse alguém é Ricardo Freitas, conhecido como... "Faz-tudo", e que explicou a origem dessa alcunha. "Faço um pouco de tudo. Ajudo o presidente e o vice-presidente. Tudo o que é preciso, ligam-me, e se estiver disponível... por que não?"

Com 270 sócios, é no voleibol feminino que está a maior atividade da 33.ª embaixada do Benfica, que tão bem tem feito à comunidade local.

Cristina Vieira, presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses, destacou a aposta da CB no voleibol. "Teve o privilégio de iniciar esta modalidade aqui no Marco de Canaveses, pois não existia antes. Temos mais de 80 atletas a praticarem voleibol federado", revelou.

Como para tudo tem de existir um início, cabe a Rita Ardachessian a missão de treinar as mais jovens voleibolistas, com idades compreendidas entre os oito e os 11 anos: "É um trabalho fantástico, muito giro. Aqui no Marco, há muito pouco a nível de desporto feminino, e vemos que a adesão é muito grande."

Um dos grandes impulsionadores do voleibol feminino nesta localidade é Marcos, treinador de voleibol, que explicou como foram dados os primeiros passos na modalidade pela Casa Benfica Marco de Canaveses.

"Começámos este projeto há um ano, com quatro meninas, e hoje são à volta de 80... Agradeço sempre à Direção da Casa Benfica, pois eles acreditaram no projeto. No início foi complicado conquistar as pessoas, porque não existe uma cultura de voleibol, mas deu certo. Temos um ano de trabalho diário, é um projeto a médio/longo prazo", considerou.

A capitã de uma das equipas, Margarida Couto, falou na "responsabilidade" que é capitanear tantas jogadoras. "É boa de lidar. Às vezes é fácil", rematou.