Muita resistência e demasiadas contrariedades

RESUMO DO JOGO

Num jogo de muitas contrariedades e limitações, o Benfica acabou por perder diante do FC Porto por 29-34, na 4.ª jornada do Grupo A da fase final do Campeonato Nacional de andebol. O clássico disputou-se neste sábado, 4 de maio, no Pavilhão n.º 2 da Luz.

Com uma boa moldura de adeptos encarnados, que muito puxaram pela equipa do Benfica, os comandados por Jota González deram grande luta ao FC Porto. No entanto, depois de uma primeira parte onde o equilíbrio no marcador foi a nota dominante (14-14), veio uma segunda etapa onde os visitantes se sobrepuseram, em particular no plano da frescura física. Para tal, muito contribuíram as limitações que o treinador benfiquista teve ao nível das opções: apenas 13 atletas na ficha de jogo.

Sem Paulo Moreno, a cumprir castigo, nem Alexis Borges, Gustavo Oliveira, Ander Izquierdo, Stiven Valencia, Gustavo Sousa e Gabriel Cavalcanti, todos lesionados, a boa notícia da tarde começou por ser o regresso de Rui Baptista à competição, após lesão. Infelizmente, até ele se tornou baixa quando, aos 12', teve de sair com queixas físicas, condicionando ainda mais as opções encarnadas para este clássico.

Apesar das muitas contrariedades, o Benfica mostrou resiliência e, com o público a aquecer o ambiente nas bancadas, as águias chegaram a ter três golos de avanço em dois momentos da primeira parte: 7-4 aos 10' e 9-6 aos 16'. Antes deste 9.º golo, Victor Iturriza recebeu dois minutos de exclusão por empurrão ostensivo a Grigoras.

Aqui, a reação portista induziu o empate aos 18' (9-9). Um resultado influenciado, e muito, por dois livres de 7 metros a favor dos visitantes, os quais foram contestados por Jota González e pelo elenco benfiquista.

Ao intervalo, o marcador espelhava o equilíbrio: 14-14. Desfecho que podia ter sido favorável aos encarnados nos últimos segundos, quando Filip Taleski meteu a bola na baliza de Mitrevski, mas os árbitros anularam por passos do jogador.

A segunda parte teve ascendente portista, que reagiu ao golo de Grigoras (15-14) logo a abrir, antecedido por uma enorme defesa de Gustavo Capdeville a remate de Victor Iturriza. Uma de várias intervenções de grande nível do guardião ao longo da tarde. Quando se chegou aos 18-19, o FC Porto passou de vez para a frente do marcador. No final, 29-34.

O próximo jogo do Benfica será para a 5.ª jornada do Grupo A da fase final do Campeonato. No sábado, 18 de maio, as águias vão receber o Sporting no Pavilhão n.º 2 da Luz.

DECLARAÇÕES

Jota González (treinador do Benfica): "Fizemos um grande jogo, com erros, o que é normal. Mas também, muitos deles, no final, deveram-se ao cansaço. Isso afeta-nos um pouco, às vezes, a mente. Quando tínhamos dois golos de vantagem, perdemos muitas bolas porque tentámos jogar com o pivô, e tínhamos o João Bandeira, que não é pivô. Fizemos o melhor que podíamos, mas este é um reflexo do que temos passado. Com todas as baixas, jogámos com muitos jovens, o que é bom, mas contra o FC Porto, e quando nos faltam as forças nos últimos 10 minutos... Miguel Sánchez já não podia mais, houve muitas mudanças no ataque/defesa e sofremos muitos golos de contra-ataque. É complicado."