Conteúdo Exclusivo para Contas SL Benfica
Para continuares a ler este conteúdo, inicia sessão ou cria uma Conta SL Benfica.
Futebol
Futebol Formação
Modalidades
Atividades
Serviços
Eventos
Fãs
Imprensa e Acreditação
Em Destaque
Equipamentos
Moda
Papelaria e Ofertas
Garrafeira
Coleções
Novos Sócios
Família
Mais Vantagens
Corporate Club
Eventos
Merchandising
Mais Vantagens
Licenciamento
Patrocínios
Casas do Benfica
Fundação Benfica
Clube
SAD
Instalações
Eco Benfica
Imprensa e Acreditação
Encomenda
Compra Segura
Futebol Feminino
Benfica Campus
Formar à Benfica
Centros de Formação e Treino
Andebol
Voleibol
Basquetebol
Futsal
Hóquei em Patins
Escolas
Desportos de Combate
Bilhar
Natação
Polo Aquático
Ténis Mesa
Triatlo
Apoios Institucionais
Pesca Desportiva
Aniversários
Benfica Seguros
Jornal "O Benfica"
Corrida Benfica
Homem
Acessórios
Informática e Som
Brinquedos e Jogos
Acessórios de casa
Sugestões
Colheita
Reserva
Executive Seats
Espaços
Casas Benfica 2.0
Contactos
História
Prestação de Contas
Participações em Sociedades Abertas
Ofertas Públicas
Admissão à Negociação de Valores Mobiliários/Ficha
Museu Benfica Cosme Damião
Para continuares a ler este conteúdo, inicia sessão ou cria uma Conta SL Benfica.
Voleibol
Pablo Natan foi considerado um dos melhores e mais decisivos jogadores do Campeonato de voleibol que o Benfica venceu pela quinta vez consecutiva. As sensações de um pentacampeonato contadas por um dos maiores protagonistas.
13 maio 2024, 10h00
Pablo Natan
"Verdade, eu nem queria acreditar. Eu a servir daquela forma, e do outro lado o líbero deles a receber as bolas de uma forma tranquila e a deixá-la no distribuidor, limpinha. Eu perguntei como era possível. Mas é o nível da Champions, que não temos em Portugal. Mas foi aí que atingi o máximo da potência no meu serviço", relembrou Pablo Natan, convidado desta semana do programa Protagonista, da BTV.
Já fora do estúdio e da gravação, ele confessa-me a sua admiração por estas equipas e pelo nível a que chegou o voleibol na Europa. Aliás, o atacante brasileiro, de 26 anos, franqueou as portas do voleibol europeu por França, em representação de uma das melhores equipas francesas, o Tours.
Na época passada, revisitou o local onde treinou e jogou durante uma temporada, quando, pelo Benfica, defrontou o clube francês. "Tem sido sempre assim, calhamos sempre em grupos de equipas muito fortes. Mas temos conseguido ser competitivos, mesmo defrontando grandes equipas, grandes jogadores. Tem sido importante para a nossa evolução na Europa", adiantou Pablo Natan.
"Temos conseguido ser competitivos, mesmo defrontando grandes equipas, grandes jogadores. Tem sido importante para a nossa evolução na Europa"
Pablo Natan
O NÍVEL DE CHAMPIONS
Com a mesma segurança com que abre o braço e o move para disparar bolas pesadas e certeiras, aquele que foi considerado o melhor atacante do campeonato português perceciona as diferenças que ainda separam a melhor equipa portuguesa das mais apetrechadas da Europa. Mas o caminho que se está a fazer vai trazer sucesso, mais tarde ou mais cedo.
"Eu acredito nisso, que estamos a competir com as melhores equipas, e durante estes anos já chegámos várias vezes perto da vitória. Conseguimos, nos jogos, estar mais perto dessas vitórias do que imaginávamos. Vamos conseguir, mais tarde ou mais cedo. A equipa mantém um bom espírito, sabemos que estamos cada vez mais perto, e uma coisa que o Benfica tem feito bem, que é manter a base dos jogadores. Todos os anos, juntam-se à equipa, dois ou três jogadores, que encontram aqui uma equipa montada e ambiciosa. Ajuda bastante a conquistar os títulos, em Portugal, e a manter a equipa a evoluir na Europa", determinou Pablo Natan, que chegou ao Benfica há três anos, depois de uma temporada no fortíssimo Tours de França.
A CHEGADA AO BENFICA
Trocar uma das melhores equipas da liga francesa, uma competição muito apreciada e reconhecida internacionalmente, pelo Benfica foi a decisão com que Natan foi confrontado no final da sua primeira temporada em França. Segundo o jogador brasileiro, não foi uma decisão difícil de tomar. "Estamos a falar do Benfica, um clube mundialmente reconhecido. É verdade que não conhecia muito do projeto do voleibol no Clube, mas a forma como falaram comigo e as informações que recolhi de jogadores brasileiros que jogaram no Clube tornaram fácil a decisão de vir. Saí de uma liga mais competitiva, mas vim para um clube que tem uma notoriedade incrível. Mesmo no Brasil, o Benfica é muito conhecido, muito respeitado. E eu já tinha vindo de um clube que é também muito conhecido pelo futebol, mas tem uma estrutura incrível no voleibol. Falo do Cruzeiro, onde fui campeão, no Brasil. E vir para o Benfica foi reencontrar um clube com essa grandeza. Depois, a conversa com o Marcel Matz também foi importante. A forma como ele me explicou o que pretendia de mim, que era a altura ideal para eu dar este salto, que o Benfica me iria ajudar a elevar o meu voleibol, e tudo o que ele me falou do Clube e da forma como os atletas são tratados. Por tanto, foi uma decisão fácil", aclarou o zona 4 do Benfica.
"No Benfica não há alternativa à vitória, mas, depois, sentimo-nos apoiados, envolvidos, e sabemos que, em caso de necessidade, o Benfica está sempre lá, para nos ajudar"
UMA GRANDEZA ENORME
Três anos depois de ter chega do a Lisboa e ao Clube, Pablo Natan descreveu o que sente e sobretudo o que o impressionou muito acima das suas expetativas iniciais. O Benfica é assim, é um colosso, mas quando os atletas o sentem, a partir de dentro, torna-se algo concreto, difícil de explicar, mas fácil de sentir.
"Posso dizer que houve coisas no Benfica que me surpreenderam. Este clube é de uma grandeza incrível, e por isso, no início, esperamos uma adaptação mais lenta, porque estamos à espera de encontrar uma realidade distante e fria no relacionamento. E o Benfica não é nada disso. É uma paixão muito grande dos adeptos, é incrível a ligação deles ao Clube, a forma como nos empurram para as vitórias, como nos apoiam, e não estou a falar apenas de vitórias. Já me senti muito apoiado, no Clube, nas derrotas. Felizmente, têm sido poucas. Mas a estrutura, que nos faz sentir em casa, como o Clube conseguiu juntar todas as modalidades numa grande família, onde nos apoiamos uns aos outros. Como disse, estive no Cruzeiro, outro grande clube, mas não é nada comparável ao que encontramos no Benfica. É tudo muito profissional, muito exigente, porque sabemos que no Benfica não há alternativa à vitória, mas, depois, sentimo-nos apoiados, envolvidos, e sabemos que, em caso de necessidade, o Benfica está sempre lá, para nos ajudar. Portanto, sim, eu posso dizer que o Benfica é o maior", atesta Pablo Natan, com um brilho indisfarçável no rosto.
O JOGO DO TÍTULO
O estado de espírito de uma equipa e dos seus jogadores é, quase sempre, um dos segredos mais bem guardados na alta competição. Neste ano, o plantel do Benfica, apesar de tetracampeão, sentiu que se apoderou dos adeptos uma certa desconfiança em relação à equipa e à sua capacidade para vencer o pentacampeonato. O melhor servidor do campeonato falou-me disso, agora que o título já cá canta. "Naquela semana, depois do jogo da Taça [de Portugal] que perdemos para o Sporting, sentimos ali uma certa desconfiança em relação à equipa. Não era muito visível, mas essa derrota não deixou marcas apenas nos jogadores. O Sporting estava mais forte, durante a época só tinham perdido contra o Benfica, e na segunda fase até fizeram mais pontos, mas prevaleceu o número de vitórias que nós tínhamos e que nos deu a vitória na fase regular. Nós acreditámos sempre que poderia cair para o nosso lado e, quando começou a final, sentimos isso. Estivemos melhor mais vezes que o Sporting, e isso acabou por fazer a diferença. Nos dois últimos jogos no nosso pavilhão, melhorámos o serviço, o que foi determinante para vencermos", confessou, agora mais descontraído, Pablo Natan.
"Fizemos história e vamos continuar a querer fazer. Há uma fome de vitória nesta equipa que nos faz saltar de uma conquista para a outra"
Mas, entre os jogos 3 e 5, que se disputaram na Luz, pelo meio, o Benfica desaproveitou a hipótese de ser campeão, mais cedo, em Alvalade. Foi uma derrota, pesada no resultado final, mas, mais uma vez, equilibrada nos parciais. Era preciso jogar a negra, em casa.
"É por isso que vencer a fase regular é tão importante. Não conseguimos vencer em Alvalade e fechar aí o campeonato, e tínhamos nova possibilidade, perante os nossos adeptos, que nos iam empurrar. Sinceramente, não ficámos muito afetados com a derrota em Alvalade, porque no treino a seguir ao jogo vimos o que tínhamos feito de mal e precisávamos de corrigir. O serviço melhorou bastante, estivemos mais seguros, e logo ali percebi que não nos deixaríamos afetar pelo jogo lá. E essa é uma das vantagens desta equipa e de haver poucas mudanças no plantel. Isso, vi logo que cheguei aqui. Há uma resistência muito grande à derrota, e todos sabem como reagir a ela. Por isso, fomos para a negra, sabendo que ia ser difícil, mas também que ia ser um jogo diferente do anterior. E sabíamos tudo o que precisávamos de saber para atacar o adversário. Correu bem, apesar de oscilações no resultado, que são normais entre duas grandes equipas, e acho que, no fim, fomos justos vencedores do campeonato. Fizemos história e vamos continuar a querer fazer. Há uma fome de vitória nesta equipa que nos faz saltar de uma conquista para a outra. É isso que o Benfica nos exige, e é isso que significa vestir esta camisola", terminou.
Artigo publicado na edição de 10 de maio do jornal O Benfica
Texto: José Marinho
Fotos: SL Benfica
Última atualização: 13 de maio de 2024