São 35 anos de uma porta aberta no Minho

REPORTAGEM BTV

A festa dos 35 anos da Casa Benfica Viana do Castelo foi o mote para mais um imperdível Pelas Casas do Benfica, da BTV. Uma celebração que contou com muita animação e com a presença de Pedro Mantorras.

A embaixada n.º 20 do Clube está de parabéns, ou não tivesse chegado aos 35 anos de existência neste ano de 2024.

Salvador Gomes, presidente desta Casa minhota, que conta com 130 sócios, falou de "35 anos de muito trabalho" e de "muita luta", e contou um pouco da história desta embaixada.

"Fizemos a inauguração das primeiras instalações em 1990, na Quinta da Bouça. Depois, passados cerca de 10 anos, viemos para o centro da cidade, para umas instalações que eram bastante exíguas. Em 2010 transferimo-nos para aqui, e aqui continuamos", afirmou.

Sócio desta Casa desde a primeira hora, Salvador Gomes é um dos fundadores da mesma, assim como Ernesto Botelho, que revelou que um dos motivos que levaram à criação desta embaixada foi a necessidade de "ir ao Estádio da Luz".

"Saíamos aqui de Viana do Castelo em comboios, ou em carros e em autocarros, chegávamos lá e não tínhamos bilhetes, porque estava tudo esgotado. Comigo, aconteceu duas vezes. Chegar lá, ficar à porta e só ouvir os gritos de dentro [do Estádio], mas, de qualquer maneira, vinha satisfeito com a vitória do Glorioso", recordou.

Também sócio, embora não sendo fundador, Fernando Santos, de 83 anos, esteve durante muito tempo embarcado, mas não perdia um único relato dos jogos do Clube. "Comprei um rádio de propósito e tudo", lembrou, antes de revelar o que mais o leva a frequentar o espaço da Casa Benfica Viana do Castelo.

"Venho para aqui ver as notícias e os jogos. Vejo-os sempre aqui. Mesmo que seja um jogo que possa ver em casa, venho sempre aqui", afirmou.

Nem só de jogos do Benfica vive a embaixada n.º 20. Aos domingos de manhã há sempre canja, como conta Goreti Pinheiro, uma das concessionárias do bar: "É tão bom, logo pela manhã... As pessoas vêm, comem a canjinha, bebem a sua tacinha de vinho e vão à sua vida. Há até quem leve para casa."

Era dia de festa, e, para a mesma ficar completa, muito contou a presença de Pedro Mantorras, um nome sempre muito acarinhado pelos Benfiquistas.

"É sempre bom sermos lembrados por tudo o que fizemos dentro de campo. É uma honra muito grande lembrarem-se, fico grato, não só aos adeptos, mas também ao Benfica", confessou o antigo jogador.

Celebração não é celebração sem música popular. Nos 35 anos da Casa Benfica Viana do Castelo, a animação musical ficou a cargo do conhecido artista Augusto Canário, também ele um fervoroso adepto do Clube.

"É uma enorme paixão, da qual me lembro desde que sou nascido, de tal forma que lá na minha casa é tudo Benfiquista", revelou.

Na qualidade de vice-presidente do Benfica com o pelouro das Casas, Domingos Almeida Lima esteve presente e realçou o facto de, "infelizmente", esta ser "a única Casa" do Clube que "subsiste" no concelho.

"O foco agora é que esta Casa se mantenha por muitos e bons anos. Aqui no Norte a animação é sempre muito constante, é muito conseguida", avaliou.